Empréstimo pessoal para autônomo no carnê: detalhes, vantagens...
Empréstimo pessoal para autônomo no carnê: detalhes, vantagens e pontos de atençãoData de publicação 21 de novembro de 20245 minutos de leitura
Publicado em: 11 de janeiro de 2024
Categoria CréditoTempo de leitura: 3 minutosTexto de: Time Serasa
Conhecer os tipos de juros é muito importante para todos que utilizam crédito. Afinal, saber quais são, como funcionam, como são calculados e como impactam as finanças pode melhorar a forma como os consumidores se relacionam com o dinheiro.
Por isso, neste artigo confira os principais tipos de juros, como cada um funciona na prática, como calcular, entre outras informações sobre o tema.
“Juro é o valor do dinheiro no tempo”. Essa é a definição mais conhecida.
Para ficar mais claro, no contexto de um empréstimo, o juro funciona como uma “cobrança de aluguel” do dinheiro. Uma quantia é emprestada a alguém por um período, e os juros são a remuneração devida por esse empréstimo.
Isso acontece porque o valor do dinheiro muda com o tempo. Pense por exemplo quanto é possível comprar atualmente no supermercado com R$100 e quanto se comprava com esse mesmo valor três anos atrás.
Então, quando um banco, por exemplo, empresta um dinheiro a um consumidor, é necessário aplicar uma taxa de juros por alguns motivos, como:
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Existem diferentes tipos de juros. Na matemática clássica, os juros são sempre ou simples ou compostos, mas na matemática financeira e nas operações de crédito existem outras denominações de juros, mais específicas. Conheça agora:
Juros simples representam um acréscimo calculado sobre o valor inicial de uma aplicação financeira ou uma compra feita a crédito.
O valor inicial de uma dívida, empréstimo ou investimento é chamado de capital. A esse valor é aplicada uma correção, chamada de taxa de juros, expressa em porcentagem.
Os juros são calculados considerando o tempo em que o capital ficou aplicado ou emprestado.
Os juros simples são comuns para o atraso de contas de consumo, como água ou energia. A cada dia de atraso, a soma dá-se com um valor fixo calculado em cima da conta.
A fórmula dos juros simples é:
J = C . i . t
(J são os juros; C, o capital; i, a taxa; t, o tempo)
É possível também calcular o montante, que é o valor total recebido ou devido ao final do período. Esse valor é a soma dos juros com valor inicial (capital). Sua fórmula é:
M = C + J
Para aplicar os juros simples, imagine que uma pessoa tenha contratado um empréstimo de R$500,00 a uma taxa de juros simples de 5% ao mês. Se o empréstimo for pago em 3 meses, qual será o valor total a ser pago?
J = C . i . t
J = 500 . 0,05 . 3 = 75
O valor total a ser pago será:
M = C+ J
M = 500 + 75 = R$575
Portanto, o valor total a ser pago é de R$575,00.
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No sistema de juros compostos, a taxa é calculada com base no capital inicial somente no primeiro mês. Nos demais, é sempre calculada com base no capital do mês anterior.
Isso faz com que os juros compostos cresçam muito mais em relação aos juros simples.
Assim, um capital aplicado durante o mesmo período no regime de juros compostos terá maior rendimento do que se aplicado no regime de juros simples.
Utilizando os mesmos valores do exemplo dos juros simples, no primeiro mês os 5% serão calculados em cima dos R$500, gerando R$25 de juros e um montante de R$525,00.
No mês seguinte, os 5% serão calculados em cima do valor atual do montante, ou seja, 5% de R$525,00, gerando juros de R$26,25 e um montante de R$551,25, e assim sucessivamente.
Assim, para investimentos, o juro composto é mais vantajoso (e para operações de crédito muito mais perigoso).
Esse tipo de juros é bastante comum na poupança (quem investe ganha) e no cartão de crédito (quem não paga a fatura deve cada vez mais).
Para juros compostos a fórmula é a seguinte (fórmula montante):
M = C (1+i) t
(M é o montante acumulado, o total da aplicação; C, o capital investido; i, a taxa de juros; t, o período)
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São aqueles especificados em contratos, sejam de empréstimos, financiamentos ou aplicações financeiras. Eles são uma categoria de juros que expressam o rendimento bruto de uma aplicação.
Em outras palavras, os juros nominais são o valor total da taxa de juros, sem levar em consideração fatores que possam afetar o valor real da taxa, como a inflação.
Em caso de empréstimos, pode também ser “perigoso”, já que uma remuneração monetária sujeita aos efeitos da inflação pode fazer subir ainda mais as parcelas.
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A taxa de juros real serve para determinar a rentabilidade real de uma aplicação financeira. Uma de suas principais características é o fato de ela considerar a inflação e sua capacidade de corrosão do poder de compra.
Para calcular os juros reais de uma aplicação é preciso considerar o seguinte cálculo:
(1 + in) = (1 + r) × (1 + j)
Na fórmula, in é a taxa de juros nominal, r é a taxa de juros real e j é a inflação do período.
Mas qual a diferença para os juros nominais? A taxa real considera a inflação e só é obtida após os descontos da inflação do período, o que permite ao investidor ter uma noção real de seu ganho.
São aqueles aplicados quando há o descumprimento no prazo de determinado pagamento. Ele é bastante comum quando ocorre atraso no pagamento de um título de crédito, por exemplo.
Não é o mesmo que multa porque as multas têm valor fixo a partir do vencimento do título. Dessa forma, o tempo que durar o atraso não é considerado, e sim o percentual estabelecido previamente.
Para ficar mais claro como é feito o cálculo, imagine que um consumidor tenha uma prestação de R$1.000 com taxa máxima de juros de mora de 1% ao mês. O vencimento dessa prestação era dia 5 do mês, mas só foi possível pagar a conta no dia 25.
Então, o cálculo de juros de mora ficará assim:
1000,00 x (1% ÷ 30) x 20 dias de atraso = 1000 x 0,67% = R$6,70
Assim, o valor final a pagar, com os juros de mora aplicados, será de 1000,00 + 6,70 = R$1006,70.
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São aqueles cobrados quando um titular de cartão de crédito não faz o pagamento total da fatura do cartão até a data de vencimento.
O exemplo mais conhecido é quando um consumidor paga o valor mínimo da fatura ou qualquer quantia menor que o valor integral. Por isso, são também conhecidos como juros de atraso de cartão de crédito.
A taxa de juros do cartão de crédito é perigosa porque, além de os juros serem elevados, nesse tipo de crédito são aplicados juros compostos (“juros sobre juros”), em que o valor vai crescendo em cima de uma quantia já existente.
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Os juros sobre capital próprio se referem àqueles que podem ser obtidos por empresas que estão sob o regime de lucro real. Para quem investe é uma forma de receber uma remuneração extra, dependendo da performance do investimento feito.
Na apuração da lucratividade do negócio são apurados capital social, lucro, reserva de capital, prejuízo acumulado, entre outros.
Os juros sobre capital próprio se parecem muito com os dividendos, a diferença está no fato de que no primeiro há um desconto do Imposto de Renda, e no segundo o lucro já vem sem impostos, visto que eles já foram pagos.
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O Banco Central disponibiliza em seu site uma ferramenta prática para calcular os juros compostos. É a Calculadora do Cidadão, que simula vários tipos de operações financeiras a partir das informações fornecidas pelas pessoas.
A calculadora do BC facilita a realização de cálculos financeiros simples, contribuindo para que o consumidor tome melhores decisões sobre seu dinheiro e entenda melhor os juros que paga ao contratar crédito.
A ferramenta está disponível no site do Banco Central, mas também é possível fazer o download gratuitamente no Google Play ou na App Store.
Leia também | Calculadora do Cidadão: para que serve e como usar?
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