Dia Mundial do Sono (17/3): o impacto das dívidas na qualidade do sono dos brasileiros

Dizer que as dívidas tiram o sono das pessoas não é mera força de expressão. De fato, distúrbios como insônia e má qualidade do sono afetam desproporcionalmente pessoas endividadas.  

Abordado costumeiramente sob a ótica da economia, o endividamento também apresenta impactos negativos no comportamento humano. A psicóloga Valéria Meirelles, graduada em Psicologia pela PUC e especializada em Psicologia Econômica e Psicologia do Dinheiro, é uma das maiores – e raras – autoridades brasileiras no assunto.  

Convidada pela Serasa para ajudar a produzir e avaliar a 5ª edição da Pesquisa Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2022, Valéria explica os mecanismos pelos quais as dívidas afetam o comportamento e o emocional das pessoas.

Neste cenário, a perda de sono é um dos aspectos mais difíceis de lidar: “O sistema biológico é o primeiro a sentir os efeitos da preocupação com as dívidas”, observa Valéria, que há quase 15 anos atende pessoas que tentam lidar com o problema. 

“A ansiedade vai invadindo a rotina de quem busca incansavelmente uma solução, o endividado passa a viver com pensamentos voltados ao futuro, não consegue mais relaxar e, consequentemente, não se concentra nas suas tarefas habituais e nem consegue mais dormir com normalidade”, explica. 

A perda do sono afeta a vida pessoal, a rotina profissional, o equilíbrio mental e a capacidade de manter a concentração nas tarefas cotidianas.