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O que é e como não cair no golpe da videochamada

Com uma ligação, golpistas podem conseguir tirar dinheiro das vítimas. Saiba o que é o golpe da videochamada.

Publicado em: 23 de abril de 2024

Categoria Segurança na internetTempo de leitura: 3 minutos

Texto de: Time Serasa

Jovem afro-americano fazendo psicoterapia online em casa

Hoje em dia é comum que as pessoas rejeitem ligações de números desconhecidos. Mas e quando um número aparentemente conhecido liga? Ainda assim vale a pena ficar atento. Isso porque é assim que pode começar a ação de criminosos que vem aplicando o chamado ‘golpe da videochamada’. Leia aqui o que é esse golpe e como se proteger.

Como funciona o golpe da videochamada

Os golpes estão se tornando cada vez mais sofisticados. É por isso que é preciso estar atento a cada detalhe e desconfiar de todo e qualquer contato que seja feito. A desconfiança tem sentido, já que o ‘golpe da chamada de vídeo’ pode começar com uma ligação feita de um número que aparentemente é de um banco, por exemplo.

Os criminosos usam aplicativos para mascarar o número do qual estão realmente fazendo a ligação. Essa tecnologia faz com que o número pareça ser outro, o que faz o cidadão não desconfiar do crime.

Após ganhar a confiança da pessoa, os bandidos passam a dizer que houve uma compra suspeita feita em nome dela. Geralmente, eles usam valores altos para deixar a pessoa em alerta e pressioná-la a tomar atitudes rápidas, sem pensar muito.

Em seguida, começam a orientá-la a ir até um caixa eletrônico do suposto banco. 

Os criminosos pedem que o cidadão faça contato por aplicativos de mensagens como o WhatsApp. Com esse contato feito, a chamada de vídeo entra no jogo. O golpista faz uma videochamada para a pessoa, dizendo que vai mostrar o passo a passo do que ela deve fazer no caixa eletrônico.

Os criminosos pedem que a pessoa vire a câmera do celular para a tela do caixa. Assim, passam a ver tudo que está sendo digitado, inclusive senhas e dados pessoais. Além disso, as supostas orientações dos golpistas fazem com que o cidadão confirme as transações erradas, ao invés de resolvê-las.

Há, ainda, registros de outros tipos de golpes sendo aplicados através de videochamadas. Se a ligação de vídeo vier direto, sem uma primeira conversa, vale ficar ainda mais atento. Nesse caso, os criminosos podem aproveitar o primeiro momento em que a pessoa atende para tirar uma foto, ou gravar a tela.

A partir daí, eles podem chantageá-la ou usar a imagem para acessar contas que utilizem a biometria facial, por exemplo. Apenas alguns segundos já são suficientes para isso. Por isso, nunca atenda chamadas de vídeo de números desconhecidos.

Assista | Golpe da mão fantasma - Serasa Ensina

Como se proteger do golpe?

  • Para não cair no golpe da videochamada é bom voltar alguns passos e pensar em dicas práticas do dia a dia. Algumas delas são:
  • ●     Desconfiar sempre de ligações de áudio de números desconhecidos.
  • ●     Não atender nunca chamadas de vídeo de números desconhecidos.
  • ●     Mesmo que o número pareça conhecido, ou que seja o número de uma instituição, desconfie de pedidos relacionados a dinheiro e aos seus dados.
  • ●     Nunca mostrar seus dados e documentos etc.
  • ●     Também não é comum videochamadas feitas por instituições, por isso, desconfie.
  • ●     Não compartilhar imagens suas ou de telas onde apareçam senhas de acesso a uma conta pessoal sua.
  • ●     Se receber uma chamada de alguém dizendo ser funcionário de uma instituição como um banco, diga que você prefere ligar diretamente para o número oficial da empresa.

 

Saber quais os canais oficiais, de instituições e empresas que prestam serviços, é extremamente importante. Assim, quando acontecer um contato suspeito, a pessoa saberá onde e como confirmar se aquele é um canal oficial ou não.

Caí no golpe, e agora?

  • Se já tiver acontecido a abordagem dos golpistas e a pessoa perceber que acabou deixando a tela do seu caixa eletrônico à vista deles, é preciso tomar uma série de providências.
  • ●     A primeira etapa é entrar em contato com a sua instituição bancária imediatamente e avisar sobre a ocorrência. Para isso, é preciso procurar os canais oficiais do banco.
  • ●     A vítima também precisa abrir um boletim de ocorrência (BO), que pode ser presencial na delegacia mais próxima, ou com um BO virtual.
  • ●     Trocar as senhas que você puder ter deixado o golpista saber, como a chave de acesso ao seu e-mail ou ao seu WhatsApp, por exemplo.
  • ●     Salvar todas as provas do golpe, como conversas trocados por mensagens de texto e o registro das ligações no celular.

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