Golpe do falso motoboy: saiba como se proteger
Por Lise Brenol
Entenda como os criminosos agem e como você pode se proteger.
No golpe do falso motoboy, os criminosos convencem a vítima a compartilhar os dados bancários, o endereço residencial e ainda a entregar o cartão de crédito a um motoboy.
Tudo começa com uma ligação
Este tipo de fraude começa com uma ligação telefônica de um falso atendente de banco, por isso é importante estar atento para jamais fornecer dados bancários por telefone. Caso precise acionar o banco, ligue você mesmo para um número de contato já conhecido.
O padrão de funcionamento deste tipo de criminoso foi mapeado pelos bancos e pela polícia a partir do relato das vítimas. A ação costuma atingir pessoas que têm pouca familiaridade com o ambiente digital ou com o uso de aplicativos de Internet Banking, com dificuldade de conferir instantaneamente seus extratos e informações bancárias online.
Com o perfil da vítima identificado a partir de dados como nome completo, telefone e instituição bancária com a qual se relaciona, os golpistas fazem o primeiro contato com uma ligação telefônica.
No outro lado da linha está um falso atendente do banco. Gentil, a voz pede confirmação de compras realizadas com o cartão de crédito da vítima. A vítima nega ter realizado as transações de compra e, então, solicita o cancelamento da operação.
O atendente informa que o cartão foi clonado e, portanto, precisa bloqueá-lo. Para tanto, pede que a vítima digite a senha e corte o cartão ao meio. Neste momento, entra o golpe do motoboy.
O criminoso explica que é necessário buscar o cartão para realizar uma perícia policial, solicita o endereço residencial e informa sobre o envio do motoboy. A vítima entrega o cartão cortado em duas partes, mas ainda legível e com o chip intacto, o que ainda torna possível realizar compras e transações financeiras.
Quando a vítima percebe o golpe, os criminosos já efetuaram compras até o limite de crédito. O vídeo produzido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) explica esse modo de operação dos criminosos.
Golpe do falso Motoboy
O crescimento dos registros de golpe do falso motoboy, do falso atendente e de phising em 2021 levou a Febraban a publicar um alerta para a sociedade sobre a necessidade de conscientização.
A nota divulgada para a imprensa afirma que os criminosos têm aproveitado a maior permanência das pessoas em casa e o aumento das transações digitais por causa da pandemia do novo coronavírus para intensificar as atividades. O comunicado chega a falar em crescimento de até 340%.
O que fazer para cair em golpes fraudes como essa?
A regra geral para não cair em fraudes digitais é desconfiar sempre de ofertas recebidas com promoções imperdíveis, alertas sobre questões urgentes e outras artimanhas para te convencer.
Confira o que os criminosos podem tentar convencer você a fazer:
Clicar em um link desconhecido (phising);
Passar informações e dados pessoais e bancários por telefone (falso atendente);
Pagar um boleto adulterado (falso boleto);
Entregar o cartão a desconhecidos, como é o caso do golpe do falso motoboy.
Neste específico, os bancos recomendam três pontos de atenção:
As instituições bancárias nunca recolhem os cartões, em nenhuma hipótese, nem mesmo os cartões vencidos ou inutilizados.
Caso você precise se desfazer de um cartão, certifique-se de destruir o cartão cortando o chip ao meio. Não dê essa tarefa a outra pessoa, faça você mesmo.
Os atendentes de bancos não solicitam senhas ou código do dispositivo de segurança em ligações. A recomendação é não fornecer e nem digitar no teclado do telefone.
Veja quem já caiu nesse golpe:
Se você é destas pessoas incrédulas, fica o convite para conhecer a história da dona de casa Marieta Pereira que foi vítima do golpe do falso motoboy de banco e conta o transtorno neste documentário.
Como você viu, o golpe do falso motoboy é parte de uma estratégia muito bem pensada dos criminosos para ter acesso aos seus dados bancários e, com eles, fazer compras em seu nome.
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