Saiba como investir em criptomoedas
Como investir em criptomoedas? Essa é uma questão comum para quem está começando a observar o mercado cripto. Entenda como funciona.
Autor: Marlise Brenol
Publicado em 13 de fevereiro de 2023
A curiosidade sobre como investir em criptomoedas é recorrente entre investidores do mercado financeiro, em especial os iniciantes. Muitos observam o movimento do mercado digital para expandir a carteira de investimentos, também chamada de portfólio financeiro, compondo com o mercado tradicional. Os ativos digitais surgiram em 2008 com o bitcoin e despertam cada vez mais interessados em conhecer os ativos da moeda tecnológica.
O que são criptomoedas?
São ativos virtuais que existem no ambiente digital e usam a criptografia para garantir a realização das transações. A criptografia é um processo de codificação de mensagens e dados em registros digitais que impedem a intercepção de hackers, tornando a compra e a venda mais seguras. As moedas são uma forma de investimento, mas também permitem pagamentos ou transferências financeiras eletrônicas sem mediadores.
As operações podem ser feitas diretamente entre indivíduos e empresas, sem a necessidade de intermédio de qualquer instituição financeira. O ônus é que também não há fiscalização ou regulamentação de nenhum órgão nacional ou transnacional. A conferência de veracidade é feita entre pares, na lógica peer to peer, para impedir a duplicidade de comercialização de ativos.
Como investir em criptomoedas com segurança
Para começar, é preciso conhecer o mercado cripto, o que exige muito estudo, leitura e observação. O ponto de partida é ter a consciência do alto risco e da volatilidade desse investimento. Essa característica leva o preço dos ativos a subir e descer sem previsibilidade. Assim como pode haver um período longo de valorização, anos de baixa e perdas também podem existir.
Com investimentos de alto risco (como as criptomoedas) as chances de obter enormes ganhos ou grandes perdas são equivalentes. Esse é o comportamento do mercado cripto nos últimos dez anos. Após forte valorização, com as crises de 2017 e 2019 houve forte desvalorização, ainda que haja uma expectativa de recuperação a partir de 2023.
A tecnologia por trás das criptomoedas é chamada de blockchain, na tradução literal “cadeia de blocos”. Blockchain é uma tecnologia descentralizada de registro e validação das transações entre pares conectadas a uma rede criptografada. Os blocos se enlaçam em uma cadeia de troca de dados efetuada a cada negociação. Essa operação em códigos criptografados faz a verificação dos dados.
Portanto, a tecnologia blockchain permite rastrear o envio e recebimento de informações de compra e venda de ativos pela internet. Além de segura, a propriedade desses ativos virtuais não revela a identidade de seu detentor, o que torna a circulação anônima. A identificação é codificada em senha criptografada, preservando a informações sobre os atores da negociação.
Assista I O que são criptomoedas
Quais são as principais criptomoedas
As criptomoedas são um tipo de criptoativo que podem ser aplicadas em transações financeiras no mercado virtual. Isso significa que as moedas digitais funcionam como o dinheiro em cédulas de papel, porém não materializado. Elas podem servir como moeda de troca em negociações comerciais, de compra e venda de produtos digitais ou físicos.
Mas atenção: as criptomoedas não existem no meio físico. Elas são diferentes de moedas nacionais, como o real, porque não são emitidas por uma autoridade monetária, como o Banco Central do Brasil. São os próprios pares atuantes no blockchain que lançam moedas para obter chancela da rede e consequente valorização.
Atualmente, com o desenvolvimento e popularização do mercado virtual, existem centenas de criptomoedas. Cada uma funciona em uma operação própria com um conjunto de regras definidas por seus criadores e desenvolvedores. Entre as moedas mais promissoras para 2023 estão:
• Bitcoin: o bitcoin é uma moeda com limite de emissão de 21 milhões de unidades. Chega a ser chamado por muitos de “ouro digital”, pois tem características de reserva de valor, como o metal precioso. Apesar de ter sofrido com a volatilidade de 2017 e 2019, segue tendência de recuperação.
• ETH (Ethereum): moeda do tipo plataforma smart contract, software descentralizado movido pela tecnologia blockchain. É a segunda maior criptomoeda em valor de mercado. Essa moeda chama a atenção, em especial, pelos contratos inteligentes, um programa executado na cadeia de blocos da moeda, controlado automaticamente.
• BNB, ou Binance Coin: foi lançada por uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, a Binance. As operações são validadas com tokens, sem a necessidade de uma rede própria de blockchain. Um dos motivos para ser considerada uma criptomoeda promissora para 2023 está relacionado ao forte desempenho do ativo e à estratégia de negócios da empresa.
• USDC: a moeda chamada de stable coin (“moeda estável”) visa manter um valor fixo e definido. Tem lastro de equiparação em dólar americano – cada token vale exatamente um dólar. A USDC é uma moeda que roda em múltiplas redes blockchain, como Ethereum, Stellar, Algorand, Hedera Hashgraph e Solana.
• Polygon (MATIC): é a antiga The MATIC Network, fundada no final de 2017 como solução para o problema de escalabilidade da rede Ethereum (ETH), na qual está alocada. A polygon tem capacidade de processar altas demandas de transações, ao mesmo tempo aliviando a rede mãe do ETH.
Como começar a investir em criptomoedas
Para começar a investir em criptomoeda, é preciso conhecer o funcionamento do mercado de ativos digitais. Um dos requisitos iniciais é compreender como funcionam as lógicas peer to peer, de negociação direta sem qualquer intermediário, e a Exchange, por meio de corretoras especializadas e os aportes em ETF, na bolsa de valores.
Peer-to-peer: existe uma plataforma exclusiva para as negociações. Um investidor interessado na compra entra em contato com o vendedor para cotação, negociação, compra e venda. As criptomoedas são enviadas diretamente ao comprador. Nessa operação não incide nenhuma taxa. Porém, o risco nesse caso é de golpes virtuais. A compra em corretoras pode ser uma opção mais segura para quem está começando.
Exchanges: são as corretoras de valores que fazem a intermediação da negociação, ou seja, criam a comunicação entre quem vende ativos e quem quer comprá-los. O investidor interessado deve baixar o aplicativo da corretora e cadastrar a uma conta. O próximo passo é transferir dinheiro em real brasileiro para a conta. Com dinheiro em caixa, as negociações podem começar. As corretoras também costumam oferecer os fundos de criptomoedas, que funcionam como os demais e são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Essas operações envolvem taxa de corretagem.
ETF: este é um investimento em criptoativo na Bolsa de Valores, como se fosse uma ação de compra e venda tradicional. O Exchange Traded Funds (ETF) também funciona como um fundo de investimentos negociado em bolsas de valores como uma ação.
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A compra e venda de criptomoedas não é uma operação regulada por uma autoridade monetária nacional. Os iniciantes podem ser induzidos a confiar em negociações fraudulentas. Há casos de pirâmides financeiras, corretoras falsas e até criação de ativos digitais enganosos entre outros.
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