O que é grau de endividamento

Quanto de seu salário é destinado para o pagamento de dívidas? Já calculou seu grau de endividamento? Lembra quanto paga de juros no cartão de crédito?

Se essas perguntas ficaram sem resposta, é importante conhecer o conceito de grau de endividamento para poder organizar as finanças.

Assista | Como calcular seu índice de endividamento

O que é grau de endividamento

No mundo empresarial, o termo grau de endividamento é bastante comum, pois por meio dele se avaliam os riscos de um empreendimento. Assim, gestores e investidores conseguem tomar decisões mais assertivas sobre um negócio.

Na vida pessoal, o conceito também pode ser aplicado e pode ajudar a cuidar das contas domésticas. Ao colocar esse cálculo em prática, é possível saber quanto da renda está comprometida mensalmente e como isso influencia a capacidade financeira da pessoa.

Leia também | O que é assunção de dívida

Como interpretar endividamento

O endividamento nesse contexto corresponde às faturas e despesas que precisam ser pagas todo mês, sem falta – mesmo que estejam todas em dia, elas entram na conta do endividamento. Assim como no mundo dos negócios, se algo está comprometendo uma parte grande do orçamento, é importante verificar se essas contas não estão arriscando demais a renda mensal.

Ter mais dívidas do que é possível sustentar não afeta apenas a vida financeira, mas traz reflexos na vida pessoal e emocional também. Na pesquisa Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2022, realizada pelo Instituto Opinion Box em parceria com a Serasa, 83% dos entrevistados afirmaram perder o sono por conta da preocupação com as dívidas.

Grau de endividamento: fórmula para calcular

Para conhecer o índice de endividamento basta fazer uma regra de três simples, daquelas que se aprendem na escola. O grau de endividamento é o somatório das dívidas divido pela receita (o quanto se ganha) multiplicado por 100.

Exemplo prático:

Imagine um rendimento mensal de R$3.000 e as seguintes dívidas:

● Cartão de crédito = R$600.
● Empréstimo = R$300.
● Prestação do carro = R$450.
● Total das dívidas = R$1.350.

Total de dívidas (R$1.350) / total de ganhos (R$3.000) x 100 = 45%

O grau de endividamento do exemplo é de 45%. Nesse caso, quase a metade do salário está comprometida com o pagamento de dívidas.

O que significa grau de endividamento?

Depois de calcular o grau de endividamento, é preciso entender o que esse índice significa. Quanto maior o índice, maior é o comprometimento mensal da receita.

Não é preciso zerar o grau de endividamento para ter uma vida financeira saudável – até porque é natural ter compromissos mensais a pagar. De acordo com especialistas, o ideal é que o índice não ultrapasse 30% da renda.

Confira o que os índices indicam sobre as finanças:

● Grau de endividamento até 30%: dívidas administráveis e dentro do aceitável.
● Grau de endividamento de 30% a 35%: ligue o alerta e tente alcançar o patamar abaixo de 30%.
● Grau de endividamento de 35% a 40%: reveja seu orçamento e mude hábitos para não ficar inadimplente.
● Grau de endividamento acima de 40%: endividamento grave, que pode comprometer toda a saúde financeira.

O que podemos fazer para melhorar o endividamento?

Com o índice de endividamento, é hora de partir para a ação. Seja qual for o patamar atual, colocar as finanças em dia é fundamental para ter uma vida mais tranquila e sem imprevistos financeiros.

O passo principal é entender como está o orçamento. Por isso, a dica inicial é listar todos os gastos, separando-os em gastos fixos ou variáveis. Definir objetivos financeiros pode ajudar a encontrar formas de lidar melhor com o dinheiro.

Além disso, reduzir o grau de endividamento depende de mudanças estruturais na organização doméstica e da adoção de novos comportamentos no dia a dia.

Confira algumas dicas:

● Mudança de hábito

Gastar mais do que se ganha é uma das principais causas do endividamento. De acordo com um levantamento do Instituto FSB Pesquisa, em 2022 mais de 30% dos brasileiros tinham gastos maiores que a própria renda. A consequência disso é endividamento alto e inadimplência.

Para mudar esse quadro, o senso de realidade não pode faltar. Analise os gastos, entenda quais comprometem o orçamento e repense hábitos de consumo.

● Reconheça que tem dívidas

Muitas pessoas têm dívidas e nem sabem disso. Faça um mapeamento de possíveis dívidas em aberto e defina o que pode ser pago primeiro. Priorize sempre as que têm maiores taxas de juros ou crescem mais rapidamente e busque formas de eliminá-las. Lembre-se que o ideal é comprometer no máximo 30% do orçamento com dívidas.

● Renegocie dívidas em atraso

Geralmente bancos e instituições financeiras estão abertos a renegociar pendências. Por isso confira as possibilidades de renegociar dívidas que estão em atraso. O Serasa Limpa Nome oferece até 90% de desconto para negociar dívidas com os parceiros da plataforma.

● Diminua despesas

Cortar despesas ajuda não só a se organizar para quitar dívidas, mas também é uma boa forma de começar a juntar dinheiro. Elimine gastos não essenciais no dia a dia.

Isso inclui, por exemplo, diminuir o pacote de dados do celular, o plano de TV a cabo ou as assinaturas em plataformas de streaming. Adote também o hábito de fazer pesquisa de preços e marcas antes ir às compras no supermercado.

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Siga o passo a passo:

● Acesse o Serasa Limpa Nome ou o aplicativo (iOS e Android) informe seu CPF e Senha.
● Confira sua dívida na tela e clique em Negociar.
● Escolha a melhor opção de pagamento (Pix ou boleto, por exemplo) e o número de parcelas
● Confirme as condições escolhidas e pronto!