Desconto de Imposto de Renda: saiba como funciona
Desconto de Imposto de Renda: saiba como funcionaData de publicação 24 de abril de 202516 minutos de leitura
Publicado em: 24 de abril de 2025
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 13 minutosTexto de: Time Serasa
“Quanto posso movimentar no CPF por ano?” é uma dúvida comum de pessoas físicas que realizam transações financeiras frequentes. A Receita Federal e os bancos monitoram as movimentações para evitar irregularidades, como sonegação e lavagem de dinheiro.
Por isso, é importante saber as regras vigentes para não haver questionamentos, multas e até mesmo penalidades. Confira detalhes importantes sobre o tema neste artigo.
Não existe um limite anual fixo estabelecido para a movimentação financeira de pessoas físicas. Porém, é importante que as transações estejam alinhadas com os rendimentos declarados à Receita Federal.
Alguns critérios de monitoramento mantêm limites para identificar movimentações que fogem do padrão econômico do contribuinte:
Para o ano de 2025, as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 33.888 em 2024 são obrigadas a declarar o Imposto de Renda.
Assim, se as movimentações financeiras de uma pessoa indicarem uma renda acima desse valor, ela deverá prestar contas ao Fisco.
As atividades financeiras são monitoradas pela Receita Federal para garantir a conformidade com as obrigações fiscais e prevenir crimes financeiros.
Os bancos e as cooperativas de crédito devem informar ao órgão as movimentações de R$ 2 mil para pessoas físicas e de R$ 6 mil para pessoas jurídicas.
Entretanto, o fato de uma movimentação ser reportada não implica, necessariamente, em irregularidades. Apenas as transações consideradas incompatíveis com a renda declarada pelo contribuinte podem gerar questionamentos por parte das autoridades fiscais.
Os limites de movimentação impostos pelas instituições financeiras têm o objetivo de garantir a segurança dos clientes e prevenir fraudes. Eles variam entre diferentes bancos e dependem do tipo de transação e do canal utilizado.
Embora não exista um limite para as movimentações financeiras associadas ao CPF, alguns fatores podem influenciar o monitoramento e a análise das transações pelas autoridades fiscais e instituições financeiras. Listamos as principais abaixo:
As transações que excedam significativamente os rendimentos informados na declaração do Imposto de Renda podem levantar suspeitas de sonegação fiscal ou outras irregularidades.
As instituições financeiras são obrigadas a reportar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) as movimentações consideradas atípicas ou suspeitas – como depósitos ou transferências acima de determinados valores diários, por exemplo.
Esse monitoramento tem o objetivo de prevenir crimes, como lavagem de dinheiro. Portanto, as transações que fogem ao padrão habitual do contribuinte podem ser analisadas.
O histórico de crédito de uma pessoa – incluindo pagamentos pontuais, ausência de dívidas em aberto e um comportamento financeiro responsável – influencia a avaliação de crédito pelas instituições financeiras.
Ter um bom histórico pode facilitar a obtenção de limites de crédito elevados e melhores condições em produtos financeiros. Por outro lado, uma pontuação de crédito baixa pode resultar em restrições para obter produtos financeiros.
Ter divergências ou pendências com a Receita Federal ou outros órgãos públicos pode impactar negativamente a análise das movimentações financeiras.
Por exemplo: a falta de declaração do Imposto de Renda ou inconsistências nas informações podem levar a restrições nas operações financeiras ou na obtenção de crédito.
Mantenha as finanças organizadas para garantir que as movimentações financeiras do seu CPF estejam compatíveis com a renda e dentro da legalidade.
Separamos as principais dicas para organizar as finanças e garantir a legalidade da movimentação do CPF:
Inclua todas as fontes de renda na declaração, como salários, honorários, aluguéis, rendimentos de investimentos, pensões, entre outros.
Mantenha documentos que comprovem cada fonte de renda, como contratos de trabalho, recibos de pagamento, informes de rendimento e demais documentações.
Guarde comprovantes de todas as transações importantes (depósitos, transferências, pagamentos, saques e investimentos).
O ideal é guardar os documentos financeiros por pelo menos cinco anos.
Caso realize uma movimentação financeira de valor elevado – venda de imóvel, recebimento de herança, resgate de investimento, por exemplo –, tenha os documentos que comprovam a origem do dinheiro.
Esses documentos podem ser contratos de compra e venda, escrituras, inventários, comprovantes de investimento, entre outros. Ao declarar o Imposto de Renda, informe corretamente a origem desses recursos.
Utilize a conta bancária para realizar suas próprias transações financeiras. Evite receber ou enviar grandes quantias em nome de outras pessoas.
Caso precise realizar movimentações acima dos limites padrão, entre em contato com o banco para verificar as opções disponíveis e a necessidade de solicitar aumentos de limite com antecedência.
Para o trabalhador autônomo, o ideal é ter uma conta bancária pessoal e outra para o negócio próprio para facilitar o controle financeiro.
Os autônomos que recebem rendimentos de pessoas físicas devem lançá-los no Carnê-Leão para evitar irregularidades com a Receita Federal.
Realizar movimentação financeira com valores não incompatíveis com a renda declarada pode trazer consequências legais e financeiras tais como:
As transações que excedam os limites estabelecidos ou não correspondam à renda declarada podem levar o contribuinte à malha fina, resultando em auditorias e exigência de comprovação da origem do dinheiro.
Caso seja constatada omissão de rendimentos ou inconsistência nas informações prestadas, o contribuinte pode ser obrigado a pagar o imposto devido com acréscimo de multas.
As penalidades financeiras podem variar, mas, no geral, a multa mínima é de 75% do valor do imposto devido. Se houver comprovação de fraude ou intenção de sonegação, a multa pode chegar a 150% do valor devido.
Leia mais | Saiba o que é cobrança indevida e qual a importância de resolver o problema
Movimentações financeiras incompatíveis com a renda declarada podem ser interpretadas como crime de sonegação fiscal ou lavagem de dinheiro. Nesses casos, além das multas, o contribuinte pode responder a processos criminais, podendo ser preso e pagar multas adicionais.
A não regularização das pendências fiscais pode levar o CPF a ficar como “pendente de regularização” ou até mesmo “suspenso”. Essa situação impede o contribuinte de abrir contas bancárias, obter empréstimos, tirar passaporte ou participar de concursos públicos.
Manter o CPF regularizado evita restrições em diversas áreas da vida financeira e civil. Separamos dicas essenciais para consultar a situação do cadastro e resolver as pendências fiscais:
Para verificar a situação atual do CPF:
Acesse o site da Receita Federal.
No menu de serviços, clique em “Meu CPF”.
Na lista de serviços, selecione “Consultar CPF”.
Na nova página que se abre, clique em “Iniciar”.
Informe o número do CPF e sua data de nascimento. Complete o captcha e clique em “Consultar”.
Agora que você já sabe quanto pode movimentar no seu CPF no ano, aproveite os conteúdos de finanças pessoais no canal Serasa Ensina, no YouTube!
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