Quais são os impostos para MEI

Conheça o imposto SIMEI e as responsabilidades tributários dos microempreendedores individuais.

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Publicado em: 2 de agosto de 2023

Autora: Fabiana Ramos


A modalidade MEI (Microempreendedor Individual) surgiu para formalizar o trabalho de autônomos e empreendedores individuais de diversos setores, além de facilitar a cobrança de impostos. Uma das questões que mais geram dúvidas entre os MEIs é justamente a tributação. Afinal, quais são os impostos para MEI e como funcionam essas obrigações fiscais?

Vamos esclarecer esse tema neste artigo.

Impostos para MEI: o que são

Em primeiro lugar, é importante compreender que o MEI é uma categoria simplificada de empresa, destinada a empreendedores individuais com faturamento anual limitado. Essa opção oferece uma carga tributária reduzida em comparação a outras formas empresariais, aliviando os custos iniciais e a burocracia.

No entanto, é essencial ressaltar que, mesmo sendo uma modalidade mais acessível, o MEI ainda tem obrigações fiscais a serem cumpridas para manter-se em conformidade com a legislação.

Portanto, os microempreendedores individuais devem estar cientes dos impostos que incidem sobre suas atividades, bem como o cálculo e o processo de pagamento, a fim de garantir sua regularidade e os benefícios previdenciários pertinentes.

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Imposto SIMEI: a principal contribuição do MEI

O Imposto SIMEI (Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais por meio do Simples Nacional) é a principal contribuição tributária destinada ao microempreendedor individual. Essa modalidade simplificada de pagamento de impostos foi criada para facilitar a regularização fiscal e reduzir a carga tributária para empreendedores de pequeno porte.

O funcionamento do SIMEI é descomplicado e transparente, proporcionando ao MEI uma forma mais acessível de cumprir as obrigações fiscais. O tributo é pago mensalmente por meio de um Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), gerado no Portal do Empreendedor. O valor do DAS é fixo e varia de acordo com a atividade exercida pelo MEI, englobando as seguintes contribuições:

  1. INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): destinado à Previdência Social, permite que o MEI esteja coberto pelos benefícios previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença, entre outros.


  2. ISS (Imposto sobre Serviços): aplicável a atividades de prestação de serviços, esse tributo é destinado ao município em que o MEI exerce suas atividades.


  3. ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): exclusivo para MEIs que atuam no comércio de produtos, o ICMS é repassado para o estado em que o empreendedor realiza suas vendas.

É importante ressaltar que o SIMEI engloba todos esses tributos em um único pagamento, tornando o processo ágil e evitando a necessidade de cálculos complexos por parte do MEI. Além disso, o valor do DAS é fixo e ajustado anualmente, seguindo a atualização do salário mínimo, o que facilita o planejamento financeiro do empreendedor.

Pagamento e vencimento dos impostos

Para garantir a regularidade fiscal e evitar problemas com a Receita Federal, é essencial que o microempreendedor individual esteja atento às datas de vencimento e às formas de pagamento dos impostos. O não cumprimento das obrigações fiscais pode resultar em multas e pendências que impactam negativamente o negócio.

O vencimento dos impostos para MEI ocorre sempre no dia 20 de cada mês. Nessa data, é necessário quitar o DAS, que engloba o Imposto SIMEI e outras contribuições previdenciárias. Essa taxa é fixa e calculada com base na atividade desempenhada pelo empreendedor, conforme mencionado anteriormente.

Para efetuar o pagamento, o MEI tem algumas opções disponíveis. A mais prática é gerar o DAS diretamente no Portal do Empreendedor, site oficial para regularização do MEI. O boleto pode ser pago em qualquer banco, casa lotérica ou via internet banking, facilitando o processo para o empreendedor.

Caso haja atraso no pagamento, é necessário emitir uma nova guia com os devidos acréscimos de juros e multas, que incidem sobre o valor original. Portanto, é fundamental evitar atrasos e manter-se em dia com as obrigações fiscais.

Despesas dedutíveis e benefícios previdenciários

O microempreendedor individual pode deduzir algumas despesas de seu faturamento, o que contribui para a otimização de recursos e redução da carga tributária.

As despesas dedutíveis para o MEI incluem gastos relacionados à atividade empreendedora, tais como aquisição de matérias-primas, mercadorias para revenda, aluguel do espaço utilizado para o negócio, entre outras despesas operacionais. É fundamental manter um registro organizado desses gastos e, se possível, contar com o auxílio de um contador para garantir que as deduções sejam realizadas corretamente.

Além das despesas dedutíveis, o MEI tem acesso a benefícios previdenciários que asseguram sua proteção social. Ao efetuar o pagamento regular do Imposto SIMEI, o empreendedor tem direito a cobertura previdenciária, incluindo aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros benefícios. Essa segurança previdenciária é uma das grandes vantagens de ser MEI, pois proporciona amparo em situações de adversidade.

É importante ressaltar que o MEI não precisa contribuir separadamente para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), já que essa obrigação está inclusa no pagamento mensal do SIMEI. Assim, ao estar em dia com suas obrigações fiscais, o empreendedor assegura sua regularidade perante a Previdência Social e usufrui plenamente dos benefícios previdenciários disponíveis.

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Consequências da inadimplência fiscal

A inadimplência fiscal pode acarretar sérias implicações para o MEI, de ordem financeira e legal. É fundamental estar ciente das consequências de não cumprir com as obrigações fiscais para manter a saúde financeira do negócio. Confira as principais:

  1. Incidência de juros e multas: o não pagamento dos impostos na data estipulada resulta em acréscimos financeiros, aumentando consideravelmente o valor da dívida e comprometendo o orçamento do MEI.


  2. Cancelamento do CNPJ: a inadimplência pode levar ao cancelamento do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), o que acarreta a perda do benefício do Simples Nacional e carga tributária mais onerosa.


  3. Impossibilidade de participar de licitações: MEIs em situação de inadimplência ficam impossibilitados de participar de licitações e contratos com órgãos públicos, limitando oportunidades de negócio com o governo.


  4. Protestos em cartório e inclusão nos órgãos de proteção ao crédito: a inadimplência pode gerar protestos em cartório e a inclusão do nome do MEI nos órgãos de proteção ao crédito, dificultando a obtenção de crédito e prejudicando a imagem do empreendedor.


  5. Restrições junto aos órgãos governamentais: a falta de cumprimento das obrigações fiscais pode resultar em restrições junto aos órgãos governamentais, dificultando a regularização da situação e o funcionamento do negócio.


  6. Perda de benefícios previdenciários: a falta de pagamento dos impostos pode impactar os benefícios previdenciários assegurados ao MEI, prejudicando a proteção social do microempreendedor.


  7. Descumprimento de obrigações legais: a inadimplência fiscal pode configurar o descumprimento de obrigações legais, sujeitando o MEI a penalidades e sanções previstas na legislação.


  8. Prejuízo à imagem da empresa: a inadimplência pode prejudicar a imagem da empresa perante fornecedores, clientes e o mercado em geral.

Importância do pagamento pontual dos impostos

Pagar em dia os impostos é fundamental para garantir a saúde financeira e a regularidade do empreendimento. Assim, caso o MEI enfrente dificuldades financeiras que resultem em dívidas acumuladas, é importante buscar soluções para quitar esses débitos.

Nesse contexto, a plataforma do Serasa Limpa Nome pode ser uma aliada valiosa, oferecendo oportunidades de negociação de dívidas de forma acessível e facilitada.

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