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Se eu parcelar o cheque especial, o que acontece?

Essa é uma forma de renegociar a dívida com o banco. Tome cuidado para que as parcelas caibam no orçamento.

Publicado em: 30 de novembro de 2023

Categoria Carteira DigitalTempo de leitura: 3 minutos

Texto de: Time Serasa

Conceito de contabilidade empresarial, Homem de negócios usando calculadora com laptop de computador, orçamento e papel de empréstimo no escritório.

“Se eu parcelar o cheque especial, o que acontece?”. Essa é uma dúvida comum. Quando a dívida com o cheque especial já ultrapassou a capacidade de quitá-la de uma só vez, é possível solicitar o parcelamento com o banco.

Todas as negociações que dizem respeito ao cheque especial precisam ser feitas com muita cautela. Isso porque essa modalidade de crédito tem juros altos, e uma dívida que parecia pequena no começo pode ganhar proporção muito maior com o tempo.

Entenda a seguir como funciona o cheque especial e se é viável parcelar essa conta.

Assista | Entenda o ciclo da dívida

O que é o cheque especial

O cheque especial funciona como uma linha de crédito pré-aprovada, vinculada à conta corrente. É conhecido também como limite da conta. Diferentemente de um empréstimo, que é preciso solicitar ao banco, no cheque especial a liberação do dinheiro é automática.

Quem precisa fazer uma compra ou pagar um boleto, mas não tem dinheiro na conta naquele momento, pode usar esse crédito para fazer o pagamento. É possível fazer isso usando débito automático, cheque, cartão de débito ou sacando dinheiro. Quando isso acontece, a conta corrente fica negativa.

Apesar da facilidade em acessar esse crédito, a indicação é que ele seja usado apenas de forma emergencial, e por pouco tempo. Grande parte dos bancos oferece um limite por 10 dias antes de começar a cobrar juros diários.

Leia também | Como pagar as dívidas do cheque especial

Juros cobrados no cheque especial

Como o limite do cheque especial é um tipo de empréstimo sem garantia, os bancos costumam aplicar taxas de juros mais altas que em outras modalidades, como o empréstimo pessoal.

Entretanto, o governo estabelece um teto: os bancos podem cobrar no máximo 8% ao mês de juros sobre o valor disponibilizado no cheque especial.

Leia também | Usar cheque especial diminui o Score?

O que acontece se não pagar o cheque especial

Quando a conta está negativa (ou seja, usando o crédito do cheque especial), o primeiro dinheiro que entrar na conta corrente será usado pelo banco para quitar esse valor, já com os juros aplicados.

Diferentemente de um empréstimo tradicional, não é preciso pagar o cheque especial como se fosse um boleto. Basta depositar o valor correspondente na conta.

Entretanto, manter a conta negativa por muito tempo, usando o crédito do cheque especial, é como deixar de pagar uma conta como água ou condomínio. A pessoa pode ficar inadimplente e ter o nome inscrito em um cadastro de proteção ao crédito.

De acordo com regras do Banco Central, se a dívida do cliente com o cheque especial for maior que 15% do seu limite total e se mantiver por 30 dias, o banco é obrigado a oferecer outra modalidade de crédito para quitar esse valor, com juros mais baixos que os originais.

Se eu parcelar o cheque especial, o que acontece?

Como vimos acima, depois de 30 dias o banco precisa oferecer outra opção de pagamento para o cheque especial. Dentro dessa negociação, é possível parcelar a dívida do cheque especial.

O uso do limite do cheque especial se transforma então em uma dívida com juros, prazos e formas de pagamento diferentes.

Entenda como funciona o parcelamento do cheque especial:

  • ●     Os bancos oferecem parcelamento para dívidas acima de R$200.
  • ●     A negociação gera um novo contrato com o banco.
  • ●     O cliente negocia um novo prazo para pagamento, que normalmente pode ser parcelado em até 36 vezes.
  • ●     Os juros aplicados no parcelamento são mais baixos que os juros originais do cheque especial.

Como pagar parcela do cheque especial

Depois que o parcelamento da dívida do cheque especial é renegociado, ele se transforma em outro contrato com o banco, como se fosse um novo empréstimo. Dessa forma, a parcela precisa ser paga mensalmente, como qualquer outro compromisso financeiro que gera um boleto. Portanto, é diferente do uso original do cheque especial, que é pago depositando dinheiro na conta.

Quando parcela, o cheque especial perde o limite?

Depois de parcelar a dívida do cheque especial, o limite de crédito pré-aprovado disponível precisa ser renegociado com o banco.

Cada instituição terá suas regras. Alguns bancos oferecem uma retomada gradativa do limite original, conforme o pagamento em dia das parcelas da dívida anterior. Em outros, o limite do cheque especial é reduzido durante o período de parcelamento. Nada impede, porém, que o banco mantenha o limite normalmente, conforme suas políticas de concessão de crédito.

Empréstimo pode ser alternativa ao parcelamento do cheque especial

O parcelamento é uma opção a ser considerada para finalizar a dívida com o banco. Para isso é importante avaliar a taxa de juros aplicada e compará-la a outras opções de crédito disponíveis para o seu perfil.

Em alguns casos, compensa trocar uma dívida por outra. Por exemplo: pode compensar contratar um empréstimo pessoal com taxas mais baixas que as do parcelamento oferecido pelo banco para quitar a dívida com a instituição.

Para comparar cenários, use como referência o custo efetivo total (CET) das operações, e não apenas a taxa de juros.

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