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Golpe contra aposentados do INSS: conheça os tipos mais comuns

O golpe contra aposentados do INSS tem sido cada vez mais comum, mas com algumas medidas é possível se prevenir. Entenda como funciona esse tipo de crime.

Atualizado em: 1 de fevereiro de 2001

Categoria Consultar CPFTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

Eu diria que fizemos muito bem por nós mesmos


Atualizado em 24 de janeiro de 2023

O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) faz periodicamente revisões de cadastro dos beneficiários para apresentação atualizada de documentação para prova de vida e realiza perícia por incapacidade temporária ou mesmo daqueles que possuem o benefício continuado. 

Cientes da necessidade de atualização de informações, os criminosos têm aplicado golpes contra aposentados do INSS: fazem abordagens por telefone, e-mail ou mensagem por celular para obter indevidamente dados pessoais dos beneficiários. 

Há ainda a tentativa de convencer os aposentados sobre falsos empréstimos consignados ou mesmo adiantamento do 13º salário. Os criminosos se identificam como atendentes do INSS, do banco pagador ou de empresas autorizadas e solicitam informações pessoais, dados de cartão de crédito e senhas. 

As informações são suficientes para realizar operações fraudulentas em nome dos aposentados. Esse tipo de golpe é conhecido como engenharia social, tática que usa meios digitais ou conversas telefônicas para enganar, acionar a emoção e construir confiança na relação com a vítima. 

Leia também | Saiba quando um e-mail é falso 

Conheça alguns golpes contra aposentados no INSS:

1. Benefício bloqueado

O aposentado recebe a ligação de um falso atendente do INSS alertando para o bloqueio iminente do benefício por desatualização de dados cadastrais. O falso atendente argumenta que para atualizar é fácil, basta que o aposentado lhe forneça informações como CPF, endereço, data de nascimento, dados bancários, número do cartão do INSS e outras informações. 

Convencido de que está conversando com um servidor do INSS, o aposentado fornece as informações solicitadas. Os dados são suficientes para o criminoso cometer fraudes em nome do segurado. 

2. Agendamento de perícia médica

A perícia médica deve ser feita periodicamente por segurados de benefícios por incapacidade temporária ou continuada. Os criminosos fazem contato com as vítimas para agendar a consulta. Os falsos servidores solicitam informações do beneficiado como endereço, RG, CPF, dados bancários e até senhas em algumas situações. 

O INSS alerta para que o segurado não forneça os dados. O instituto apenas pede informações ou documentos pelo sistema Meu INSS. As convocações poderão chegar por carta, notificação do banco pagador, e-mail ou publicação no Diário Oficial da União e sempre estarão registradas no perfil do segurado no site Meu INSS com prazo e orientações para agendamento. 

3. Prova de vida online

Os criminosos ligam para aposentados e pensionistas alertando sobre a necessidade de realizar uma prova de vida digital, modalidade nova criada em razão da pandemia de covid-19. Para a operação, o falso atendente do INSS pede para a vítima confirmar os dados pessoais e bancários. 

Depois solicita o envio de uma foto atual e dos documentos digitalizados, dando margem para um golpe do INSS pelo WhatsApp. Com os dados confirmados e a foto do documento, os criminosos podem realizar fraudes financeiras. 

4. Atrasados a receber mediante taxa

O golpe é antigo e pode ser praticado por telefone ou por e-mail. Um falso atendente do INSS faz contato com a vítima e a informa sobre valores de benefícios atrasados que foram liberados para o segurado, com atualização e correção de juros. Surpreso e contente com o dinheiro extra que vai entrar, o aposentado informa os dados pessoais. 

Na segunda etapa, é cobrada uma taxa administrativa a ser depositada pelo beneficiado para liberar o pagamento direto na conta do aposentado. Essa cobrança é feita por um falso boleto ou transferência de valores direto para uma conta. 

5. Antecipação do 13º salário e consignado

Via de regra, o 13º salário é antecipado em parte para os aposentados do INSS para recebimento em junho, mês 6 do ano. Os criminosos, cientes desse calendário, fazem contato com o segurado para oferecer um adiantamento dos valores mediante uma taxa. O falso atendente de uma financeira solicita dados e cópia dos documentos para autorizar a operação. 

O aposentado que recebe a oferta paga a taxa e envia as informações, porém não recebe o dinheiro. Muitas vezes ainda pode ser vítima do falso empréstimo consignado, em que os criminosos operam como agentes de financeiras e autorizam o crédito em nome da vítima.  

O dinheiro cai na conta do segurado, porém as parcelas com juros também. Para o golpista, a vantagem é ficar com as comissões que remuneram o agente de crédito e a instituição responsável por intermediar o empréstimo. 

Leia também | Como funciona o empréstimo consignado INSS 

Assista | Como fugir de golpes do WhatsApp

Como não cair em um “golpe do INSS”

O site do INSS orienta o segurado a concentrar todas as operações de atualização no espaço Meu INSS na plataforma gov.br e jamais compartilhar login e senha. As dicas para os aposentados são as seguintes: 

  1. Manter os dados de contato, como telefone, e-mail e endereço atualizados no Meu INSS ou pelo telefone 135. 

  2. Não atender solicitações de dados por e-mail, mensagem ou telefone. 

  3. Não clicar em links enviados por SMS e desconfiar de mensagens não identificadas. O número do SMS usado pelo INSS para informar os cidadãos é 280-41;

  4. Acessar o MEU INSS na plataforma gov.br para confirmar o contato ou a convocação;

  5. Usar apenas os canais oficiais de atendimento para cumprir solicitações do INSS, seja para agendar um serviço ou para entregar algum documento.

O INSS garante que nunca entra em contato direto com a pessoa para solicitar dados, nem pede o envio de fotos de documentos. A atitude preventiva e o monitoramento do CPF são sempre as melhores medidas para cuidar dos seus dados pessoais e manter um bom score de crédito na aposentadoria.

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