Como saber se um banco digital é seguro

Os bancos digitais ganharam popularidade no Brasil com o avanço da conectividade. Entenda se essa opção é segura.

homem preocupado com a segurança do banco


Autor: Marlise Brenol

Publicado em 15 de março de 2023

A transformação digital mudou uma série de hábitos da vida cotidiana. Muitos serviços passaram a ser oferecidos online, com mais flexibilidade e facilidade para os consumidores. É o caso das operações financeiras, tanto em bancos tradicionais como em digitais. Apesar da crescente oferta e adesão, muitas pessoas ainda questionam se banco digital é seguro.  

Antes de responder à pergunta, é preciso esclarecer: um banco digital pode ser uma fintech porque opera serviços financeiros com tecnologia inovadora. Porém, nem toda fintech é banco digital. Isso porque há operações de serviços financeiros específicos, como o ofertado por seguradoras, que podem ser praticados por fintechs, mas não atendem aos requisitos do Banco Central (Bacen) para atuar como banco.    

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O que são bancos digitais?

Os bancos digitais são empresas da área de finanças autorizadas a operar no sistema financeiro nacional pelo Banco Central. Eles são diferentes dos bancos tradicionais porque introduzem inovações com uso intenso de tecnologia. A proposta é desenvolver novos modelos de negócio no setor financeiro. Eles são chamados de digitais porque prestam o serviço por meio de plataformas 100% online.  

Toda a operação desses bancos pode ser realizada por meio de websites e aplicativos digitais, desde a abertura de conta até transações de pagamento, transferência e aplicações. Uma das principais vantagens é justamente a facilidade de fazer todas as operações pelo celular, tablet ou computador.  

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Quais as vantagens dos bancos digitais?

Também por ser 100% digital, pode praticar taxas menores de gestão e manutenção das contas, ainda que muitas vezes isso implique um suporte de atendimento mais automatizado. Para o Banco Central, as vantagens podem ser as seguintes:

  • Aumento da eficiência e concorrência no mercado de crédito: com o aumento de instituições financeiras baseadas em tecnologia, a tendência é que a prestação de serviço fique mais barata para a população. 

  • Rapidez e celeridade nas transações: a facilidade das funcionalidades online permite transações mais rápidas e diretas, bastando o acesso estável à internet para realizar as operações.  

  • Diminuição da burocracia no acesso ao crédito: bancos digitais podem oferecer contratos de empréstimo e financiamento online, com depósito do dinheiro na hora da contratação. A assinatura do contrato é feita pelo próprio aplicativo. 

  • Inovação e acesso ao Sistema Financeiro Nacional: a facilidade de acesso e as condições simplificadas permitem a bancarização da população brasileira e consequente acesso ao sistema financeiro. 

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Afinal, bancos digitais são seguros?

No Brasil, o Banco Central é o garantidor das operações de bancos digitais e é a instituição que autoriza diferentes categorias de bancos digitais e fintechs. Há aquelas que são de concessão de crédito, de meios de pagamento (carteiras digitais), conta digital, gestão financeira (organização pessoal), empréstimo, investimento, financiamento, seguro, negociação de dívidas, câmbio e multisserviços. 

Podem ser autorizados a funcionar no país dois tipos de fintechs de crédito – para intermediação entre credores e consumidores por meio de negociações realizadas em meio eletrônico: a Sociedade de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), cujas operações constarão do Sistema de Informações de Créditos (SCR). 

Para que o Banco Central possa assegurar a confiabilidade dos bancos digitais e fintechs, existe um processo de checagem e autorização antes da instalação da operação direto ao cliente. As empresas devem permitir que o BC confira informações sobre os proprietários, comprovação da origem e da respectiva movimentação financeira dos recursos utilizados no empreendimento pelos controladores e compatibilidade da capacidade econômico-financeira com o porte, a natureza e o objetivo do empreendimento. 

No Brasil, as fintechs estão regulamentadas desde abril de 2018 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – Resoluções 4.656 e 4.657. A fiscalização do Bacen garante que as contas digitais sejam protegidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que assegura aplicações até R$250.000 no caso de intervenção, liquidação ou falência da instituição financeira. Isso significa que, mesmo se o banco não cumprir o compromisso, o Tesouro Nacional cobrirá a dívida até o limite estipulado. 

Além disso, as transações e operações dos bancos digitais passam pelo Sistema Financeiro Nacional. Assim, todas as transferências são feitas em operações criptografadas de ponta a ponta com camadas de segurança entre bancos e interoperabilidade para compatibilizar as transferências de valores e aplicações.  

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Monitore o seu CPF ou CNPJ

Apesar de o sistema financeiro nacional ser garantidor das operações que acontecem nas aplicações de bancos digitais, a internet está repleta de armadilhas. Mesmo com hábitos seguros e contas em bancos autorizados, os consumidores podem ser vítimas de golpistas que enganam para ganhar confiança e roubar dados e dinheiro. Por isso, a atitude preventiva é sempre importante.  

Para ficar no controle da sua vida financeira, é importante acompanhar tudo que acontece com os seus dados. Você pode fazer isso com o Serasa Premium, serviço de assinatura da Serasa que monitora 24 horas por dia de ocorrências em seu CPF e CNPJ, como consultas, Score, negativações e muito mais.   

Só com a conta Premium, você tem atendimento exclusivo na Serasa e controla se seu Score pode ou não ser consultado pelo mercado. O Premium também avisa sempre que: 

• seu CPF e CNPJ for consultado;  

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