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O dinheiro rendia mais no tempo dos nossos avós?

Entenda alguns fatores que explicam essa percepção.

fotos antigas de família

Publicado em: 12 de julho de 2023

Autora: Sâmia Frantz


“Por que o dinheiro rendia mais no tempo dos nossos avós?”. Esse questionamento é comum entre pessoas que acreditam ter mais renda que os avós, porém não formaram patrimônio tão rapidamente quanto eles. A dúvida corrobora memes em redes sociais que brincam com a ideia de que “os mais velhos tinham muito mais bens com a idade que hoje têm seus netos”.

Mas será que era mesmo mais fácil? Neste artigo exploramos alguns fatores que ajudam a explicar essa percepção de que no passado o dinheiro rendia mais.

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Será que o dinheiro rendia mais no tempo dos nossos avós?

Atualmente é comum as pessoas receberem um salário melhor que os próprios pais ou avós ganhavam no passado (descontada a inflação do período). Mesmo assim, a sensação de que eles conquistavam muito mais bens pode surgir com frequência.

O fato é que muitas mudanças sociais, econômicas e políticas aconteceram nas últimas décadas, interferindo em padrões de consumo, hábitos de vida e mercado de trabalho, por exemplo.

Confira três fatores que podem ajudar a entender essa percepção:

  1. A globalização dos anos 1990 mudou a economia

    Nas décadas passadas, a estrutura econômica das pessoas no mundo era diferente dos dias de hoje, e isso é mais um motivo que pode passar a impressão de que o dinheiro rendia mais no passado.

    No Brasil, a globalização não era tão presente até a década de 1990, quando o país se abriu para as importações. Com isso, havia menos concorrência entre as empresas, o que pode ter levado a margens de lucro maiores que se refletiam em salários competitivos para alguns cargos. Também era mais comum que as pessoas passassem muito tempo trabalhando na mesma empresa – não raro, a vida toda. Isso também pode ter colaborado para que o retorno salarial fosse relativamente mais alto.

  2. A poupança hoje tem concorrentes

    A poupança representou, por muito tempo, uma opção segura ao investidor em razão de pagar juros sobre o valor depositado. Embora os rendimentos não fossem tão altos, a poupança se manteve um sucesso em uma realidade econômica e financeira diferente da atual. Em épocas de inflação alta, por exemplo, o rendimento da poupança acompanhava os índices inflacionários, o que ajudava a manter o poder de compra.

    Outra opção considerada segura no passado eram alguns títulos do governo que pagavam juros anuais fixos e tinham prazos específicos – hoje, chamados de Tesouro Prefixado. Na prática, os investidores compravam esses títulos e recebiam juros de forma regular até o vencimento. Investir em metais preciosos, como barras de ouro e moedas de prata, também era bastante comum. Era uma forma de preservar a riqueza e proteger-se da inflação.

  3. O sonho da casa própria perdeu a força

    Hoje muitas pessoas preferem investir nos estudos e realizar outros sonhos antes de comprar a casa própria.

    Investir em imóveis era outra estratégia comum, e muita gente guardava dinheiro por décadas com um único objetivo: obter renda com aluguéis ou lucro com as vendas dos terrenos ou casas.

    Isso ajuda a explicar os motivos de muitos de nossos avós terem imóveis próprios com menos idade do que geralmente ocorre atualmente com os netos.

  4. A tecnologia alterou prioridades

    Com os avanços tecnológicos e o aumento na oferta de produtos que não são de primeira necessidade, o consumismo se generalizou. Para acompanhar esse movimento, os cartões de crédito se tornaram ainda mais populares e o Pix foi criado para facilitar – e agilizar – ainda mais o pagamento das compras feitas pela internet e pelo celular, sem nem precisar sair de casa. Assim, o dinheiro acaba sendo usado em bens e serviços que não necessariamente formam patrimônio.


Seria essa percepção ilusória?

Essas são algumas das possibilidades dessa impressão de que o dinheiro rendia mais no tempo dos nossos avós. Da próxima vez que a turma de amigos levantar esse debate, é importante levar em conta também esses fatores e o contexto social, político e tecnológico de cada época. Alimentar uma percepção ilusória nem sempre reflete a realidade e pode confundir o alcance das metas financeiras.

É difícil comparar padrões de consumo, objetivos de vida, fatores previdenciários, trabalhistas e índices socioeconômicos de épocas tão diferentes. Porém, é sempre importante ouvir o que nossos avós têm a dizer sobre educação financeira, construção de patrimônio e projetos de vida. Afinal, muitos deles passaram por dilemas semelhantes antes de escolher como utilizar o dinheiro conquistado.

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