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Imposto de Renda 2025: como fazer a declaração

Imposto de Renda: um guia completo para preencher a declaração em 2025

Atualizado em: 6 de março de 2025

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 19 minutos

Texto de: Time Serasa

Contador calcula declaração de imposto de renda e trabalha em casa, empresário asiático planeja orçamento, balanço patrimonial e renda pessoal para trabalhador que tem renda sob a lei

O ano virou e, com ele, se aproxima mais uma entrega da declaração do Imposto de Renda. É com ela que a Receita consegue acompanhar a evolução do patrimônio de cada brasileiro e verificar se o tributo está sendo recolhido corretamente.

No entanto, é comum que esse período gere preocupação em muita gente, especialmente para quem não está familiarizado com o processo ou vai declarar pela primeira vez.

Para ajudar, a Serasa preparou um guia com todas as informações necessárias para ajudar quem está se preparando para declarar o Imposto de Renda 2025.

O que é o Imposto de Renda e por que declarar?

O Imposto de Renda (IR) é um tributo federal que incide sobre os ganhos das pessoas físicas e jurídicas. Na prática, ele representa a cobrança de uma porcentagem sobre os rendimentos anuais recebidos por pessoas e empresas.

A declaração anual, por sua vez, é utilizada pela Receita Federal para verificar se os valores pagos ao longo do ano estão corretos. Se o valor for menor que o devido, então o contribuinte precisa pagar a diferença. Mas se ele foi pago a mais, então o excesso será devolvido por meio da chamada restituição.

A Receita Federal cruza os dados fornecidos pelo contribuinte com informações de empresas, bancos e cartórios para identificar inconsistências, podendo aplicar multas e penalidades em caso de divergências.

Desta forma, declarar o Imposto de Renda é essencial para manter a regularidade fiscal, evitar multas e permitir o acesso a serviços financeiros, como financiamento e crédito bancário. Além disso, o IR tem um papel importante na arrecadação de recursos para serviços públicos, como saúde, educação e infraestrutura.

Como funciona o Imposto de Renda no Brasil?

No Brasil, o Imposto de Renda tem caráter progressivo. Isso significa que a alíquota aumenta conforme a renda do contribuinte: quanto maior o salário mensal, maior será o valor pago de imposto.

Em 2024, a tabela progressiva funcionava da seguinte forma:

Salário Alíquota do Imposto de RendaParcela dedutível
Até R$ 2.259,20 Isento 0
De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,657,5% R$ 169,44
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 15% R$ 381,44
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,6822,5% R$ 662,77
Acima de R$ 4.664,68 27,5% R$ 896,00
  • Fonte: Receita Federal
  •  

Ele é apurado de duas formas principais: por meio do Imposto Retido na Fonte e também pela Declaração de Ajuste Anual.

Na prática, o IR é descontado diretamente do salário ou de outros tipos de rendimentos ao longo do ano - é o chamado Imposto Retido na Fonte. Já a declaração anual serve para verificar se houve pagamento a menos (caso de pagamento da diferença do imposto) ou a mais (caso de restituição).

Prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda 2025

A declaração do Imposto de Renda 2025 poderá ser entregue a partir de 15 de março e vai até 31 de maio. Esse é o mesmo período do ano passado que, segundo a Receita Federal, passou a ser padrão. No total, são 77 dias para preencher e enviar toda a documentação.

Quem perder o prazo terá de pagar uma multa de 1% ao mês do imposto devido, com valor mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20% do imposto devido. Enquanto a documentação não for entregue à Receita, a pessoa pode enfrentar restrições no seu CPF.

Além disso, quem entrega a declaração no início do prazo, sem erros ou omissões, costuma figurar nos primeiros lotes de restituição do Imposto de Renda.

Quem é obrigado a declarar

Algumas pessoas são obrigadas a enviar a declaração do Imposto de Renda e essa determinação é feita pela Receita Federal com base em critérios bem específicos, como renda anual, posse de bens e investimentos.

  • Assim, em 2025, deve apresentar a declaração quem:
  •  
  • ●       recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2024, como salários, distribuição de lucros, pensões, aluguéis e rendimentos de ações judiciais, por exemplo;
  • ●       recebeu rendimentos não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 200 mil, que são aqueles que não geram lucro, como seguro-desemprego, rendimentos da caderneta de poupança, indenização de seguro por roubo e ajuda de custo fornecido pelo empregador (como alimentação, transporte e uniformes);
  • ●       trabalha no campo e recebeu uma renda bruta acima de R$ 153.199,50 em 2024;
  • ●       investiu qualquer valor em bolsas de valores, mercado de capitais ou similares
  • ●       tem bens móveis ou imóveis em seu nome, como propriedade ou posse, com valor superior a R$ 800 mil
  • ●       vendeu imóvel residencial e usou o recurso para compra de outra residência para moradia;
  • ●       morava fora do país e retornou para casa em 2024.

 

Quem não se enquadra em nenhuma das hipóteses está automaticamente dispensado de apresentar a declaração de IR. Mesmo assim, não há qualquer impedimento ou penalidade caso ela queira fazer a entrega.

Também está dispensada dessa obrigação quem constar em declaração de outra pessoa física. É o caso de filhos incluídos como dependentes dos pais, por exemplo.

Documentos necessários para fazer a declaração do Imposto de Renda

Para fazer a declaração do Imposto de Renda, é fundamental reunir todos os documentos exigidos pela Receita Federal - no caso, referentes a 2024. Ter as informações organizadas facilita o preenchimento, reduz o risco de cair na malha fina e pode até aumentar a restituição, caso haja despesas dedutíveis.

  • Os principais documentos necessários para declarar o IR em 2025 são:
  •  
  • ●       informe de rendimento das fontes pagadoras, como empresa contratante, governo e pessoas físicas em geral, por exemplo;
  • ●       comprovantes de rendimentos de contas bancárias e aplicações financeiras em bancos e corretoras;
  • ●       informe de rendimentos do INSS, no caso de aposentados ou pensionistas, ou entidades de previdência privada;
  • ●       informe de rendimentos dos dependentes, se for o caso;
  • ●       rendimentos auferidos no exterior, se for o caso;
  • ●       recibos ou relatório de aluguéis recebidos, se houver;
  • ●       recibos e notas fiscais de pagamentos de despesas médicas e de saúde, como médicos, dentistas, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, plano de saúde, clínicas médicas e laboratórios;
  • ●       despesas com educação do titular ou dependente, seja no ensino regular, graduação, pós graduação, mestrado ou doutorado;
  • ●       comprovantes de pagamento de pensão alimentícia homologada pela Justiça, se for o caso;
  • ●       comprovante de doações e heranças, se for o caso;
  • ●       comprovantes de despesas do livro-caixa, no caso de prestadores de serviços autônomos;
  • ●       relação de bens e documentos de compra e venda de bens móveis e imóveis, como automóveis, imóveis, embarcações e aeronaves, por exemplo;
  • ●       contratos, escrituras ou compromissos de compra e venda de imóveis ou terrenos;
  • ●       documentos ou relatórios de compra e venda de ações;
  • ●       dívidas contraídas no ano anterior, como empréstimos bancários;
  • ●       informações dos dependentes, se houver (CPF, nome, data de nascimento e parentesco).

Como fazer a declaração de Imposto de Renda 2025

  • O contribuinte que se enquadra nos requisitos que obrigam a entrega da declaração de IRPF em 2025 possui três opções para realizar o envio das informações:
  •  
  • ●       portal e-CAC;
  • ●       aplicativo Meu Imposto de Renda, cujo download gratuito pode ser feito via Google Play (para aparelhos Android) ou App Store (para aparelhos iOS);
  • ●       Programa Gerador de Declaração (PGD), que deve ser baixado no computador.

 

A declaração também pode ser feita por meio do preenchimento manual dos dados solicitados pelo sistema, a partir da declaração do ano anterior – a Declaração de Ajuste Anual (DIRPF) – ou, ainda, por meio da declaração pré-preenchida com dados atuais recebidos pela Receita Federal.

  • Passo a passo para declarar imposto de renda
  •  
  • ●       baixar o programa da Receita Federal;
  • ●       estar com os documentos necessários em mãos;
  • ●       preencher a declaração com atenção, informando corretamente rendimentos, deduções e bens;
  • ●       revisar as informações antes de enviar, já que pequenos erros podem levar à malha fina.
  • ●       transmitir a declaração e guardar o recibo
  •  
  • A partir do envio das informações referentes aos rendimentos dentro do prazo estabelecido, a Receita irá avaliar os dados declarados pelo contribuinte.

O que pode ser deduzido do Imposto de Renda em 2025?

Alguns gastos podem ajudar a reduzir a base de cálculo do Imposto de Renda, diminuindo o montante total sobre o qual a alíquota do IR é aplicada. São as chamadas deduções.

São elas:

 

Saúde

A categoria de saúde engloba gastos com consultas médicas, hospitais, cirurgias, exames, tratamentos, próteses e despesas com cadeira de rodas e planos de saúde. Estão incluídos também os tratamentos dentários (exceto clareamento dental), fisioterapia, tratamentos psicológicos e psiquiátricos.

 

Educação

A categoria educacional envolve as despesas com educação em todos os níveis, seja no ensino regular (creches, pré-escolas, fundamental e médio), graduação, pós-graduação, mestrado ou doutorado e educação profissional (ensino técnico e tecnológico). Isso é válido tanto para o titular do IR, quanto para os dependentes.

 

Contribuição ao INSS

Todo o tipo de contribuição feita à previdência social, seja descontada da folha de pagamento do trabalhador CLT ou recolhida pelos autônomos, é dedutível na declaração.

 

Previdência privada

A dedução com previdência privada é válida apenas se o contribuinte tiver um plano de previdência PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Por outro lado, os planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) não entram na lista de deduções.

 

Dependentes

Cada dependente que entra na declaração do contribuinte garante uma dedução de R$ 2.275,08 na base de cálculo de seu imposto.

O que pode reduzir o Imposto de Renda devido?

Além das despesas que diminuem a base de cálculo do Imposto de Renda, existem deduções que reduzem diretamente o valor do imposto a ser pago. Essas deduções podem representar uma economia significativa para o contribuinte.

  • Ele acontece nos seguintes casos:
  •  

Doações

  • As doações para determinadas entidades e projetos sociais podem gerar deduções no imposto devido, reduzindo o valor final a ser pago. No entanto, o percentual de dedução varia conforme o tipo de doação realizada:
  •  
  • ●       até 7%: doações para projetos desportivos e paradesportivos, incentivando o desenvolvimento do esporte no país;
  • ●       até 6%: contribuições destinadas a fundos municipais, estaduais e federais e projetos que estimulam a cadeia produtiva de reciclagem;
  • ●       até 1% (para cada programa): doações feitas ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e ao Programa de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas), que auxiliam no financiamento de iniciativas voltadas à saúde.
  •  
  • O total das deduções com doações, no entanto, não pode ultrapassar 12% do imposto devido, somando todos os tipos de contribuições. Para que seja válida, ela precisa ser devidamente comprovada.

 

Contribuição ao INSS de empregado(a) doméstico(a)

Contribuintes que recolheram INSS para um empregado doméstico em 2024 podem deduzir até R$ 1.182,20 do Imposto de Renda.

O que acontece se não declarar o Imposto de Renda

Não declarar o Imposto de Renda pode trazer inúmeros problemas.

Os contribuintes que não enviarem a declaração do Imposto de Renda 2025 podem ter muita dor de cabeça.

Uma delas envolve a cobrança de multa, que pode ser de 1% sobre o imposto apurado (com valor mínimo de R$ 165,74) e chegar até a 20%.

Outra consequência envolve a suspensão do CPF, o que complica bastante a vida financeira. Sem o CPF regularizado, não é possível solicitar empréstimos, financiamentos e cartão de crédito. O contribuinte também não consegue tirar carteira de trabalho e passaporte, nem prestar concursos públicos.

Além disso, quem não declara o Imposto de Renda cai na malha fina e passa por uma investigação detalhada das movimentações financeiras. Em último caso, a pessoa também pode ter o CPF cancelado e ser oficialmente acusada de crime de sonegação fiscal – que pode resultar em até cinco anos de prisão.

Como funciona a restituição do Imposto de Renda

A restituição do Imposto de Renda ocorre quando o contribuinte pagou mais impostos do que o devido ao longo do ano. Isso acontece, por exemplo, quando há retenção na fonte maior do que o imposto calculado na declaração ou quando o contribuinte possui muitas despesas dedutíveis.

Após o envio da declaração, a Receita Federal analisa os dados e, caso haja valores a serem devolvidos, a restituição é paga em lotes, a partir do mês de maio. Em 2025, o calendário de restituições ainda não foi divulgado.

Quem enviar a declaração no início do prazo, sem erros ou omissões, consegue receber a restituição mais cedo. Além disso, alguns grupos também possuem prioridade no recebimento.

  • Nesta ordem:
  •  
  • ●       idosos acima de 80 anos;
  • ●       idosos entre 60 e 79 anos;
  • ●       contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave;
  • ●       contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;
  • ●       contribuintes que adotarem a declaração pré-preenchida ou optarem por receber a restituição via PIX.

Como evitar erros na declaração do IR

Ao separar antecipadamente os documentos, os contribuintes também correm de cometer erros na declaração do Imposto de Renda, que podem trazer consequências graves.

  • Em 2024, quando mais de 1,4 milhão de brasileiros caíram na malha fina, os motivos que mais colaboraram para isso foram:
  •  
  • ●       deduções fiscais relacionadas a despesas médicas (51,6%);
  • ●       omissão de rendimentos (27,8%);
  • ●       diferença entre os valores declarados pelos contribuintes e os informados pelas fontes pagadoras na Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (9,4%);
  • ●       deduções de outras fontes, como educação, pensão e previdência privada (5,8%);
  • ●       deduções de incentivo, como doações a fundos de apoio à criança, adolescente e idoso e esporte e cultura, por exemplo (2,7%);
  • ●       rendimentos recebidos acumuladamente (1,6%);
  • ●       diferença entre o valor de imposto pago declarado e valores registrados na Receita (1,1%)
  •  

Se um erro for identificado após o envio da declaração, o contribuinte pode corrigi-lo por meio da declaração retificadora, evitando problemas com a fiscalização.

Leia também | Por que meu score é bom, mas não consigo crédito?

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