Inflação 2022: por que ela não para de subir e quais os impactos?
A inflação 2022 já está elevada e a previsão é que aumente ainda mais até o fim do ano. Mas o que significa isso, por que está ocorrendo e qual o impacto no seu dia a dia? Confira!
Publicado em: 02 de maio de 2022.
Você já deve ter percebido que fazer compras no supermercado ficou mais caro nos últimos tempos, não é mesmo? Se antes com R$ 100 você enchia um carrinho com alimentos básicos, hoje, com este mesmo valor, seu carrinho não passa nem da metade. Isso está acontecendo por conta da inflação 2022, que voltou a subir este ano no Brasil e no mundo.
Continue a leitura para entender os motivos dessa alta e os impactos no seu dia a dia.
Assista | O que é inflação?
Inflação 2022: o que é?
O Banco Central (BC) elevou a previsão de inflação 2022 mais uma vez no dia 24 de março, de 4,7% para 7,1%, ficando acima da meta definida para o ano, que era de 3,5%. Segundo o relatório, a inflação ao consumidor segue elevada, “com alta disseminada entre vários componentes, e mais persistente”.
Na prática, isso quer dizer que nosso dinheiro tem menos valor do que antes e, por isso, vamos precisar de mais dinheiro para comprar os mesmos itens.
Esta, inclusive, é a definição de inflação: uma taxa que indica a variação no Índice de Preços ao Consumidor. Ou seja, com base no preço dos produtos, a inflação diz se o dinheiro está valorizado ou desvalorizado e se o custo de vida aumentou ou diminuiu no país.
Há uma forma de mensurar a inflação. No Brasil, ocorre por meio dos Índices de Preços ao Consumidor, que basicamente medem o quanto está custando os produtos.
O IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), indicador da inflação oficial, é medido pelo IBGE e compreende o custo de vida das famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. Enquanto o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) avalia o custo de vida das famílias com renda mensal entre 1 e 5 salários mínimos.
Leia também: IPCA 2022: entenda o que significa e para que serve esse índice
Como medir a inflação 2022?
O cálculo é feito da seguinte maneira: cada índice elabora uma cesta básica de produtos que estão no consumo diários das famílias com a renda que especificamos acima. Então, todos os meses eles fazem uma pesquisa de preço para descobrir quanto está custando a compra desses produtos. A diferença encontrada no valor da compra, se comparado aos meses anteriores, é o que chamamos de “inflação”.
Para se ter ideia de quão alta está a inflação 2022, o IPCA que, como explicamos, mede a taxa de inflação no Brasil, acumula, nos últimos 12 meses (até abril), alta de 12,03%, de acordo com os dados mais recentes do IBGE. Sendo que a meta do Banco Central para este ano não passava de 3,50%. É por este motivo que a sensação do consumidor brasileiro é que o salário não está sendo suficiente para sobreviver ao longo do mês.
Aliás, este é um sério problema. Geralmente, quando a inflação aumenta, cresce o número de inadimplências. Afinal, se fazer as compras básicas está difícil por conta do aumento dos preços, imagina manter as contas em dia? De fato, este fenômeno já está ocorrendo este ano.
Segundo dados da Serasa, o Brasil registrou 65,2 milhões de consumidores inadimplentes em fevereiro de 2022, uma marca que não era atingida desde maio de 2020, no início da pandemia da covid-19. Ao todo, essas pessoas têm R$ 263,4 bilhões em dívidas atrasadas.
Veja o Mapa da Inadimplência no Brasil
Mas é importante deixar claro que a inflação não está em trajetória de alta somente no Brasil. A justificativa para o aumento global no preço dos produtos é que ela surgiu como efeito colateral das medidas econômicas emergenciais colocadas em prática durante a pandemia.
E agora, com as pressões externas vindas do dólar e da valorização dos produtos primários — as commodities — depois que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou, a tendência é continuar aumentando mundo afora.
Projeção inflação 2022: o que tem a ver com o aumento da taxa básica de juros?
Inflação e Selic tem tudo a ver. Isso porque a taxa básica de juros do Brasil é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Por isso, quando a Selic fica mais alta, as outras taxas de juros também aumentam, desestimulando o consumo e desacelerando a economia.
Quando isso acontece, os juros de empréstimo, financiamento e cartão de crédito ficam mais altos.
Por outro lado, quando a Selic é reduzida, as taxas de juros também ficam menores. Essa decisão tem como objetivo estimular o consumo e aquecer a economia. Assim, tomar dinheiro emprestado fica mais barato, já que os juros cobrados nessas operações ficam menores, sendo o consumo estimulado neste cenário.
Hoje, como a inflação está muito alta, a Selic também está elevada. Em março, na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), chegou aos 11,75% ao ano, a maior alta dos últimos cinco anos. Inclusive, o mercado financeiro projeto mais reajuste, na casa dos 12,75%.
A ideia do governo é que a produção e o consumo realmente diminuam para que, aos poucos, os preços também comecem a cair, ou seja, que a inflação diminua.
Leia também | Empréstimo com juros baixos: aprenda a conseguir o seu!
Como a inflação alta impacta as operações de crédito?
Quando a Taxa Selic aumenta, um dos primeiros impactos que os brasileiros sentem é na hora pedir crédito – tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. Na prática, com a Selic alta, quem precisa de um empréstimo, parcelamento ou financiamento acaba pagando mais caro para pegar dinheiro emprestado.
Assim, em momentos como esse, torna-se ainda mais importante comparar diferentes ofertas antes de contratar qualquer modalidade de crédito.
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