Qual o score necessário para financiar uma moto? entenda como ...
Qual o score necessário para financiar uma moto? entenda como funcionaData de publicação 18 de novembro de 20249 minutos de leitura
Atualizado em: 5 de julho de 2024
Categoria Consultar ScoreTempo de leitura: 10 minutosTexto de: Time Serasa
O inventário é um processo burocrático obrigatório que surge sempre que alguém morre. E ele não pode esperar. Assim, mesmo que estejam em meio ao luto de perder um ente querido, as pessoas precisam dar início a esse processo, ainda que não entendam bem para que serve e o que é inventário.
Saiba tudo aqui e conheça todas as etapas de um processo de inventário.
Inventário é o processo legal que administra e organiza os bens de uma pessoa após a sua morte para que sejam transmitidos aos herdeiros. Sempre que o falecido deixar bens e dívidas, será necessário abrir um inventário, já que a transferência não ocorre de forma automática.
O procedimento é obrigatório mesmo que o falecido não tenha deixado nada. Nesses casos, ocorre o chamado inventário negativo, que serve para demonstrar justamente a ausência de bens, direitos e deveres.
Quando nenhum desses requisitos estiver presente, o inventário poderá ser feito diretamente no cartório, de forma mais rápida e barata. Nos dois casos, porém, é indispensável a presença de um advogado.
Leia também | O que é inventário, como funciona e para que serve
Independentemente se for feito na Justiça ou no cartório, o inventário passa por praticamente as mesmas etapas. São elas:
Todo esse conjunto de ativos compõe a herança do falecido e forma o espólio. Cada um deles deve ser descrito em detalhes para entender exatamente o tamanho do patrimônio deixado pelo falecido.
No caso das dívidas, a responsabilidade em pagá-las não é dos herdeiros, e sim do espólio. Nesse caso o valor será descontado do total do patrimônio do falecido. Somente depois disso, o montante que sobrar será partilhado entre os herdeiros. Se nada sobrar, então os herdeiros não terão nada a receber.
Também é preciso verificar quem tem o direito de receber os bens que compõem a herança. Cônjuge, filhos e pais têm preferência: pelo menos 50% do patrimônio deverá ser partilhado entre eles.
Por outro lado, se o falecido tiver deixado testamento, outras pessoas (inclusive fora do círculo familiar) também podem acessar uma parte dos bens – porém, nunca mais que 50%. Isso acontece porque, no Brasil, é possível que uma pessoa destine a metade do seu patrimônio para qualquer fim após a morte. Assim, o inventário também é uma forma de assegurar que os desejos e obrigações do falecido sejam atendidos e respeitados.
O processo de inventário também traz a figura do inventariante, pessoa responsável por levantar e administrar os bens e dívidas do falecido para uma partilha justa entre os herdeiros. Ele também é responsável por representar a herança do falecido, respondendo em nome dela em todos os atos do processo ou fora dele.
Existe uma ordem estabelecida pelo Código Civil das pessoas aptas a se tornar inventariantes, como o cônjuge ou companheiro (desde que estivesse convivendo com a pessoa falecida no tempo do óbito), o herdeiro ou até mesmo uma pessoa designada pelo juiz, chamada de inventariante judicial.
O inventário também pode sofrer influência de questões externas, mas que estão relacionadas diretamente a seu andamento. É o caso, por exemplo, da investigação de paternidade, que pode definir se uma pessoa será ou não herdeira do falecido.
Por isso, mesmo que não tenham relação direta com o inventário, elas precisam ser resolvidas para que o procedimento possa ser finalizado, já que uma coisa depende da outra.
Por fim, o valor total do patrimônio do falecido será somado e depois dividido para determinar quanto cada um dos herdeiros terá direito de receber na partilha. Desconta-se desse total o montante das dívidas, que serão pagas do próprio espólio.
Durante o processo, os bens que formam a herança são indivisíveis e só poderão ser vendidos depois que o procedimento já estiver encerrado.
O inventário também tem um custo e ele precisa estar quitado para que o processo possa ser formalmente finalizado.
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