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7 tipos de juros para você conhecer

Conheça os principais tipos de juros e descubra como eles impactam sua vida financeira. Entenda também como calcular os juros aplicados nos seus contratos.

Atualizado em: 5 de junho de 2023

Categoria CréditoTempo de leitura: 9 minutos

Texto de: Time Serasa

Conheça os principais tipos de juros e descubra como eles impactam sua vida financeira. Entenda também como calcular os juros aplicados nos seus contratos.

Os juros fazem parte da nossa vida financeira sempre que lidamos com crédito. Se você quer conhecer alguns dos principais tipos de juros, é só continuar a leitura! E mais: você ainda vai descobrir como calcular os juros de seus empréstimos ou investimentos. Vamos lá?

O que são e quais os principais tipos de juros?

Juro é a quantia paga pelos tomadores de empréstimo aos emprestadores pelo tempo em que o dinheiro ficou emprestado. É uma espécie de cobrança de "aluguel" do dinheiro. Isso porque com o tema o valor do dinheiro muda. Um real hoje não tem o mesmo de um real amanhã, pelo menos não no poder de compra.

Existem diferentes tipos de juros. Abaixo, a gente lista os 7 principais. Confira!

7 principais tipos de juros

Se os juros estão tão presentes na nossa vida, é importante conhecer os diferentes tipos de juros que impactam nosso bolso, quando são aplicados e para que servem. 

Do ponto de vista da matemática, os juros sempre são ou simples ou compostos, mas no mercado financeiro e nas operações de crédito existem outras denominações de juros, mais específicas. Por isso vamos considerá-las como tipos de juros também e explicá-las.

  1. Juros simples 

    Os juros simples são calculados com base em um valor fixado chamado de capital inicial. Trata-se de uma porcentagem do capital inicial aplicada durante determinado tempo. A principal característica dos juros simples é que o valor não se altera no decorrer dos meses.

    Por exemplo, se você aplica R$100 com juros simples de 10% ao mês, isso significa que todo mês aquele capital renderá 10% de R$100, ou seja, R$10, independentemente do tempo em que ele permanecer. Os juros simples são comuns para o atraso de contas de consumo, como água ou energia. A cada dia de atraso, a soma dá-se com um valor fixo calculado em cima da conta.

    A fórmula dos juros simples é:

    J = C . i . t 

    J são os juros; C, capital; i, taxa; t, tempo


  2. Juros compostos

    No sistema de juros compostos, a taxa é calculada com base no capital inicial somente no primeiro mês. Nos demais, é sempre calculada com base no capital do mês anterior.

    Isso faz com que os juros compostos rendam muito mais em relação aos juros simples. Assim, um capital aplicado durante o mesmo intervalo de tempo no regime de juros composto terá maior rendimento do que se aplicado no regime de juros simples.

    Utilizando os mesmos valores do exemplo dos juros simples, no primeiro mês os 10% serão calculados em cima dos R$100, gerando R$10 de juros e um montante de R$110. No próximo mês, os 10% serão calculados em cima do valor atual do montante, ou seja, 10% de R$110, gerando juros de R$11, e assim sucessivamente.

    Assim, para investimentos, o juro composto é mais vantajoso (e para operações de crédito muito mais perigoso). Esse tipo de juros é bastante comum na poupança (quem investe ganha) e no cartão de crédito (quem não paga a fatura deve cada vez mais).

    Para juros compostos a fórmula é a seguinte (fórmula montante):

    M = C (1+i) t

    M é o montante acumulado, o total da aplicação; C, o capital investido; i é a taxa de juros; t é o período de tempo.

    Leia também | O que são juros compostos: aliados ou vilões do orçamento?

     

  3. Juros nominais

    São aqueles especificados em contratos, sejam de empréstimos, financiamentos ou aplicações financeiras. Eles são uma categoria de juros que expressam o rendimento bruto de uma aplicação.

    O seu principal diferencial está na inclusão, mesmo que ilusória, de uma parcela de rendimento que supera as perdas inflacionárias, tomando como base o aumento patrimonial. Em caso de empréstimos, pode também ser “perigosa”, já que uma remuneração monetária sujeita aos efeitos da inflação pode fazer subir ainda mais as parcelas.


  4. Juros reais

    A taxa de juros real serve como indicador para determinar a rentabilidade real de uma aplicação financeira. Uma de suas principais características é o fato de ela considerar a inflação e a sua capacidade de corrosão do poder de compra.

    Para calcular os juros reais de uma aplicação é preciso considerar o seguinte cálculo: (1 + in) = (1 + r) × (1 + j), em que in é a taxa de juros nominal, r é a taxa de juros real e j é a inflação do período.

    Mas qual a diferença para os juros nominais? A taxa real considera a inflação e só é obtida após os descontos da inflação do período, o que permite ao investidor ter uma noção real do seu ganho.


  5. Juros de mora

    São aqueles aplicados quando há o descumprimento no prazo de determinado pagamento. Ele é bastante comum quando ocorre atraso no pagamento de um título de crédito, por exemplo.

    Não é o mesmo que multa porque as multas contam com um valor fixo a partir do vencimento do título. Dessa forma, o tempo que durar o atraso não é considerado, e sim o percentual estabelecido previamente.

    Para ficar mais claro como é feito o cálculo, vamos dar um exemplo. Imagine que você deva uma prestação de R$ 1.000 com taxa máxima de juros de mora, de 1% ao mês. O vencimento dessa prestação foi no dia 5 do mês, mas você só conseguirá pagar a conta no dia 25.

    Então, o cálculo de juros de mora ficará assim:

    1000,00 x (1% ÷ 30) x 20 dias de atraso = 1000 x 0,67% = R$ 6,70

    Então, o valor final a pagar, com os juros de mora aplicados, será de 1000,00 + 6,70 = R$ 1006,70.

    Leia também | O que é mora do cartão de crédito


  6. Juros rotativos (ou juros do cartão)

    São aqueles cobrados quando um usuário de cartão de crédito não faz o pagamento total da fatura do cartão até a data de vencimento. O exemplo mais conhecido é quando pagamos o valor mínimo da fatura, maso rotativo acontece quando você paga qualquer quantia menor que o valor integral. Por isso, são também conhecidos como juros de atraso de cartão de crédito.

    Só é possível fazer uso do rotativo do cartão de crédito uma vez ao mês. Se você não conseguir pagar o valor total da fatura seguinte, a instituição financeira em questão deve oferecer parcelamentos e condições mais vantajosas para a quitação da dívida.

    taxa de juros do cartão de crédito é perigosa porque, além de os juros serem elevados, nesse tipo de crédito são aplicados juros compostos (“juros sobre juros”), em que o valor vai crescendo em cima de uma quantia já existente.

    É por isso que dizem que usar o rotativo é o início de uma grande “bola de neve”. No mês seguinte, a dívida será ainda mais alta. No outro mês, ainda mais. Colocar um fim nesse débito, ainda mais com as taxas de cartão de crédito, se torna mais difícil a cada dia que passa. 

    Leia também | Como fugir dos juros rotativos? 6 dicas práticas


  7. Juros sobre capital próprio

    Os juros sobre capital próprio se referem àqueles que podem ser obtidos por empresas que estão sob o regime de lucro real. Para quem investe é uma forma de receber uma remuneração extra, dependendo da performance do investimento feito.

    Na apuração da lucratividade do negócio são apurados capital social, lucro, reserva de capital, prejuízo acumulado, entre outros. Os juros sobre capital próprio se parecem muito com os dividendos, a diferença está no fato de que no primeiro há um desconto do imposto de renda, enquanto no segundo o lucro já vem sem impostos, visto que eles já foram pagos.

Calculadora de juros compostos ou simulador de juros compostos: onde encontrar?

Como os juros compostos são os mais difíceis de calcular (e os mais perigosos), é importante sempre fazer a conta de quanto você pagará pelos empréstimos ou se utilizar o rotativo do cartão (algo totalmente não indicado).

Uma boa forma de fazer esse cálculo é utilizando a Calculadora do Cidadão, aplicativo desenvolvido pelo Banco Central que simula vários tipos de operações financeiras a partir de informações fornecidas pelo usuário.

É uma ferramenta interativa que busca facilitar a realização de cálculos financeiros simples. Com ela, o cidadão pode tomar decisões que envolvem dinheiro com mais facilidade.

A ferramenta está disponível no site do Banco Central, mas você também pode fazer o download gratuitamente no Google Play (para quem tiver celular Android) ou na App Store (para aparelhos com sistema iOS).

Vale lembrar que a Calculadora do Cidadão do Banco Central não tem versão disponível para instalação em computadores, mas pode ser acessada na versão web (online).

Entenda melhor para que serve e como usar a calculadora do cidadão e quais os tipos de cálculo que ela faz.

Agora que você já conheceu os principais tipos de juros, aproveite para aprender o que é taxa de juros rotativos. Continue acompanhando os conteúdos exclusivos do blog da Serasa. Até a próxima!

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