Taxa básica de juros: o que é e qual impacto nos empréstimos?
Você com certeza já deve ter ouvido falar sobre a taxa básica de juros, mais conhecida como Selic. Entenda o que é, para que serve e como afeta as operações de crédito no País.
Publicado em: 19 de abril de 2022.
“A taxa básica de juros subiu”, “a taxa básica de juros caiu”. A cada 45 dias, a informação sobre aumento ou queda da Selic (que é a taxa de juros no Brasil) é a notícia mais divulgada em sites, jornais, rádios e programas de televisão de todo o País.
Mas por que será que saber sobre isso é tão importante? Como impacta na minha vida? E o que de fato é e para que serve a taxa básica de juros? Se você já fez qualquer uma dessas perguntas, continue a leitura! Neste texto vamos explicar tudo isso e ainda como a Selic impacta as operações de crédito. Confira!
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Afinal, o que é e para que serve a taxa básica de juros?
A Selic é a taxa básica de juros da economia. Sua sigla significa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Trata-se do principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. E, por isso, ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e até das aplicações financeiras, os investimentos
Quem define o valor da Selic é o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), um conselho do BC que se reúne a cada 45 dias para decidir se irá aumentar, reduzir ou manter o nível da Taxa Selic.
Para tomar a decisão, o Copom considera a situação econômica e os indicadores financeiros do país naquele momento, já que qualquer mudança na taxa influencia diretamente a economia brasileira.
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Como funciona a taxa básica de juros Brasil?
Como explicamos anteriormente, a taxa básica de juros tem como principal objetivo controlar a inflação no País. Por isso, quando a Selic fica mais alta, as outras taxas de juros também aumentam, e o resultado é uma desaceleração na economia.
Essa estratégia normalmente é usada para impedir que a inflação cresça demais e que os consumidores percam poder de compra. Mas quando isso acontece, os juros cobrados em financiamento, empréstimo e cartão de crédito ficam mais altos, desestimulando o consumo.
Por outro lado, quando a Selic é reduzida, as taxas de juros também ficam menores. Essa decisão tem como objetivo estimular o consumo e aquecer a economia. Assim, tomar dinheiro emprestado fica mais barato, já que os juros cobrados nessas operações ficam menores.
Essa estratégia é utilizada em momentos de crise econômica. Em 2020, por exemplo, com a pandemia do coronavírus, quando aumentou o desemprego e caiu o consumo, a decisão do Banco Central foi continuar derrubando a taxa (o ciclo de queda tinha iniciado em agosto de 2019, quando a Selic caiu meio ponto percentual depois de ficar estável em 6,50% por 16 meses).
Mas durante a crise sanitária, as diminuições na taxa básica de juros foram muito mais bruscas, até atingir seu menor nível histórico – 2,0% ao ano – em agosto de 2020, onde permaneceu até março de 2021, quando teve início o ciclo de alta que estamos atualmente.
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Qual a taxa de juros no Brasil hoje e por que ela está subindo?
Hoje, em abril de 2022, ainda estamos no ciclo de alta da Selic. A taxa está em 11,75% ao ano, o maior patamar dos últimos cinco anos. O motivo para o aumento intensivo da taxa é justamente controlar a inflação, que basicamente voltou a subir como efeito colateral das medidas econômicas emergenciais colocadas em prática durante a pandemia.
E não é só o Brasil que está sofrendo com o retorno da inflação alta, o fenômeno é global e tem piorado ao longo do ano por conta das pressões externas vindas do dólar e da valorização dos produtos primários depois que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou.
Para se ter ideia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a taxa de inflação no Brasil, acumula, nos últimos 12 meses, altas de 10,54%, segundo os dados mais recentes disponibilizados pelo IBGE.
É por este motivo que ir ao supermercado, por exemplo, está tão caro. Quando a inflação aumenta, os preços de bens e serviços ficam mais altos e o poder de compra dos consumidores diminui naquele período. Então, é preciso ter mais dinheiro para comprar os mesmos produtos de antes. Assim, com os juros altos, a tendência é que a produção e o consumo diminuam e, aos poucos, os preços também comecem a cair.
É importante destacar que, quando controlada, a inflação é parte normal das finanças de um país. O problema ocorre quando ela cresce ou cai de forma acelerada. Por isso, os ajustes na Taxa Selic são uma maneira de tentar manter a inflação dentro da previsão do ano, o chamado “teto da meta”.
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Como a taxa de juros no Brasil afeta as operações de crédito e os investimentos?
Quando a Taxa Selic aumenta, um dos primeiros impactos que os brasileiros sentem ocorre na hora solicitar crédito – tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
Na prática, com a Selic alta, quem precisa de um empréstimo, parcelamento ou financiamento acaba pagando mais caro para pegar dinheiro emprestado. Por isso, em momentos como esse, se torna ainda mais importante comparar diferentes ofertas antes de contratar qualquer modalidade de crédito.
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Em relação aos investimentos, o aumento da taxa básica de juros também impacta fortemente. Isso porque os investimentos de Renda Fixa atrelados a índices que seguem a Selic passam a valer mais, como o CDI, por exemplo. E quem investe em renda variável, na bolsa de valores, muitas vezes acaba migrando parte de seus investimentos para a renda fixa, tentando ampliar seus ganhos no longo prazo.
De modo geral, a situação fica mais difícil para quem precisa pegar dinheiro emprestado, mas melhora para quem tem dinheiro investido em Renda Fixa.
Agora que você entendeu como a taxa básica de juros influencia na sua vida, aproveite para descobrir como conseguir um empréstimo juros baixo. E continue acompanhando os conteúdos exclusivos do blog da Serasa.