Criptoativos: o que você precisa saber antes de investir
Confira abaixo o que são os criptoativos, como eles funcionam e como investir nessa tecnologia promissora.
Publicado em: 13 de julho de 2022.
O crescente mercado virtual de ativos e moedas tem chamado a atenção de diversos investidores que desejam expandir seu portfólio para além do mercado tradicional. Por ser um assunto novo para muitos, é preciso estar atento às definições, conceitos e utilidades de cada ativo que engloba todo o universo dos criptoativos.
Nos últimos anos os ativos digitais ganharam espaço no mundo todo, e a procura por criptoativos despertou o interesse não só de investidores, como também de muitas pessoas de áreas distintas dispostas a aprender mais sobre essa tecnologia emergente.
O que são criptoativos?
Os criptoativos são ativos virtuais, protegidos por criptografia – processo de codificação de mensagens e dados, deixando-os mais seguros durante transações – que estão presentes exclusivamente em registros digitais, e podem ser utilizados como forma de investimento, instrumento de transferência de valores ou acesso a serviços, cujas operações são executadas e armazenadas em uma rede de computadores.
Esses ativos surgiram com o objetivo de permitir que indivíduos ou empresas efetuem pagamentos ou transferências financeiras eletrônicas diretamente a outros indivíduos ou empresas, sem que haja a necessidade de intermédio de qualquer instituição financeira.
Leia também | Investir em ativos financeiros: entenda como funciona
Como funcionam os criptoativos?
Atualmente, com o desenvolvimento e popularização do mercado virtual, existem centenas de criptos – como criptomoedas, tokens fungíveis, tokens não fungíveis (NFTs), stablecoins, entre outros. Cada um deles funciona baseado em um próprio sistema e conjunto de regras, definidas por seus criadores e desenvolvedores.
De modo geral, esses ativos operam em uma blockchain – tecnologia descentralizada que faz o registro e a validação de cada transação digital em um bloco de dados, que se conecta a outros já existentes e aos que ainda serão criados. Os blocos formam uma cadeia de dados que vai se fortalecendo a cada negociação, garantindo a verificação dos dados, o que a torna inviolável. Por isso, a blockchain é considerada uma tecnologia segura e eficiente.
Além de segura, a propriedade desses ativos virtuais não é verificada pela comprovação da identidade de seu detentor, mas sim por uma senha criptografada, que permite que as negociações sejam realizadas de forma quase anônima.
Leia também | ETF de criptomoedas: entenda o que é e quando investir
Qual a diferença entre criptoativos e criptomoedas?
Apesar de semelhantes, esses dois termos tratam de diferentes tipos de ativos. As criptomoedas são um tipo específico de criptoativo, também chamadas de moedas digitais ou virtuais, que são utilizadas em transações financeiras no mercado virtual.
As criptomoedas funcionam como o dinheiro, e servem como meio de troca em negociações comerciais. Entretanto, elas não existem no meio físico e não são emitidas nem reguladas por nenhuma autoridade monetária.
Atualmente, existem mais de 5 mil criptomoedas diferentes em circulação no mundo – contudo, 60% de todas as transações são feitas pela moeda Bitcoin. Além dela, as moedas mais populares são:
• Ethereum (ETH)
• Litecoin (LTC)
• Ripple (XRP)
• Binance Coin (BNB)
• Dogecoin (DOGE)
Em resumo, toda criptomoeda é um criptoativo, mas nem todo criptoativo é uma criptomoeda.
Leia também | Simulador de investimentos: quanto renderá o meu dinheiro?
Como as operações com criptoativos são regulamentadas?
O Brasil ainda não possui uma legislação específica em vigor para os criptoativos. Entretanto, existem iniciativas de órgãos públicos e projetos de lei que visam essa regulamentação, bem como propostas que já chegaram ao Senado, visando estabelecer diretrizes, licenciamentos para corretoras de criptomoedas (Exchanges), além de definir a quem cabe a supervisão e fiscalização dessas corretoras.
Apesar de só existirem no mundo virtual, os criptoativos seguem algumas regras e medidas de fiscalização desde 2019, já que muitas pessoas tentaram utilizar desse sistema para atividades ilegais, como o desvio de dinheiro e a sonegação de impostos.
Na ordem vinda da Receita Federal do Brasil sobre os criptoativos, a IN 1.888 de 2919, são definidos os conceitos de criptoativo e exchange de criptoativo, além de tornar obrigatória a declaração de movimentações de criptomoedas por todas as pessoas, físicas e jurídicas, incluindo a data, o tipo e os titulares da operação. Além disso, também é necessário destacar os ativos usados, a quantia, o valor em reais, as taxas e o endereço da carteira de remessa ou recebimento.
Especialistas afirmam que aprovar projetos de leis que regulamentam o setor das moedas criptografadas ajudará a dar transparência ao processo, bem como ajudar a proteger os agentes do mercado.
Como investir em criptoativos?
O cenário favorável ao mercado virtual fez com que pessoas de todas as áreas, e não só as que já investiam, procurassem se familiarizar com esse tipo de investimento.
As principais maneiras de investir em criptoativos são:
Exchanges:
São as corretoras especializadas de criptoativos. Para começar a operar criptoativos nelas, basta fazer um cadastro via site ou aplicativo, e adquirir o ativo desejado. Por ser um processo fácil, esse método tem tido alto alcance e despertado o interesse de muitos.
Entretanto, a escolha da corretora e do ativo a ser comprado deve ser criteriosa e envolve muita pesquisa. Sobretudo, deve-se ficar longe de promessas de retorno alto e rápido, essas ofertas não transmitem credibilidade ou segurança.
Fundo de Criptomoedas:
Outra opção é via fundos de investimentos com exposição a ativos digitais. Eles funcionam como fundos de investimento tradicionais, portanto, seguem as regras da Comissão de Valores Mobiliários.
Essa forma de investimento é menos direta e arriscada – pois tem menor volatilidade – e os fundos podem ser comprados diretamente nos sites das gestoras de criptoativos.
ETF:
Também é possível investir um criptoativos por meio de ETFs (Exchange Traded Funds), ou seja, fundos de investimentos negociados em bolsas de valores como uma ação.
P2P:
Nas negociações P2P – peer-to-peer, ou ponto a ponto – os criptoativos são negociados diretamente entre os usuários, sem o intermédio de exchanges ou gestoras, em plataformas específicas de venda.
Cuidados ao investir em criptoativos
Por ser um processo não regulado oficialmente e ser 100% virtual, o usuário fica exposto a possíveis fraudes e golpes na internet. As fraudes mais comuns são as pirâmides financeiras, corretoras falsas, criação de ativos digitais falsos e outros.
Além disso, deve-se ficar atento ao mercado, que é extremamente volátil, e as operações se tornam arriscadas.
Quer saber mais sobre os criptoativos? A Serasa te explica! Continue a sua leitura e compartilhe esta informação com seus amigos para que todos possam também aprender sobre os ativos digitais.