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Saiba quais são as criptomoedas promissoras para 2023

Entenda o que são criptomoedas e saiba quais são as criptomoedas promissoras para 2023, segundo especialistas ouvidos pela Serasa.

Criptomoeda Bitcoin


Autor: Marlise Brenol

Publicado em 10 de novembro de 2022

Criptomoedas são ativos digitais que existem somente dentro de um banco de dados público compartilhado, sem um emissor central, mas auditável por todos os participantes da cadeia. Toda transação de moedas virtuais é registrada em um banco de dados público, de forma transparente. Criptomoeda, porém, não é garantia de ganhos financeiros. Por isso, neste artigo vamos mostrar quais são as criptomoedas promissoras para 2023.  

O mercado de criptomoedas atualmente

Em contraposição aos mercados de investimento tradicionais, o campo de criptomoedas surgiu como um espaço de alta rentabilidade. Muitas corretoras e bancos oferecem investimento com mais estabilidade e confiabilidade, porém com menor ganho. As criptomoedas prometem superar até mesmo o mercado de ações de risco.  

O fascínio desse mercado está no alto potencial de ganho financeiro, segundo Patrícia Aiello, especialista em investimentos com mais de 20 anos de experiência. Para ela, ao investir em criptomoedas, as pessoas podem obter acesso a uma classe de ativos capazes de mudar o cenário dos mercados de investimento para sempre: “quer se opte por investir uma quantia pequena ou significativa, não há como negar que investir em criptomoeda oferece oportunidades interessantes de crescimento e lucro que simplesmente não podem ser encontradas em nenhum outro lugar”. 

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Os criptoativos se recuperarão da crise de 2021?

O mundo dos criptoativos tem enfrentado ciclos de altos e baixos desde a criação do bitcoin, moeda lançada por Satoshi Nakamoto em 2009. Os anos de 2017 e 2019 tiveram ascensão e queda veloz das moedas cripto. A desconfiança do mercado é de que os criptoativos não se recuperarão do pico de 2021. Para Kristian Lee, analista sênior de Research da corretora Warren, a recuperação virá, mas “a chave é entender o modelo de negócio de um ativo e investir de forma consistente”. 

Patrícia Aiello destaca a velocidade e a volatilidade do mercado de criptomoedas. Como é de alto risco, o investidor poderá perder 100% do capital investido. A analista lembra que o ciclo de baixa de criptomoedas de 2022 eliminou mais de 70% da maioria dos ativos, ou seja, quem investiu em determinadas moedas perdeu o capital. Porém, “a boa notícia é que isso apresenta uma oportunidade de lucrar ainda mais quando o mercado se recuperar”, afirma. 

As criptomoedas estão sendo negociadas em baixa no final de 2022. A capitalização de quase US$ 3 trilhões no final de 2021 agora está em torno de US$ 900 bilhões. Para Patrícia, essa é uma janela para começar a investir, pois quem optar por comprar criptomoedas a preços atuais poderá obter um bom retorno em 2023.  

Apesar de Kristian Lee ser otimista sobre a recuperação das moedas, ele alerta que é preciso cuidado ao começar a investir. O analista cita uma frase da Warren Buffett: “nunca invista em um negócio que você não entende”, ou seja, não deposite todo o capital em um investimento desconhecido. “Comece com o feijão com arroz. Está tudo bem investir um pouco em bitcoin e Ethereum só para ter um gostinho, ou até mesmo em outros criptoativos, mas não dê all-in”. 

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Quais são as criptomoedas promissoras para 2023?

Os dois especialistas consultados pela Serasa fizeram indicações de moedas com tendência à valorização. Há pelo menos três setores principais: o das moedas, das plataformas smart contract e da tecnologia da informação. Patrícia Aiello e Kristian Lee convergiram em parte das indicações. Ao todo, listamos sete criptomoedas promissoras para 2023.  

  • Bitcoin 

O bitcoin não poderia faltar na lista de criptomoedas promissoras para 2023. Desde que foi lançado, ele cresce. Com a maior capitalização de mercado, na primeira posição do Coin Market Cap, o bitcoin é uma das melhores criptomoedas em termos de retorno do investimento. Como o bitcoin é uma moeda com limite de emissão de 21 milhões de unidades, ela chega a ser chamada por muitos de “ouro digital”, já que tem características de reserva de valor, como o metal precioso. Foi indicado pelos dois especialistas.   

  • ETH (Ethereum) 

Ethereum é uma moeda do tipo plataforma smart contract, software descentralizado movido pela tecnologia blockchain. É a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, e para os dois analistas encontra seu lugar na lista de criptomoedas promissoras para 2023.  

Essa moeda chama a atenção, em especial, pelos contratos inteligentes, um programa executado na cadeia de blocos da moeda, controlado automaticamente. É uma coleção de códigos e dados em que reside um endereço único na blockchain do Ethereum. Segundo Patrícia, desde que a moeda atingiu US$ 4.800 em novembro de 2021 chegou a perder 76,7% do valor em 2022, porém ela acredita em uma “tendência de recuperação”. Indicação dos dois especialistas. 

 BNB 

A BNB, ou Binance Chain, foi lançada por uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, a Binance. As operações são validadas com tokens, sem a necessidade de uma rede própria de blockchain. Um dos motivos para ser considerada uma criptomoeda promissora para 2023 está relacionado ao forte desempenho do ativo e à estratégia de negócios da empresa. Nesse contexto, é válido destacar que eles vêm recebendo diversos elogios de especialistas, fazendo com que a moeda seja hoje uma das mais negociadas do mundo. Indicação de Patrícia.  

USDC 

A criptomoeda USDC procura manter um valor fixo e definido. Com lastro de equiparação em dólar, a USDC funciona da seguinte forma: se o emissor do USD Coin tem 100 milhões de dólares americanos, ele só pode distribuir 100 milhões de tokens da stablecoin USDC. Cada token vale exatamente um dólar. Embora essa cripto não aprecie com o tempo, é possível ganhar dinheiro de forma passiva por meio do staking, que paga, com risco maior, mais do que os Títulos do Tesouro Nacional dos EUA. Indicação de Lee.  

DOGE 

Uma moeda diferente e considerada pela especialista Patrícia “mais descontraída, por assim dizer”. Isso porque a cripto surgiu com a intenção de ser uma sátira da bitcoin. Contudo, logo se popularizou entre os usuários. No começo era trocada entre geeks da internet até ser comercializada em toda a rede. A moeda tem muitas semelhanças com a BTC, inclusive o código de mineração. A diferença é que pode ser minerada de um computador comum. Cada mineração rende 10 mil DOGEs e não há limite máximo nem previsão para cessar o crescimento. Indicação de Patrícia. 

Polygon 

A Polygon não poderia faltar na lista de criptomoedas promissoras 2023, segundo os dois especialistas. O projeto introduziu a versão do Ethereum Hardfork para tornar os preços mais previsíveis, ocasionalmente provocando o MATIC deflacionário ao queimar moedas. O objetivo é evitar inundar o mercado com circulação de tokens, eventualmente melhorando o valor geral do token. 

A Polygon como protocolo pode se beneficiar totalmente do efeito de rede do Ethereum, que é inerentemente mais seguro, aberto e poderoso. Com redes blockchain compatíveis com Ethereum, o blockchain Polygon pode ser usado para desenvolver redes personalizadas para qualquer ativo digital. Assim como o Ethereum e o Cardano, o Polygon pode se comunicar com outras redes blockchain pelo recurso de interoperabilidade.  

No futuro, mais protocolos blockchain serão desenvolvidos e os novos precisam se comunicar com as redes antigas. O Polygon foi desenvolvido para atender a qualquer requisito de rede futuro. Indicado pelos dois analistas. 

Chainlink 

Apesar de a Chainlink ter sido fundada somente em 2017, ela já possui um terço do valor de mercado do setor da tecnologia da informação dos criptoativos. Isso porque ela é uma infraestrutura na blockchain que permite a conexão universal entre diferentes smart contracts. O uso desses smart contracts, contratos automatizados utilizando a tecnologia blockchain, está crescendo cada vez mais, o que faz com que a Chainlink fique ainda mais sedutora. Indicação de Lee.  

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Entenda a moeda digital brasileira

A diferença entre as criptomoedas e as moedas digitais nacionais é que a segunda funciona a partir de um sistema financeiro de um país, por exemplo o Banco Central do Brasil. A criptomoeda, por outro lado, não tem regulação central – o sistema funciona descentralizado a partir do controle da base de dados pelos usuários.  

A tendência de adotar uma moeda digital permitirá que o Banco Central não precise imprimir dinheiro para emitir moeda. A moeda digital brasileira atenderá pela sigla CBDC, que corresponde à Central Bank Digital Currency e funcionará como a versão virtual do real. Apesar de o país não emitir o real digital, a tecnologia está na pauta do Banco Central.  

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