Número do cartão de crédito: o que é, como consultar e medidas...
Número do cartão de crédito: o que é, como consultar e medidas de segurançaData de publicação 21 de novembro de 20244 minutos de leitura
Atualizado em: 29 de agosto de 2023
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 10 minutosTexto de: Time Serasa
O nosso comportamento financeiro é fortemente influenciado por diversos fatores – não apenas racionais. E existe um campo de estudo que comprova isso e nos fornece a chave para entender por que tomamos certas decisões: esse campo é a Economia Comportamental.
Quer saber mais sobre o que a economia comportamental tem a nos ensinar e como podemos tomar melhores decisões financeiras com base nela? Então continue a leitura.
A economia comportamental, também conhecida como psiconomia, é um ramo da economia que mistura diversas ciências sociais – entre elas a psicologia e a neurociência –, e estuda o fator da tomada de decisão pelo ser humano, dito um ser racional.
Durante muito tempo, a teoria econômica tradicional dizia que o ser humano tomava decisões de forma racional, sempre pesando os prós e contras de cada possibilidade até perceber qual decisão maximizaria seus ganhos.
Porém, no campo da economia comportamental, chegou-se à conclusão de que a racionalidade das decisões humanas é restringida por muitos fatores, entre eles sociais, cognitivos, emocionais e também econômicos.
A economia comportamental vem promovendo uma série de estudos que indicam que nem sempre tomamos as melhores decisões financeiras.
Ela pretende entender como e por que as pessoas se comportam como se comportam no mundo real, examinando as diferenças entre o que as pessoas “deveriam” fazer e o que realmente fazem – as consequências dessas ações.
Por exemplo:
Tudo isso ocorre porque, apesar de sermos seres racionais, nossas decisões podem ser tomadas de duas maneiras:
Em razão disso, o campo da economia comportamental considera as pessoas como seres humanos sujeitos à emoção e à impulsividade, sendo amplamente influenciados por seus ambientes e circunstâncias.
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Os vieses comportamentais são a base da economia comportamental, pois mostram como os fatores psicológicos podem influenciar nosso comportamento financeiro de maneiras previsíveis e não convencionais.
Eis alguns exemplos de vieses comportamentais – ou atalhos:
Nesse caso, a decisão é feita baseada em experiências pessoais de uma pessoa ou em acontecimentos recentes, tomando por base a probabilidade de aquele evento novamente acontecer.
Exemplo:
Ao considerar um investimento em ações, um investidor pode ser influenciado pelo viés de disponibilidade, dando mais peso a notícias recentes sobre uma ação específica que teve grande aumento de preço.
Esse investidor pode superestimar a probabilidade de ganhos futuros com base nessa informação disponível, ignorando análises mais amplas do mercado e os riscos envolvidos.
Isso pode resultar em uma decisão de investimento precipitada e desinformada.
Viés da confirmação é a tendência de buscar evidências consistentes com uma crença anterior; ou seja, nós temos uma tendência a buscar informações que comprovem nossos pontos de vista já preestabelecidos.
Exemplo:
Imagine que uma pessoa está considerando a compra de um carro novo e tem 2 opções em mente: um carro elétrico e um carro a combustão.
Ela já está inclinada a escolher o carro elétrico por razões ambientais. Ao pesquisar na internet, a pessoa se concentra principalmente em artigos e opiniões que destacam os benefícios dos carros elétricos em termos de sustentabilidade.
O problema é que essa pessoa ignora informações sobre as desvantagens potenciais e custos de manutenção – justamente devido ao viés de confirmação.
O excesso de confiança é a tendência de ser excessivamente otimista, superestimar as próprias habilidades ou acreditar que suas informações são mais corretas do que realmente são. Provoca um comportamento bastante arriscado.
Exemplo:
Imagine que Maria está prestes a comprar um imóvel para alugar e, assim, fazer uma renda extra. Ela pesquisou um pouco sobre o mercado imobiliário, mas não é uma especialista.
No entanto, devido ao viés de excesso de confiança, ela acredita que sua intuição é suficiente para tomar uma decisão informada.
Sem consultar um profissional ou fazer uma análise detalhada, Maria compra o imóvel, mas descobre mais tarde que não considerou todos os fatores importantes, como localização e demanda – resultando em retorno de aluguel abaixo do esperado.
Essa tendência nos mostra que a dor associada a uma possível perda é muito maior que o prazer associado a um ganho da mesma magnitude.
Exemplo:
Uma pessoa comprou um ingresso para um evento por R$100,00. Pouco antes do evento, ela descobre que perdeu o ingresso.
A aversão à perda pode levá-la a gastar mais tempo e energia buscando o ingresso perdido do que se tivesse comprado um novo por R$100,00.
A ideia de perder o dinheiro já gasto é mais dolorosa que o custo financeiro real de substituir o ingresso.
Quem nunca agiu baseado na atitude da maioria de um grupo? O efeito manada acontece quando as pessoas agem de forma a imitar ou seguir a decisão de outras pessoas em vez de decidir por si mesmas.
Exemplo:
Imagine que um grupo de amigos está animado sobre um novo tipo de investimento em criptomoedas. Mesmo que a maioria deles não tenha experiência em finanças, todos estão investindo nessa nova moeda devido ao entusiasmo do grupo.
João, que faz parte desse grupo, também decide investir, apesar de não entender totalmente o mercado de criptomoedas. Nesse cenário, o viés do efeito manada está influenciando a decisão financeira, já que ele está seguindo a multidão em vez de basear sua decisão em uma análise racional.
Para tomar melhores decisões financeiras com base na economia comportamental, confira algumas dicas:
Se tiver interesse em se aprofundar mais no assunto, eis a indicação de um livro: Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar, de Daniel Kahneman e Amos Tversky, publicado em 2011 pela Editora Objetiva.
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Data de publicação 21 de novembro de 20244 minutos de leitura
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