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Como vai funcionar o Drex, moeda digital brasileira

Confira o que se sabe até aqui sobre a futura moeda digital brasileira.

imagem de moedas digitais de fundo é o logo do drex sobrepondo a imagem

Publicado em: 9 de agosto de 2023.

Autora: Sâmia Frantz


O Brasil está perto de ter uma moeda digital. A versão digital do real já foi até batizada: Drex. O nome foi apresentado pelo Banco Central nos primeiros dias de agosto, abrindo uma nova etapa do projeto que pretende implementar uma moeda digital brasileira até 2024.

A criação do Drex segue uma tendência mundial. Mais de 90 países têm projetos semelhantes em andamento, e o Banco de Compensações Internacionais (BIS) prevê que mais de 20 moedas digitais estejam em circulação no mundo até o ano de 2030.

As moedas digitais são resultado das novas demandas sociais e de mercado, impulsionadas especialmente pela digitalização da economia e pelo aumento da inclusão digital e financeira da população.

O que é o Drex

Drex é o nome dado à versão digital do real. A moeda ficará disponível em uma plataforma online e servirá como alternativa ao uso das cédulas.

O nome Drex não é por acaso. Foi escolhido pelo Banco Central, e cada letra equivale a uma característica da ferramenta:

  • ● D – digital;
  • ● R – real;
  • ● E – eletrônica;
  • ● X – indica transações modernizadas, repetindo a última letra do Pix.

 

A moeda digital brasileira, no entanto, ainda está em fase de testes e não tem um cronograma oficial de lançamento. A expectativa é de que ela seja liberada para o público no fim de 2024.

Como vai funcionar

O Drex deve facilitar o acesso a transações financeiras que envolvem grandes somas e movimentações mais complexas. Será possível, por exemplo, fazer a compra e venda de títulos públicos, depósito de salários e o estorno de impostos planejado pela Reforma Tributária.

Vai funcionar assim: o dinheiro depositado no banco será imediatamente convertido em Drex por meio de um processo chamado de tokenização – quando um ativo físico se converte em ativo digital. O valor ficará armazenado em uma carteira virtual, que será operada por instituições financeiras, como bancos e correspondentes bancários.

O fato de o Drex permitir a transação de grandes somas só vai ser possível em razão do ambiente extremamente seguro em que ele vai operar: o sistema blockchain, o mesmo usado pelas criptomoedas. O blockchain é uma tecnologia de armazenamento considerada inviolável, irreversível e à prova de hackers, que registra e rastreia transações de ativos, criptografando a distribuição e reduzindo o risco de invasões.

Assim, em razão dessa segurança, a expectativa é de que a moeda digital vá além, criando outras possibilidades de uso. É o caso dos contratos inteligentes, por exemplo. Eles poderão ser firmados no mesmo momento em que o Drex for utilizado, agilizando a negociação.

Numa venda de automóvel, por exemplo, as partes não precisarão preparar um contrato formal para só depois transferir a parcela correspondente ao pagamento e receber a documentação do veículo. Todo esse processo deverá ser feito de forma simultânea.

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6 fatos sobre a moeda digital brasileira

O Drex começa agora uma longa fase de testes de segurança, que vai avaliar as ferramentas e serviços no novo sistema. Somente ao fim desse período o Banco Central poderá confirmar o que poderá ser feito com a nova moeda digital brasileira. 

Ainda assim, alguns fatos sobre ela já são conhecidos.

  1. É o próprio real

    A nova moeda digital e o real serão a mesma coisa. A única diferença é o lugar em que eles serão utilizados: um é físico, o outro é virtual. O valor das moedas, portanto, não muda.

    A moeda virtual também não terá rendimentos por estar depositada, diferentemente de uma aplicação financeira. Ela continuará sempre tendo o mesmo valor, independentemente do tempo que se passar. É exatamente o que acontece com o dinheiro vivo que se guarda em casa, por exemplo.

     

  2. É diferente do Pix

    O Drex e o Pix não são a mesma coisa. O Pix é uma transação, um meio pelo qual é possível transferir dinheiro. O Drex é o próprio dinheiro a ser transferido, que contará com a tecnologia blockchain e permitirá transações com valores ainda maiores.

    Assim, a moeda digital brasileira poderá ser utilizada tanto para fazer um Pix quanto para realizar pagamentos ou transferências por meio de outras modalidades já existentes.

     

  3. Não é uma criptomoeda

    Embora seja uma moeda digital e utilize o sistema blockchain, o Drex não é uma criptomoeda.

    A criptomoeda tem como principal característica a gestão descentralizada e a ausência de fiscalização. Ela se configura como uma movimentação financeira anônima, regulada pelos próprios usuários.

    Além disso, as criptomoedas também são consideradas um investimento, pois apresentam variação de preço. Isso faz com que muitos investidores se interessem por ela em razão de sua rentabilidade.

    Isso não acontece com o Drex. Primeiro porque ele será oficialmente regulamentado, emitido e controlado por uma autoridade monetária – o Banco Central. Além disso, não terá variação no preço, pois se trata apenas de uma representação virtual do real.

    Por meio do Drex, os brasileiros poderão realizar qualquer tipo de compra ou transação financeira. Isso não ocorre com as criptomoedas, já que elas não são consideradas moeda corrente.

     

  4. Não vai acabar com o dinheiro em papel

    O Drex não deve impactar a circulação de dinheiro em espécie. Ele será apenas uma alternativa ao uso de cédulas físicas, sem qualquer intenção de substituí-las por completo.

     

  5. Pode ser trocado pelo dinheiro físico

    O foco do Drex está em promover transações financeiras, mas a ideia é que ele também possa ser trocado por dinheiro físico. O contrário também deve acontecer, com as notas sendo digitalizadas. Isso será possível porque a moeda digital terá a mesma cotação do real.


  6. Poderá ser usado para comprar imóveis, veículos e até títulos públicos

    O Drex deve possibilitar a transação de grandes quantias com segurança e rapidez. Ele poderá ser usado para comprar imóveis, veículos e até títulos públicos. Todo o processo passará a ser feito de forma instantânea por meio de um contrato automatizado, que ajuda a reduzir o custo com burocracia e intermediários.

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