Educação financeira para crianças

Conheça três lições para introduzir o tema da educação financeira no dia a dia da família.

Atualizado em: 9 de outubro de 2023

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

O acesso das crianças à informação e às tecnologias se tornou quase inevitável atualmente. Nesse cenário, proporcionar educação financeira para crianças é uma tarefa primordial. Ensinar aos pequenos o valor do dinheiro, a importância da poupança e o discernimento entre necessidade e desejo é um investimento valioso para prepará-los para um futuro financeiramente estável e próspero.

Além disso, também é uma das melhores maneiras de colocar em prática os ensinamentos das aulas de matemática.

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Como ensinar educação financeira para crianças?

Muitas pessoas sabem da importância de trazer o tema da educação financeira para os pequenos, mas há dúvidas de como fazer isso na prática. Falar do assunto de forma natural é o primeiro passo, mas não o único. A importância da educação financeira para crianças e adolescentes está também em introduzir logo cedo conceitos de gestão do dinheiro, começando com coisas simples.

Este artigo traz três lições que podem contribuir na hora de ensinar educação financeira para as crianças.

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Três lições para ensinar às crianças

Lição 1 – De onde vem o dinheiro?

Esse assunto não pode ser tabu em casa. É importante que a criança saiba que dinheiro não cai do céu. Muito pelo contrário: dá um trabalhão ganhar dinheiro. Para que a criança faça essa associação, é papel dos pais ou responsáveis falar sobre a relação entre trabalho e dinheiro. Comece abordando conceitos básicos da educação financeira e evolua conforme a idade. Confira alguns tópicos que podem ajudar nessa missão:

● Fale sobre as diferentes formas de pagamento. Explique a diferença entre dinheiro vivo, cartão, cheque, dinheiro em conta.
● Explique a origem do dinheiro da família. É essencial deixar claro que, para ganhar um salário no fim do mês, é preciso muito esforço e tempo dedicado ao trabalho.
● Envolva a criança no orçamento da família. Ela precisa saber o custo da comida, das roupas, das contas, da escola, e qual o esforço para pagar tudo isso.
● Busque atividades de educação financeira para crianças, como jogos que simulam situações reais. Bons exemplos que podem estimular a criança são Banco Imobiliário, Jogo da Mesada, Jogo da Vida. Assim ela aprende brincando.
● Há vários livros infantis que introduzem o assunto de forma lúdica, como “Finanças para crianças”, de Paula Andrade, “Dinheiro compra tudo?”, de Cássia D'Aquino, “O pé de meia mágico”, de Alvaro Modernell, e “Crise financeira na floresta”, de Ana Paula Hornos.

Lição 2 – Aprendendo na prática

Ensinar a teoria é importante, mas pode não ser suficiente para prender a atenção dos pequenos. Experimente envolver a criança em atividades reais de administração de dinheiro. Assim ela sente na pele o malabarismo mental necessário para encaixar cada conta no orçamento. Confira formas de passar o conhecimento de educação financeira para a prática:

● Dê uma quantia pequena de dinheiro para a criança administrar. Uma excelente forma de fazer isso é compensá-la por pequenas atividades diárias, como fazer a cama ou arrumar o quarto. Isso vai reforçar a ideia de troca entre trabalho e dinheiro.
● A mesada também é uma ferramenta importante. Especialistas orientam que as crianças podem receber algum dinheiro a partir dos seis anos, mas nessa fase é melhor que seja semanal, porque a noção de tempo ainda não está amadurecida. A partir dos 12 elas já podem receber uma vez por mês. Para que tenha o efeito de aprendizado, a mesada precisa ser entregue em uma data fixa, o que incentiva uma rotina de orçamento.
● Deixe o dinheiro de alguns passeios em família sob responsabilidade da criança. Isso vai forçá-la a definir prioridades. É importante que a criança saiba que aquela quantia total tem de ser suficiente para tudo. A criança vai aprender a incluir alimentação, transporte, ingressos e outros eventuais gastos na conta total. O passeio será bem diferente do que ela está acostumada. A criança vai compreender que não pode só prestar atenção no custo do que ela quer ganhar.
● Para pré-adolescentes, vale a pena colocar a responsabilidade de pequenas contas neles. Assim, é mais fácil aprender que tudo que a família consome tem preço. Prometa que, caso as contas diminuam, ela pode ficar com o troco. Isso pode ajudar a criar um senso de economia.
● Avalie a possibilidade de abrir uma conta para seu filho. Alguns bancos oferecem conta digital para menores de idade a partir de oito anos. As contas são sempre monitoradas pelos pais e têm funcionalidades reduzidas. O objetivo é ensinar aos jovens a gestão do próprio dinheiro e a importância da organização.

Lição 3 - Quem poupa está sempre mais seguro

Aproveite essa fase para criar a percepção de objetivos de curto, médio e longo prazo. Quando a criança pede algum presente, é essencial saber que com planejamento é possível alcançar o que se quer. Pergunte sobre os desejos de consumo e explique a importância de sempre ter dinheiro guardado para realizar sonhos. Aqui vão algumas práticas para ajudar a poupar desde cedo:

● O bom e velho porquinho é um excelente truque para incentivar as crianças menores a poupar. Assim elas começam a entender o conceito de guardar dinheiro para uma meta.
● Abra uma poupança para seu filho. Explique que aquilo é uma segurança caso algo aconteça com a fonte principal de renda da casa.
● Explique sobre reserva de emergência.
● Sente com seu filho e pergunte sobre os sonhos dele. Ajude a criar metas e objetivos que eles consigam alcançar em poucos meses. O tempo é diferente para as crianças. Logo, é essencial que ele alcance alguma meta rápido para ter um reforço positivo sobre a atividade de poupar.

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O melhor ensinamento costuma ser sempre o exemplo. Apesar da importância de aplicar uma educação financeira orientada para as crianças, a forma como a família lida com as finanças domésticas também tem muita influência no comportamento financeiro dos filhos no futuro.

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