Mesada educativa: entenda os benefícios e como definir o valor ideal
Saiba quando é a hora certa de as crianças aprenderem a administrar dinheiro e quanto você pode oferecer a elas.
Publicado em: 20 de dezembro de 2021.
Educar os filhos financeiramente virou uma atividade rotineira na vida de muitas famílias. Aprender sobre finanças desde cedo pode preparar as crianças para um futuro mais promissor. Uma ferramenta muito eficiente para isso é a mesada educativa.
Há quem acredite que a mesada para filhos é uma forma de dar dinheiro fácil e, assim, dar uma visão errada de como conseguir dinheiro.
Porém, a verdade é que, criando um mecanismo de recompensa, é possível eliminar essa possibilidade e, principalmente, fazer com que, desde cedo, as crianças aprendam a lidar com o dinheiro, passem a dar valor à administração, a economizar e entender a importância de se criar um patrimônio.
Isso pode, inclusive, ajudar a reduzir os índices de inadimplência em nosso país no futuro. Para se ter uma ideia, atualmente mais de 63 milhões de brasileiros estão com o nome sujo – o que corresponde a cerca de 40% da população que tem acesso a serviços financeiros.
É claro que essa realidade não reflete exclusivamente a falta de educação financeira. No entanto, saber poupar e administrar bem o dinheiro pode contribuir para evitar que situações como essa sigam se repetindo no futuro.
Então, se você quer saber como dar mesada aos filhos, aproveite este conteúdo para entender o conceito de mesada educativa, os benefícios desse recurso e até como definir o valor ideal.
O que é mesada educativa?
Para entender melhor como essa ferramenta é importante no desenvolvimento da educação financeira infantil e o impacto positivo que ela terá na vida adulta, é importante ter clara a definição de mesada educativa.
Trata-se de um mecanismo para ensinar finanças às crianças. Por serem muito novas, a teoria pode não ser suficiente, então os pais recorrem às atividades práticas.
O mais interessante é que essa atividade envolve todos os familiares em contato com a criança, desde os adultos, até as crianças mais velhas. Assim, todos passam a olhar o orçamento familiar de forma mais inteligente.
A mesada educativa pode trazer uma série de benefícios, tais como:
Reconhecer desde cedo o valor do dinheiro;
Aprender mais sobre a importância da economia;
Evitar que a criança se torne um adulto consumista;
Incentivar a autonomia e responsabilidade;
Lidar com a frustração para casos em que não há dinheiro suficiente;
Auxiliar a estabelecer metas e prioridades na vida da criança;
Mostrar à criança a realidade financeira da família.
Tabela de mesada educativa
É importante deixar claro para as crianças que, para conseguir o dinheiro, é preciso merecimento. Então, uma tabela lúdica pode ajudar o pequeno a ter mais consciência disso.
Você pode selecionar algumas ações que fazem com que o valor da mesada seja descontado. Por exemplo:
Faltou, atrasou ou reclamou para ir à escola: desconto de R$ 0,25.
Desobedeceu a mamãe ou o papai: desconto de R$ 0,50.
Não arrumou a cama: desconto de R$ 0,30.
Não ajudou nas tarefas de casa: desconto de R$ 1,00.
Não escovou os dentes: desconto de 0,75.
E por aí vai. Avalie os descontos justos, monte uma tabela e deixe em um lugar onde todos consigam ver e acompanhar.
Como definir o valor ideal da mesada educativa
Para entender os descontos justos apontados na tabela acima, é preciso definir o valor da mesada educativa das crianças.
Mas como chegar nesse valor? Não se preocupe, pois, agora, é hora de saber o que considerar para chegar nesse número.
1. Entenda o objetivo da mesada
A mesada pode servir apenas como fins educativos ou para ajudar as crianças a comprarem algo que desejam. Entender o objetivo é o primeiro passo para conseguir definir o valor adequado.
2. Defina o que poderá ser pago com a mesada
Mesmo que o dinheiro seja da criança, é importante os pais definirem, juntos, o que poderá ou não ser comprado com o dinheiro da mesada.
Por exemplo, numa viagem à praia, o sorvete será pago por quem? Pela criança ou pelos pais? Essas definições também ajudam a chegar no melhor valor a ser dado.
3. Considere o nível de maturidade da criança
Não existe uma idade exata definida para começar a mesada educativa. No entanto, entende-se que é a partir dos quatro anos as crianças começam a entender e vivenciar melhor a experiência do dinheiro.
No entanto, ninguém conhece os filhos melhor que os pais. Então, não se prenda a regras. Se sentir que a criança ainda não está pronta para lidar com aquela determinada quantia, considere esperar mais um pouco.
4. Defina a frequência de pagamentos
Entre 4 e 7 anos, o ideal é dar o dinheiro semanalmente. Como a noção de tempo da criança ainda é curta, não vale a pena tornar a mesada mensal ou quinzenal.
Dos 7 aos 12 anos, elas já conseguem fazer cálculos básicos e ganham mais responsabilidade. Então, passe a dar o dinheiro de forma mensal.
Entre 12 e 18 anos, já é possível administrar o dinheiro para realizar desejos, como comprar bens mais caros, como celular e videogame, por exemplo.
5. Avalie a renda da família
Não adianta você dar uma mesada aos seus filhos e deixar o orçamento apertado. As crianças também aprendem com exemplos. Então, antes de definir até mesmo se seus filhos terão mesada, entenda se a mesada realmente cabe dentro no orçamento familiar.
Leia também | Como fazer uma planilha de gastos pessoais em 5 passos
6. Utilize recursos tecnológicos
As crianças têm uma facilidade absurda com a tecnologia, não é mesmo? E essa tendência só tende a aumentar. Então, por que não usufruir disso para ajudar na educação financeira delas?
Alguns apps podem ajudá-las no controle do valor recebido. As carteiras digitais são um bom exemplo. Com esse tipo de recurso, as crianças podem fazer compras e administrar sua mesada diretamente pelo celular. E os pais possuem total controle dos limites, além de deixar o dinheiro guardado e acompanhar o acúmulo do patrimônio de forma mais fácil e intuitiva.
Leia também | Cartão de crédito para menor de 18 anos: como usar com segurança
Carteira digital: uma grande aliada da educação financeira
Se você ainda não conhecia o conceito de carteira digital, vale aqui uma boa explicação. Afinal, elas não servem apenas para administrar as mesadas, mas podem ser excelentes aliadas na educação financeira da vida adulta também.
Hoje, existem diversas opções de carteira digital no mercado e algumas têm funcionalidades específicas, mas, de modo geral, todas têm como objetivo tornar a administração do dinheiro mais prática.
Você pode utilizar esse serviço exclusivo da Serasa, por exemplo. A Carteira Digital foi desenvolvida com toda a expertise da empresa para proteger os dados e é 100% segura, regulamentada pelo Banco Central.
Seja para você ou para os seus filhos, com a Carteira Digital Serasa não será mais necessário andar com dinheiro no bolso. Mesmo assim, você poderá conseguir pagar as compras e contas usando apenas o celular. Faça o seu cadastro gratuitamente agora mesmo e experimente essa novidade!
Leia também | Educação financeira infantil: como ensinar para os seus filhos?