Parcelamento automático cartão de crédito: o que é e como funciona
Saiba tudo sobre parcelamento automático do cartão de crédito. Descubra também se é uma operação legal, se é vantajosa e conheça alternativas para pagar a fatura.
Autor: Elaine Ortiz
Publicado em 27 de janeiro de 2023
O parcelamento automático do cartão de crédito existe desde janeiro de 2017, quando o Banco Central publicou a resolução 4549. O documento estabelece regras para o financiamento do saldo devedor da fatura de cartão e demais instrumentos de pagamento pós-pagos.
O objetivo é tentar evitar o superendividamento que ocorre por conta do uso do rotativo do cartão de crédito.
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O que é parcelamento automático de cartão de crédito
O parcelamento automático do cartão de crédito é um recurso que surgiu para diminuir o impacto dos juros do crédito rotativo na vida financeira das pessoas.
Rotativo do cartão é um tipo de empréstimo dado aos clientes que fazem o pagamento da fatura até a data de vencimento em valor inferior ao total da fatura.
Assim, quando a fatura chegar, se o valor total não for pago até a data limite, a diferença entre o valor pago e o valor total entra no rotativo.
Parece uma operação inofensiva, mas por muitos anos essa modalidade de crédito causou sérios problemas para muita gente. Isso porque sair do rotativo era quase impossível por conta dos juros elevados aplicados por meses consecutivos.
Para se ter ideia, em outubro de 2022 a taxa de juros do cartão de crédito rotativo foi de 399,5% ao ano, segundo dados do Boletim de Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgados pelo Banco Central. Esse é o maior valor desde agosto de 2017, quando a taxa foi de 428% ao ano.
Foi por esse motivo que o Banco Central criou o parcelamento automático do cartão de crédito. A seguir a gente explica seu funcionamento.
Como funciona o parcelamento automático do cartão de crédito
Quando o parcelamento automático cartão de crédito surgiu, alterou as regras do rotativo. Assim, desde 2017 o rotativo só pode ser utilizado por 30 dias. Depois disso, as instituições financeiras são obrigadas a oferecer condições mais vantajosas de parcelamento com juros menores para os clientes, para que o valor da fatura seja quitado integralmente.
Funciona assim:
Imagine que um consumidor tenha uma fatura com vencimento no dia 25/01/2023 no valor de R$ 1.000, porém ele só conseguiu pagar R$ 200, ou seja, 20% do valor total da fatura.
Restou um saldo de R$ 800 em aberto para o mês seguinte (essa pessoa acaba de entrar no rotativo). A esse saldo serão acrescidos IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) adicional, IOF diário, multa por atraso, juros de mora ao mês e outras parcelas, caso haja compra.
Quando a nova fatura chegar, com vencimento em 25/02/2023, o valor será bem mais alto. Contará com: a dívida do mês anterior, com taxas e juros adicionais, e ainda as novas compras efetuadas ou que já estavam parceladas.
Se esse consumidor não pagar novamente o valor integral da fatura, a próxima, com vencimento em 25/03/2023, virá com o parcelamento automático, oferecendo melhores condições de pagamento ao cliente. Por melhores condições entende-se juros mais baixos que o do rotativo.
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Mas o parcelamento automático é legal?
Sim, oferecer o parcelamento automático é totalmente legal. Ilegal é não apresentar ao consumidor que está se endividando alternativas de crédito ou formas de pagamento com taxas de juros menores.
O problema é que algumas instituições financeiras, mesmo ao oferecer o parcelamento automático, tem apresentado aos consumidores valores abusivos ou prestações excessivas, o que acaba prejudicando o cliente quase tanto quanto o rotativo.
Por isso, é fundamental entender bem as condições para não cair em cilada. Lembre-se que o consumidor não é obrigado a aceitar o parcelamento automático sugerido. Ele pode propor outra forma de pagamento da fatura ou contratar uma linha de crédito em outra instituição, com juros menores, para quitar o débito.
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Afinal, o parcelamento automático vale a pena?
A ideia do parcelamento automático é evitar que os consumidores fiquem superendividados com os altos juros do rotativo do cartão de crédito. Nesse sentido, é uma alternativa que geralmente vale a pena, desse que se verifique muito bem quais os valores e a quantidade de parcelas oferecidas.
Existem outras opções que podem ser ainda melhores para quem está com dificuldade de pagar a fatura do cartão de crédito.
Simular portabilidade de consignado com troco, por exemplo, pode ser uma boa opção para quem já tem um empréstimo desse tipo e gostaria de refinanciar a dívida. Nessa modalidade ainda é possível conseguir uma quantia adicional além daquele necessária para quitar a fatura.
Pesquisar outras linhas de crédito, simular e contratar alguma com juros menores que os aplicados no parcelamento automático é outra boa opção. O mercado de crédito oferece várias possibilidades. Além do consignado, que mencionamos, o empréstimo com garantia de veículo ou imóvel é outra opção que vale conhecer melhor.
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Como contratar um empréstimo para pagar cartão e evitar o parcelamento automático
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