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Golpe do Pix: saiba se é possível recuperar o dinheiro

O golpe do Pix pode ser aplicado de diferentes maneiras. Saiba quais são e se tem como recuperar o dinheiro.

Atualizado em: 30 de julho de 2024

Categoria Segurança na internetTempo de leitura: 3 minutos

Texto de: Time Serasa

Mão de homem segurando smartphone com logotipo PIX. Site do Banco Central do Brasil em notebook em segundo plano. Novo sistema de pagamento instantâneo. Foco seletivo.

O Pix tornou-se um dos meios de pagamento mais populares do país. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as transações em Pix já superam os pagamentos no débito, crédito, TED e DOC. Ao mesmo tempo, por ser uma forma de transferência rápida e simples, o Pix se tornou alvo de criminosos, e o golpe do Pix pode ser aplicado de diferentes maneiras.

Entenda os tipos de golpe do Pix, como eles funcionam, o que fazer para se proteger e como recuperar o dinheiro.

Assista | Sempre Alerta: Tipos de golpes com Pix e como se prevenir

Quais são os tipos golpes do Pix?

  • Existem vários golpes criados em torno da ferramenta de pagamento Pix, cada um organizado de forma diferente. Confira alguns deles:
  •  
  • ●    Golpe do cadastro do Pix

A pessoa recebe mensagens em nome de instituições financeiras que pedem para cadastrar uma chave Pix. Porém, esse processo só pode ser feito dentro do aplicativo oficial do banco.

  • ●    Comprovante de Pix falso

Aqui, o golpe é em vendedores. O criminoso retira a mercadoria e mostra ou envia um comprovante falso de pagamento. O golpista leva o produto e depois bloqueia o vendedor. O Pix é instantâneo, então é importante conferir na mesma hora se o dinheiro caiu na conta antes de entregar um produto ou serviço.

  • ●    O golpe do Pix errado

Os golpistas fingem que fizeram um Pix sem querer e pedem o valor "de volta". Ao ser pressionada a fazer a suposta devolução, a vítima em potencial acaba caindo no golpe e transferindo o dinheiro para o criminoso.

  • ●    Pix agendado

Nesse caso, o golpista chega a de fato agendar um pagamento em Pix para a pessoa que ele aborda. Porém, assim que a vítima faz o pagamento do mesmo valor, imaginando que está apenas devolvendo o dinheiro a alguém, o criminoso cancela o agendamento. Assim, a vítima tem o dinheiro roubado e não chega a receber nada em troca.

  • ●    Golpe do robô do Pix

Muito comum nas redes sociais, os golpistas fazem propagandas prometendo que a vítima terá retorno financeiro após fazer um Pix. Aqui, as vítimas em potencial podem ainda ter seus dados pessoais roubados, ao clicarem em sites maliciosos que os criminosos enviam.

Golpe do Pix: como se proteger

  • Confira dicas para se proteger de golpes que usam o Pix:
  •  
  • ●     Sempre espere que a transação apareça como completa na sua própria conta bancária ao fazer um Pix;
  • ●     Recuse pagamentos agendados de desconhecidos, já que eles podem ser cancelados antes de o dinheiro cair de fato.
  • ●     Aja com calma mesmo que alguém o pressione a fazer uma transação ou passar algum dado. Pare e reflita sobre a situação.
  • ●     Não clique em links enviados por desconhecidos ou que pareçam ser perigosos.
  • ●     Desconfie de promoções que peçam transferências de qualquer valor antes de dar um retorno real.
  • ●     Sempre que receber um contato estranho dando instruções sobre sua conta e/ou pedindo seus dados pessoais, confira com a sua própria instituição bancária como agir.

Golpe do Pix: é possível cancelar o pagamento?

Não. Por ser uma forma de pagamento instantâneo, na maior parte das situações não é possível cancelar a operação depois que o usuário já tiver confirmado a transação. No entanto, existe um mecanismo criado pelo Banco Central (BC) que pode ser utilizado no caso de golpes para tentar reaver o dinheiro.

O que fazer em caso de fraude ou golpe?

Para quem já caiu em uma fraude, é possível pedir a devolução do dinheiro transferido via Pix, mas é preciso agir rápido.

Para esses casos, o BC criou o mecanismo especial de devolução (MED). A ferramenta é exclusiva do Pix e segue um processo para auxiliar as vítimas a receber de volta o dinheiro.

Siga as etapas:

  1. Entre em contato com seu banco, em até 80 dias da data em que você fez o Pix, para informar sobre o ocorrido e solicitar a devolução dos valores.

  2. Registre um boletim de ocorrência (BO).

  3. Em seguida, registre uma reclamação informando todos os dados, comprovantes e documentos, inclusive o BO registrado.

    Se o banco entender que a reclamação entra nos critérios do MED, deve registrar uma notificação de infração no sistema do Banco Central. Assim, o banco do suposto golpista irá bloquear os valores e ambas as instituições terão tempo para avaliar o caso.

O que acontece depois de feita a reclamação?

Após sete dias de análise, se for comprovado o golpe ou a fraude, o dinheiro do pagador é devolvido em até 96 horas.

Caso não haja saldo suficiente na conta de quem recebeu o Pix até o prazo máximo de 90 dias da transação original, o banco do recebedor deve monitorar a conta e, assim que houver dinheiro disponível nela, deve finalizar a devolução. Se as instituições concluírem que não houve fraude, o recebedor terá os recursos desbloqueados.

Porém, se depois desse tempo estipulado pelo BC o problema não tiver sido solucionado, a instituição orienta que o cidadão procure o Procon de seu estado, o Poder Judiciário ou mesmo registre uma reclamação no Banco Central.

Falha operacional no Pix: como proceder

Em caso de falha operacional no ambiente Pix da própria instituição bancária (como uma transação em duplicidade), o processo é outro. O cliente deverá:

  1. Entrar em contato com o banco, em até 80 dias da data em que o Pix foi feito, para informar sobre o ocorrido e solicitar a devolução dos valores.

  2. O banco deve avaliar se houve a falha e, em caso positivo, em até 24 horas o dinheiro é devolvido.

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