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Entenda como a taxa Selic afeta a sua vida

A taxa Selic é uma baliza para a cobrança de juros maiores ou menores. Entenda como ela dita a variação de dívidas ativas ou mesmo de compras a prazo.

dados escrito "selic" com uma letra em cada dado

Publicado em 06 de setembro de 2022

“Copom eleva a taxa básica de juros”: se você assiste televisão, ouve rádio ou lê notícias provavelmente já ouviu essa frase. O destaque da alta tem sido recorrente no Brasil desde março de 2021, quando a taxa passou de 2% para 2,75%. Em agosto de 2022, chegou a 13,75%. Entenda o que é a taxa Selic, por que ela sobe ou desce e como ela afeta as suas finanças.

Simplificando ao máximo, podemos dizer que a Selic é a “mãe” das taxas de juros. O juro é o preço pago pelo uso de um valor monetário durante um período. Se você compra um aparelho de televisão em 10 parcelas, por exemplo, o valor total provavelmente seja maior que o anunciado. Isso porque há incidência de juros.

Os juros podem ser corrigidos por diferentes indicadores financeiros, para, no final, um valor ser acrescentado por à parcela mensal. Quem compra a prazo ganha o direito de usufruir do produto desde o momento da aquisição. Quem vende a prazo reduz a perda da inflação quando corrige os valores segundo as taxas de juros.

Mas, afinal, o que é taxa Selic?

A taxa Selic é o nome que o Banco Central nacional deu à taxa básica de juros na economia brasileira. A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária, o Copom, formado pelo presidente e diretores do Banco Central, se reúne para deliberar sobre a inflação no país e decide se a taxa sobe, desce ou fica estável.

Em geral, a taxa de juros sobe quando a inflação precisa ser contida, ou seja, se os preços estão em alta a taxa sobe para frear o consumo. Afinal, se um produto sobe demais de preço e a sua renda não, ou você deixa de comprar ou se endivida. O objetivo da política monetária é conter os gastos não só do cidadão, mas também os públicos.

Quando a taxa de juros cai, a política econômica visa estimular o consumo. A taxa Selic baixa tem o objetivo de fazer a economia girar, estimular que as pessoas comprem bens de consumo, automóveis, procurem crédito. Na época de baixa, o valor da moeda nacional, o real, está mais controlado em relação a outras moedas mundiais.     

Tendência da taxa Selic atualmente

O cenário brasileiro desde a pandemia de covid-19 tem indicado uma tendência de alta, ou seja, a inflação está subindo, o custo de vida maior. Assim, o brasileiro tende a se endividar se não souber equilibrar a renda e os gastos. O Brasil não está sozinho nesse panorama: a inflação está em alta em outros países do mundo.

Isso porque a taxa básica de juros é influenciada pelo Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), uma espécie de leilão de compra e venda de títulos do Tesouro Nacional por instituições financeiras. As negociações são afetadas pelos preços mundiais de petróleo e energia, pressionados por fatores internacionais como a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

A taxa Selic também é um indicador importante para distintos segmentos da economia. O setor da construção civil, por exemplo, teve uma reação importante quando no primeiro ano de pandemia a taxa caiu, porém as altas seguidas têm manifestado um efeito reverso. A compra de um imóvel a prazo, com financiamento ou empréstimo, em período de alta da Selic, não é recomendável.     

Como a taxa Selic afeta o seu bolso?

A taxa Selic é a mãe das taxas de juros, lembra? Pois é, a situação de alta ou baixa vai afetar toda a família de taxas. O IPCA, por exemplo, que é o índice de preços ao consumidor, sofre influência. Aumentar a taxa Selic pode significar reduzir o consumo e, consequentemente, diminuir a inflação, ou seja, o IPCA. 

O IPCA é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) e balizado pelo preço médio de um conjunto de produtos e serviços da população nos diferentes Estados brasileiros. Ou seja, o IPCA e a Selic mensuram a inflação nossa de cada dia e efeitos da variação deles são sentidos nas compras do dia a dia, nas negociações bancárias e nos investimentos.

Portanto, se a taxa Selic está em baixa, o país terá mais oferta de crédito a juros mais baixos por instituições financeiras. As pessoas ficam mais seguras para comprar, buscar empréstimos e planejar gastos ou novos empreendimentos. Nesse cenário, com mais oferta e mais gasto, a inflação tende a subir.

Mas, se a taxa Selic aumenta, ocorre o contrário. Os juros ficam mais caros e o consumidor paga mais pelo empréstimo a cada mês, em financiamentos, parcelamentos ou cheque especial. O cenário desestimula e desacelera a economia e a tendência é as pessoas gastarem menos. Com baixa no consumo, o preço tende a reduzir. O resultado é um controle da inflação.

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A taxa Selic estimula os investimentos?

O cenário de alta de taxa de juros estimula o tipo de investimento a curto prazo com ganhos prefixados, ou seja, aqueles nos quais o investidor sabe o quanto o seu dinheiro renderá num período determinado. Mas há também carteiras pós-fixadas relativamente seguras, como as de títulos públicos, por exemplo, com vencimento em dois ou três anos.

O Tesouro Selic é um exemplo. Esse é um investimento tido como seguro pelos analistas e com retornos atrelados à taxa Selic. O título público federal é considerado um empréstimo ao governo federal, ou seja, é disponibilizado por meio do Tesouro Direto. O aumento na taxa Selic torna esse tipo de título mais vantajoso.

TESOURO SELIC: saiba como investir


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O cenário de alta de taxa de juros estimula o tipo de investimento a curto prazo com ganhos prefixados, ou seja, aqueles nos quais o investidor sabe o quanto o seu dinheiro renderá num período determinado. Mas há também carteiras pós-fixadas relativamente seguras, como as de títulos públicos, por exemplo, com vencimento em dois ou três anos.

O Tesouro Selic é um exemplo. Esse é um investimento tido como seguro pelos analistas e com retornos atrelados à taxa Selic. O título público federal é considerado um empréstimo ao governo federal, ou seja, é disponibilizado por meio do Tesouro Direto. O aumento na taxa Selic torna esse tipo de título mais vantajoso.