Entenda o que é risco de crédito e por que ele deve ser calculado
A análise de risco de crédito nas instituições financeiras ajuda a empresa a decidir se empresta dinheiro ou não. Entenda como funciona.
Publicado em: 29 de novembro de 2021.
Você sabe o que é risco de crédito? Quando uma empresa concede crédito a um consumidor — ao aprovar um parcelamento de compra, liberar um cartão de crédito, empréstimo, financiamento etc. —, existe uma chance de o cliente não quitar o valor devido. Essa probabilidade é chamada de risco de crédito.
Neste conteúdo, vamos explicar de forma simples como funciona uma análise de risco de crédito, qual é a importância desse processo e trazer mais detalhes sobre esse conceito. Continue a leitura!
O que é risco de crédito?
Quando você paga uma compra à vista, o dinheiro passa imediatamente da sua conta para quem vendeu a você. O valor é quitado na hora, sem complicações.
Já nas operações que envolvem crédito, o credor precisa acreditar que você irá honrar aquele compromisso e que não trará prejuízo a ele. Mas isso nem sempre acontece, e a possibilidade de você não quitar o que deve em qualquer transação financeira é o que se chama de risco de crédito.
Risco de crédito: exemplos práticos
O risco de crédito existe em qualquer operação financeira que envolve confiança, ou seja, quando uma instituição libera algum tipo de crédito pressupondo que receberá o pagamento. Diversas situações no dia a dia apresentam essa lógica:
Empréstimos: quando um consumidor solicita um empréstimo, a instituição financeira pode liberar o valor pedido, mas não tem qualquer garantia de que irá recebê-lo — portanto, está exposta ao risco de crédito.
Cartões de crédito: as administradoras de cartões de crédito disponibilizam um limite de uso aos seus clientes, mas podem sofrer calote se eles não pagarem a fatura.
Parcelamentos em lojas e comércios: seja por meio de crediários ou ao vender “fiado” — uma prática cada vez mais rara no mercado —, os proprietários dos estabelecimentos também enfrentam o chamado risco de crédito.
Contratos de aluguel: quando uma imobiliária firma um contrato de aluguel por determinado período, em tese, confia que o locatário cumprirá as exigências descritas e pagará os valores combinados todos os meses.
Como funciona a análise de risco de crédito nas instituições financeiras?
Para as empresas e instituições financeiras que realizam empréstimos ou concedem crédito de qualquer tipo, analisar o risco de crédito de cada um de seus clientes é parte fundamental da rotina.
Os critérios avaliados variam de uma instituição para outra, mas normalmente verifica-se a situação financeira atual do solicitante, sua renda e o seu relacionamento com a empresa credora e o mercado (histórico de pagamentos e movimentações financeiras).
As políticas internas dessas empresas também têm um peso importante na análise de risco de crédito. Enquanto algumas são mais flexíveis, outras são mais rígidas e preferem se expor menos aos riscos. Quer um exemplo?
Vamos supor que você precisa contratar um cartão de crédito e faz duas simulações: uma no banco A e outra no banco B. Você não tem conta em nenhum deles. Os dois bancos pedem seus comprovantes de renda e alguns dados pessoais, mas, depois da análise de risco de crédito, os resultados são diferentes.
Enquanto o banco A aprovou um limite de R$ 5.000,00, o banco B liberou apenas R$ 2.000,00. Provavelmente, o banco B adota políticas de crédito mais rígidas e só deve liberar um valor maior à medida que você utilizar o cartão e pagar suas faturas em dia. Em outras palavras, a liberação de crédito ocorre mediante a construção de um relacionamento de confiança. E essa lógica se aplica a todo o mercado.
Classificação do risco de crédito
Após a análise, o risco de crédito de cada cliente costuma ser classificado em duas categorias.
A primeira é o risco de primeira classe, quando o crédito tem grandes chances de não ser quitado. Em casos assim, a instituição financeira pode optar por não liberar o valor solicitado ou fazer a aprovação do crédito com condições menos atrativas — menores prazos para pagamento, taxas de juros mais altas ou exigência de garantias.
A outra é o risco de segunda classe, quando a empresa entende que sofre menos riscos ao oferecer crédito para um cliente. Então, os valores liberados e as condições de pagamento costumam ser mais interessantes.
Como aumentar as chances de ter crédito aprovado após uma análise de risco?
Como já mencionamos, alguns dos principais critérios avaliados pelas instituições credoras são a situação financeira do solicitante e o seu relacionamento com o mercado. Sabendo disso, dois caminhos podem facilitar a aprovação de crédito.
O primeiro é estreitar o relacionamento com as instituições para as quais você pretende pedir crédito. No caso dos bancos, por exemplo, concentrar sua renda em uma só conta, fazer movimentações frequentes e utilizar as linhas de crédito que já estão disponíveis para você, fazendo os pagamentos em dia, ajuda a instituição a ter mais informações sobre seu comportamento financeiro — e mais confiança.
Quando se trata da situação financeira dos clientes, além da renda mensal, os credores também costumam consultar a pontuação de crédito dos consumidores — o chamado score.
O Serasa Score 2.0 é uma pontuação que vai de 0 a 1.000. Essa “nota” individual é calculada com base no comportamento financeiro do consumidor e indica para o mercado quais são as chances de ele pagar suas contas em dia. Quanto maior for a sua pontuação, menor é seu risco de crédito, ou seja, na visão das empresas, menores são as chances de você ficar inadimplente.
Para saber se a sua pontuação é considerada boa para o mercado, você pode consultar seu Serasa Score gratuitamente agora mesmo, seguindo estes passos:
Baixe o aplicativo da Serasa no Google Play ou na App Store.
Cadastre uma senha e faça login.
Na página inicial, consulte seu Serasa Score 2.0, histórico e os comportamentos que mais têm impactado sua pontuação.
O Serasa Score 2.0 é definido com base em quatro critérios: pagamento de crédito, consultas para serviços de crédito, histórico e pagamento de dívidas e crédito contratado/tempo de uso do crédito. No Manual do Score Serasa, o único material oficial e gratuito sobre o tema disponível na Internet, você confere os detalhes de cada um desses critérios e dicas para aumentar sua pontuação.
Por que a análise de risco de crédito é importante?
Infelizmente, o Brasil é um país com alto índice de endividamento. De acordo com o Mapa da Inadimplência, o levantamento mais recente sobre o tema feito pela Serasa, atualmente mais de 62 milhões de consumidores estão com o nome sujo, o que representa cerca de 40% da população economicamente ativa.
Graças a processos como a análise de risco de crédito, as instituições financeiras e demais empresas credoras conseguem avaliar individualmente o perfil de cada consumidor e oferecer condições de pagamento personalizadas e mais justas.
Sem essa avaliação, as empresas considerariam risco de crédito alto para todos, o que tornaria os empréstimos mais caros e as condições de pagamento menos atrativas.
Agora que você já sabe o que é risco de crédito e como funciona uma análise de risco de crédito, deu para perceber o quanto é importante receber ofertas personalizadas, né?
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