Documentos clonados: qual é o perigo, como prevenir e o que fazer?
Saiba o que fazer para minimizar os danos.
O perigo dos documentos clonados
Documentos clonados podem representar uma verdadeira dor de cabeça para qualquer pessoa. Se você nunca foi uma vítima dessa fraude, certamente conhece um amigo ou colega de trabalho que passou pela situação.
Na maioria das vezes, o documento clonado é o CPF. E existe uma explicação plausível para isso. Nós oferecemos esse número com alguma facilidade em diversas oportunidades. Damos nosso CPF em uma compra na farmácia para ter mais desconto e também para adquirir um produto na Internet, por exemplo.
Portanto, ter documentos clonados é algo bastante comum, apesar de ser uma fraude que gera muitas consequências negativas. E quais são elas? O que fazer para se prevenir? Como agir se fui vítima de fraude? É o que vamos explicar neste artigo.
Como é feita a clonagem de documento e qual é o perigo?
A clonagem de documento é feita por meio de sua digitalização. Com a edição de imagens, ele sofre pequenas alterações em seus dados. O fraudador altera, por exemplo, número de CPF, nome e RG, sem precisar ser um expert em editores de imagem, como o Photoshop.
“Mas em quais situações posso ter os documentos clonados?”. Em diversas situações em que você utiliza um documento:
Mas em quais situações posso ter os documentos clonados? Em diversas situações em que você utiliza um documento:
Fazer um pagamento com cartão para vendedores ambulantes durante eventos;
Entregar sua identidade para um falso funcionário no aeroporto;
Baixar um aplicativo de origem duvidosa no celular;
Fazer cadastros em sites falso;
Tirar uma cópia em uma gráfica.
E o que o fraudador faz após a alteração? Utiliza suas informações como se fossem dados pessoais dele e realiza compras em seu nome. Ele pode, também, aplicar golpes. Na prática, o criminoso faz pagamentos em seu nome, o que pode ocasionar até mesmo a negativação.
O que fazer em caso de documentos clonados?
De repente, você passou a receber diversas cobranças de empresas que nem sequer conhece. Algo está errado, sem dúvidas. Um dos palpites para explicar esse “engano” são os documentos clonados.
Como mencionamos, a partir da clonagem de seus dados os criminosos conseguem fazer compras, abrir contas bancárias e realizar diversas atividades em seu nome. Mas o que fazer quando isso acontece?
O primeiro passo é respirar e entender que existe uma solução, desde que você aja rapidamente. Veja a seguir as ações necessárias em caso de documentos clonados.
1 – Entender se houve, de fato, uma clonagem
Identifique se seu documento realmente foi clonado, reunindo todas as cobranças e verificando a origem dos documentos. Na fatura do cartão, você vê a empresa onde a compra foi realizada e os valores gastos.
Você pode entrar em contato com o call center da empresa para esclarecer a situação. Se o funcionário não se mostrar disposto, procure o PROCON (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) para fazer uma reclamação.
O atendente do órgão entrará em contato com a empresa para questioná-la sobre a compra realizada e se algum documento foi apresentado na compra. No caso de um empréstimo pessoal, por exemplo, é preciso apresentar CPF. Compras com origem em cidades ou estados diferentes, por exemplo, são bons indícios de fraude.
2 – Fazer um boletim de ocorrência
A segunda providência para quem teve os documentos clonados é registrar o Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. É algo bem simples, pois atualmente existem delegacias virtuais em operação no Brasil.
Elas acolhem registros de menor gravidade, o que evita o comparecimento presencial da pessoa na delegacia física.
A perda, o furto, o extravio e a clonagem de documentos são eventos que podem ser registrados inteiramente online. Em pouco tempo, o B.O. é emitido. Assim, você terá em mãos um documento válido que comprova a fraude de informações pessoais.
As dívidas feitas em seu nome após o B.O estarão amparadas por esse registro. Ou seja, se alguém efetuar uma compra com seu cartão de crédito, basta apresentar o Boletim de Ocorrência para a instituição financeira. Assim, você comprova o não reconhecimento da dívida ou uma eventual negativação de seu nome.
Para fazer o boletim de ocorrência pela Internet, você deve ser maior de 18 anos, ter endereço fixo, telefone e endereço de e-mail válidos. Busque na Internet o site da delegacia virtual no seu estado, preencha o formulário indicado, o que deve notificar e salve uma cópia do documento.
No formulário, serão solicitados seu CPF e outras informações acerca da ocorrência. Em alguns casos, nós suspeitamos da situação que deu origem à fraude. Se for o seu caso, informe as possibilidades à autoridade policial.
3 – Obter dados sobre eventuais transações efetivadas
Tomada as primeiras medidas para se prevenir de golpes com seus documentos clonados, é hora de investigar eventuais transações efetivadas. Assim que suspeitar ou tiver notícia que outra pessoa usou indevidamente seus documentos pessoais, investigue. Consiga o máximo de dados sobre a transação comercial ou financeira eventualmente efetivada.
4 – Comunicar as transações à Polícia Civil
Em caso de suspeita ou confirmação de uso indevido de seus documentos clonados, você já tem o B.O. para comprovar que não os utilizou em determinada situação. Isso já traz tranquilidade, mas também requer uma outra ação da sua parte: comunicar as transações à Polícia Civil.
Você pode entrar em contato com a operadora do cartão de crédito, por exemplo, e apontar que você não fez determinada compra. A transação terá alguns dados importantes para repassar, como dia, horário e local da compra. Em alguns casos, o nome do fornecedor sai na fatura juntamente com CPF ou CNPJ. Comunique tudo à autoridade policial.
5 – Registrar alertas de documentos clonados
A comunicação à Polícia Civil é importante para que ela investigue essas pessoas que estão fraudando documentos. Porém, a vítima deve se prevenir com alertas de documentos clonados, roubados, furtados, extraviados ou perdidos ou clonados.
A Serasa que oferece um serviço gratuito de alerta que notifica o usuário em casos de uso indevido do seu nome e documentos. Para cadastrar o alerta, você precisará dos seus dados pessoais e do B.O (via original e cópias).
Como se prevenir para não ter os documentos clonados?
Qualquer cidadão precisa tomar cuidados básicos em relação aos seus documentos. Antes de mais nada, para evitar ter documentos clonados, é importante mantê-los sempre com você.
Caso precise entregar seu documento para outra pessoa, fique com ele sempre à vista. Quando for pagar algo em um estabelecimento, por exemplo, peça que o funcionário faça a transação na máquina de cartão à sua frente.
É possível também se cercar de ferramentas que monitoram seu CPF para que você receba uma notificação quando houver uma movimentação em seu nome. O Serasa Premium, por exemplo, ajuda você a lidar com fraudes e uso indevido de informações. Sem dúvidas, é uma segurança a mais para os dias atuais, em que convivemos com vazamento de dados e crimes virtuais.
Ter os documentos clonados é uma grande dor de cabeça. Em caso de fraudes, é preciso atuar rápido, acionando a autoridade policial e adotando medidas para minimizar os danos. Conheça o Serasa Premium e fique no controle dos seus dados.