Como financiar veículo? Vale a pena?
Saiba como financiar veículo e quais os requisitos para ter o crédito liberado. Descubra também se vale a pena usar esse recurso para adquirir o carro próprio.
Autor: Elaine Ortiz
Publicado em 02 de fevereiro de 2023
Financiar veículo é um comportamento muito comum do consumidor brasileiro. Afinal, o carro é um bem durável com alto valor agregado, e apenas uma minoria de consumidores consegue
Para se ter ideia, nos últimos 3 anos, 6 em cada 10 brasileiros adquiriram um veículo, de acordo com pesquisa inédita feita pela Serasa em parceria com a Opinion Box sobre a relação do brasileiro com o automóvel. E o mais impressionante: 63% dos lares do país têm os custos com o veículo entre os 3 maiores gastos anuais.
Ainda assim, a busca por esse tipo de compra financiada continua em alta. Confira neste artigo como funciona o financiamento de veículos e o que é necessário para ter o financiamento aprovado.
Assista | Como diminuir o valor da parcela do financiamento - Serasa Ensina
Financiar veículo: o que é e como funciona?
O financiamento de carro é uma modalidade de crédito para um fim específico: a aquisição de um veículo.
Ele é procurado por pessoas ou empresas que desejam adquirir um automóvel novo, seminovo ou usado, mas não têm dinheiro suficiente para comprá-lo à vista.
Tanto instituições financeiras públicas como privadas concedem essa modalidade de crédito. Como em todo tipo de empréstimo, são cobrados juros (que costumam ser menores que os aplicados em empréstimo pessoal, por exemplo).
O prazo para pagamento também pode ser longo (até 72 meses), dependendo da financeira responsável pelo crédito.
Requisitos para financiar veículo
Antes de fazer o financiamento de um automóvel, é preciso saber que, como em qualquer linha de crédito, não existem garantias de que os valores serão liberados para aquele consumidor.
Vários fatores impactam essa análise da instituição financeira, como:
Situação do CPF: consegue aprovação mais fácil e com juros mais baixos quem não está inadimplente no mercado. As instituições financeiras pesquisam e sabem quando o CPF de um possível cliente se encontra nas listas de negativação dos órgãos de proteção ao crédito.
Idade mínima: Na avaliação de risco feita pela instituição financeira na hora de decidir se concede ou não o crédito, a faixa etária também é considerada. A idade mínima para financiar veículo costuma ser de 20 anos. Isso porque, antes dessa idade, dificilmente os consumidores têm um histórico de crédito robusto. Sem informações da experiência financeira do consumidor, fica mais difícil aprovar crédito.
A idade máxima para financiar veículo é de 70 anos. Isso porque, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de vida dos brasileiros é de 77 anos.
Comprovação de renda: sem dúvida, para um carro ser financiado, a instituição financeira avalia muito bem o documento que comprova a capacidade de pagamento das parcelas.
O ideal é que uma pessoa só comprometa até 30% da sua renda mensal com créditos em geral. Isso significa que se o consumidor já tiver um financiamento imobiliário, por exemplo, liberar um financiamento de automóvel nesse momento pode ser bem arriscado.
Serasa Score: essa pontuação de crédito revela ao mercado o comportamento do consumidor. Quem paga todas as contas em dia, por exemplo, costuma ter uma pontuação mais alta. O contrário também é válido: quem está inadimplente costuma ter uma pontuação menor. Para financiar um carro, é muito importante ter um bom score. Afinal, dificilmente ele não será consultado pelas financeiras.
Quais os tipos de financiamento de automóvel existentes?
O financiamento de carros novos ou usados pode ser feito de três formas:
Crédito Direto ao Consumidor (CDC) Com o Crédito Direto ao Consumidor, o consumidor realiza um empréstimo em um banco ou instituição financeira para comprar o carro. A empresa que cedeu o dinheiro fica como proprietária do veículo financiado até que a dívida seja quitada. Isso é chamado de alienação fiduciária e significa que o comprador tem direito à posse do carro, mas na prática o veículo só será dele quando todas as prestações forem pagas. É a forma de financiamento mais utilizada no dia a dia entre os brasileiros.
Leasing O leasing funciona quase como um aluguel de automóvel. Quem compra o carro é a empresa de leasing, que “aluga” o veículo ao consumidor. O cliente paga as parcelas do carro, que fica no nome da empresa até o término das prestações. Após quitar tudo, o consumidor passa a ser o dono do carro As taxas de juros do leasing são fixadas no início do contrato e não sofrem alterações ao longo do período de pagamento.
Consórcio O consórcio de veículos é um método de compra no qual pessoas se unem em um grupo para adquirir um bem. O grupo é formado e gerido por uma empresa administradora de consórcios autorizada pelo Banco Central. Todos os meses os consorciados pagam as parcelas referentes ao valor do bem que querem adquirir e um ou mais participantes do grupo são sorteados para adquirir a carta de crédito da compra à vista. O círculo vai rodando até que todos os consorciados sejam contemplados.
Também é possível oferecer lances para tentar antecipar a contemplação.
Quais documentos são necessários para financiar carro?
Para solicitar um financiamento de carros é necessário separar os seguintes documentos: RG, CPF, comprovante de estado civil, comprovante de rendimentos (holerite ou extratos bancários).
Qual a taxa de juros financiamento veículos 2023?
Segundo o Banco Central, a taxa de juros mensal para a aquisição de veículo por pessoa física no Brasil, em janeiro de 2023, oscilou de 0,84% ao mês a 3,96% ao mês.
É possível consultar a tabela completa com todas as taxas diretamente no site do BC.
Calculadora de financiamento de veículos: como fazer uma simulação?
Na internet é possível encontrar diversos simuladores de financiamento de veículos. Uma opção é utilizar a Calculadora do Cidadão, do Banco Central, para descobrir quanto vai custar o financiamento do carro.
Para isso é só seguir o passo a passo:
- 1 - Acesse a Calculadora do Cidadão.
- 2 - Preencha o número de meses do financiamento, a taxa de juros mensal e o valor total financiado.
- 3 - Deixe em branco o campo “valor da prestação”.
- 4 - Clique em “calcular”.
Assim, se simularmos o financiamento de um automóvel de R$ 50.000, com juros mensais de 2,03%, para pagar em 36 meses teremos o seguinte resultado: “O total desse financiamento de 36 parcelas mensais de R$ 1.971,11 é de R$ 70.959,96, sendo R$ 20.959,96 de juros”.
Nessa simulação não consideramos o valor de entrada, usualmente solicitado na hora de financiar carros.
Vale a pena comprar carro financiado?
Do ponto de vista financeiro, ter um carro não costuma ser a decisão mais econômica. Afinal, os custos de manutenção com o bem são altos (gasolina, óleo, revisão, seguro, IPVA, multas e imprevistos).
De qualquer forma, com o aumento dos preços dos veículos, comprar um automóvel à vista tem se tornado cada vez mais difícil. Portanto, utilizar um financiamento para fazer essa compra pode sim ser uma boa opção, desde que sejam tomados os devidos cuidados. São eles:
• Verifique bem os juros aplicados.
• Analise o custo efetivo total (CET) da operação.
• Junte uma entrada robusta para diminuir o valor final da aquisição do bem.
• Verifique a procedência do carro (se for usado ou seminovo) para não ter problemas com manutenção.
• Não comprometa mais que 30% da renda mensal com o financiamento.
Carro financiado pode ser vendido?
Sim, normalmente. A forma mais comum de se fazer essa operação é pela transferência do carro e dos valores financiados.
Nesse caso, tanto quem vende quanto quem compra precisam ir ao banco do financiamento. Este fará uma nova análise de crédito, dessa vez do futuro novo proprietário.
Aprovado o crédito, haverá a transferência como se fosse um novo financiamento.
Carro financiado pode ser usado como garantia em empréstimo?
Sim, mesmo quando o carro está financiado é possível utilizá-lo como garantia em um empréstimo com garantia de veículo. Tudo depende das regras da instituição financeira que concederá o crédito.
Na Creditas, por exemplo, que é parceira do Serasa Crédito, é necessário que 50% do valor do financiamento já tenha sido quitado. O valor restante deve ser adicionado ao empréstimo, transformando-se em uma única dívida.
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