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Dismorfia financeira: o que é e como evitar?

A educação financeira é a principal chave para prevenir a dismorfia financeira e seus problemas.

Publicado em: 21 de março de 2025

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 11 minutos

Texto de: Time Serasa

Imagem mostrando dinheiro brasileiro em situação que pode ser de negócios, compra ou pagamentos

A dismorfia financeira é uma distorção da percepção individual sobre a renda. Uma das ferramentas para combatê-la é a educação financeira, pois ela fornece conhecimento e habilidades para gerenciar o dinheiro de forma consciente.

Este artigo tem o objetivo de informar o que é e como evitar a distorção financeira pessoal, além de fornecer orientações práticas para melhorar a relação das pessoas com suas finanças.

Assista | Como organizar suas finanças? - Planilha Financeira

O que é a dismorfia financeira e como ela afeta as finanças pessoais?

  • A dismorfia financeira ocorre quando a pessoa não consegue enxergar sua realidade financeira de forma clara e objetiva. Agindo assim, ela acredita que está em uma situação muito pior ou muito melhor do que realmente está. Os comportamentos associados a essa condição podem ser:
  •  
  • ●     Gastos impulsivos: se a pessoa acredita ter mais dinheiro do que possui, pode consumir além de suas possibilidades.
  • ●     Medo de utilizar o dinheiro: caso a pessoa acredite ter menos dinheiro do que possui, pode desenvolver medo irracional de gastar seus recursos.
  • ●     Impacto emocional: seja por acreditar ter muito ou pouco dinheiro, a dismorfia causa ansiedade, estresse, insegurança e outros problemas emocionais.
  • ●     Comparação constante: a pessoa se compara o tempo todo com os outros, podendo sentir inveja e sentimento de inadequação.

 

De acordo com uma pesquisa divulgada em 2024 pela Credit Karma – empresa norte-americana de finanças pessoais –, 43% da Geração Z (pessoas nascidas entre 1997 a 2012) e 41% dos Millenials (pessoas nascidas entre 1980 e 1995) afirmam que têm a percepção distorcida das finanças.

Já segundo levantamento realizado pelo Will Bank, 99% dos brasileiros sentem algum grau de distorção sobre as próprias finanças.

Diferença entre dismorfia e outros transtornos financeiros

A distorção financeira pessoal pode ser confundida com outros transtornos financeiros mais conhecidos popularmente: o endividamento crônico e a compulsão por compras.

O endividamento crônico é caracterizado pela incapacidade contínua de equilibrar ganhos e gastos, resultando em dívidas persistentes. Já a compulsão por compras (oniomania) é um transtorno comportamental em que a pessoa sente a necessidade irresistível de adquirir alguma coisa.

  • Em resumo, as consequências dessas distorções são:
  •  
  • ●     Dismorfia financeira: percepção equivocada da situação econômica.
  • ●     Endividamento crônico: gestão financeira inadequada.
  • ●     Compulsão por compras: frequentemente utilizado como mecanismo para lidar com emoções negativas (ansiedade ou depressão).

Como a dismorfia financeira pode prejudicar seu relacionamento com o dinheiro?

As pessoas que sentem ter menor condição financeira do que possuem podem se sentir constantemente preocupadas com a possibilidade de faltar dinheiro, mesmo quando dispõem de estabilidade financeira.

Essa preocupação excessiva pode levar o indivíduo a evitar gastos essenciais e/ou prazerosos devido à ansiedade excessiva.

Por outro lado, aqueles que sentem ter maior condição financeira do que possuem tendem a assumir compromissos financeiros além de suas capacidades, gerando endividamento e estresse.

  • De modo geral, a percepção distorcida das finanças traz os seguintes prejuízos:
  •  
  • ●     Dificulta o planejamento financeiro adequado.
  • ●     Compromete a capacidade de estabelecer metas realistas.
  • ●     Torna difícil a tomada de decisões.
  • ●     Afeta a gestão eficaz do dinheiro. 
  • ●     Faz a pessoa ser vulnerável a crises financeiras.

6 dicas práticas da Serasa para melhorar a relação com o dinheiro

Reconhecer os padrões financeiros negativos e desenvolver hábitos mais saudáveis com o dinheiro são importantes para evitar a dismorfia financeira. Apresentamos dicas que podem ajudar a alcançar esse objetivo:

  1. Identifique os gatilhos mentais: observe como suas emoções influenciam seus gastos. Compras por impulso podem ser um sinal de alerta.

  2. Monitore os pensamentos sobre dinheiro: preste atenção a pensamentos distorcidos como “eu mereço tudo” ou “nunca vou ter o suficiente”.

  3. Analise os hábitos de consumo: avalie se os gastos refletem suas necessidades reais ou os desejos impulsivos.

  4. Reconheça a comparação social: evite comparar sua situação financeira com a de outros, especialmente nas redes sociais. A realidade financeira de cada pessoa é única.

  5. Busque educação financeira: aprenda sobre controle de gastos, investimentos, poupança e orçamento. Esse tipo de conhecimento ajuda na gestão mais eficaz e consciente do dinheiro. O blog da Serasa é um exemplo de plataforma de conteúdo para estudar sobre finanças pessoais.

  6. Consulte um profissional: se necessário, busque orientação de um planejador financeiro e de um psicólogo. A ajuda profissional pode auxiliar no entendimento e na modificação de comportamentos financeiros prejudiciais.

A importância da educação financeira para prevenir a dismorfia financeira

A educação financeira é fundamental para prevenir a má gestão financeira pessoal em adultos e jovens. Esse tipo de conhecimento capacita as pessoas a desenvolverem uma relação mais saudável e equilibrada com a própria renda.

Ao adquirir conhecimentos e habilidades financeiras, é possível evitar comportamentos distorcidos e tomar decisões financeiras mais conscientes e responsáveis.

A tabela abaixo lista os principais pontos desenvolvidos e reforçados com a educação financeira, ajudando a evitar a dismorfia financeira:

Benefícios da educação financeiraBenefícios da educação financeira
Visão realista A educação financeira fornece ferramentas para analisar a própria situação financeira de forma objetiva, sem ilusões ou exageros.
Planejamento e controle Os conceitos da educação financeira reforçam a importância de criar um orçamento, estabelecer metas e acompanhar os gastos.
Redução da ansiedade e insegurança Ao adquirir conhecimentos financeiros, as pessoas se sentem mais confiantes e seguras em relação à sua capacidade de gerenciar a renda.
Combate à comparação social Os conhecimentos ajudam no entendimento de que cada indivíduo tem uma realidade financeira. Focar nos próprios objetivos e necessidades evita a pressão social e o consumo excessivo.
Adoção de hábitos saudáveisPoupar regularmente, investir no futuro e evitar dívidas de alto custo são hábitos que ajudam a construir uma base financeira sólida para alcançar os objetivos financeiros de longo prazo.

Como monitorar e melhorar sua saúde financeira a longo prazo

Manter a saúde financeira sólida a longo prazo exige acompanhamento contínuo, práticas eficazes de gestão e disciplina, como as seguintes:

  1. Revise o orçamento periodicamente

    É importante criar e revisar o orçamento regularmente, pelo menos uma vez ao mês. A revisão serve para verificar se as despesas estão dentro do planejado e se as metas financeiras estão sendo alcançadas.

    A prática também permite identificar gastos desnecessários, ajustar o orçamento conforme a necessidade e garantir que a renda esteja sempre controlada.


  2. Use ferramentas de controle financeiro

    Ferramentas como tabelas financeiras e aplicativos de gestão auxiliam o acompanhamento financeiro detalhado.

    Elas permitem registrar receitas e despesas, gerar relatórios, acompanhar o progresso das metas financeiras e ter uma visão clara da situação financeira.


  3. Monitore seu Score

    Acompanhar a pontuação do Serasa Score e os endividamentos listados no sistema da Serasa também ajudam a avaliar a saúde financeira.

    Monitorar esses dados permite identificar possíveis problemas e tomar medidas preventivas para evitar o endividamento excessivo e garantir a segurança financeira.


  4. Continue buscando conhecimento financeiro

    Busque informações confiáveis sobre gestão financeira, investimentos e planejamento. A educação financeira aprimora a capacidade de tomar decisões seguras e informadas.


  5. Defina metas financeiras claras

    Definir metas financeiras de curto, médio e longo prazo com objetivos específicos, mensuráveis e alcançáveis orientam as ações do indivíduo e motivam a manter o foco no planejamento financeiro.

    As metas – como a compra de um imóvel, uma viagem ou a aposentadoria – devem ser planejadas com antecedência e acompanhadas regularmente.


  6. Faça uma reserva de emergência

    Criar uma reserva de emergência é fundamental para lidar com eventos inesperados e evitar dívidas. A reserva deve ser equivalente a pelo menos seis meses de despesas mensais. 

Para melhorar a vida financeira, acesse o canal da Serasa no YouTube

O Serasa Ensina é o canal da Serasa no YouTube, criado para descomplicar a educação financeira, por meio de centenas de conteúdos atualizados toda semana. Os vídeos ajudam você a cuidar do dinheiro, negociar dívidas, proteger-se contra fraudes, aumentar o Serasa Score, economizar na rotina, organizar as finanças e muito mais. 

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