Maternidade e vida financeira: como preparar o bolso para ter um filho

Entenda como a maternidade impacta a vida financeira, quais os desafios mais comuns e saiba como se preparar para a chegada de um bebê em casa.

Filho abraçando sua mãe enquanto eles olham para o notebook

Autora: Elaine Ortiz

Publicado em: 11 de abril de 2023.

A maternidade é uma revolução para as mulheres, inclusive na vida financeira. É por isso que é necessário, além de preparo físico e psicológico, muito planejamento para conseguir receber o novo membro da família da melhor maneira possível.

Quer entender os impactos da maternidade na vida financeira de uma família? Continue a leitura!

Maternidade e vida financeira: o que muda com a chegada de um filho?

Muitas mulheres ainda sonham em ter filhos, mesmo com as mudanças sociais das últimas décadas. Com as redes sociais, muitas mães escolhem mostrar a maternidade real, sem filtros, com todos os desafios.

Quando o assunto é renda e mercado de trabalho, por exemplo, com passos lentos o Brasil tem evoluído e as mães, aos poucos, ganhado mais direitos. No fim de 2022, por exemplo, entrou em vigor a lei 14.457, que prevê regras mais flexíveis de trabalho para as mulheres, além de medidas de apoio à volta ao trabalho após a licença-maternidade, como estabilidade, horários flexíveis, trabalho remoto, entre outros avanços.

Afinal, uma situação muito comum que ocorria no país era a demissão de mães logo após o retorno do período obrigatório de afastamento, o que a deixava repentinamente sem renda e com um filho de quatro meses para cuidar.

De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio) feito com 247.000 mães entre 24 e 35 anos, metade das mulheres são desligadas da empresa cerca de dois anos após a licença-maternidade.

Isso significa que realmente a vida financeira pode ser fortemente impactada após a maternidade. É por isso que o planejamento antes, durante e depois da gestação é tão importante.

6 dicas para cuidar da vida financeira com a chegada da maternidade

Organizar a vida financeira é fundamental para viver toda a plenitude da maternidade, desde a gestação, o parto até o momento de levar o bebê para casa. Separamos 6 dicas para ajudar nesse processo. Confira!

1. Organize as finanças e corte gastos desnecessários

Está pensando em engravidar? Então é uma boa hora para usar uma planilha de organização de orçamento. Colocar todas as entradas e saídas, gastos fixos e variáveis no papel, celular ou computador é uma excelente forma de compreender para onde vai o dinheiro.

E mais: nesse momento, cortar gastos desnecessários é também essencial. Afinal, para ter um bebê em casa é preciso prover tudo que ele precisa: roupas, carrinho, fraldas, alimentação etc.

Claro que não é preciso cortar tudo, mas economizar é importante nesse momento.

2. Quite as dívidas

Se estiver com dívidas, busque quitá-las antes de dar esse novo passo, até mesmo contratando algum tipo de empréstimo.

Algumas linhas de crédito, como empréstimo com garantia, por exemplo, ou consignado, costumam ter juros mais baixos que modalidades mais comuns, como empréstimo pessoal e cheque especial, por exemplo.

Vale a pena consultar antes o seu Serasa Score para saber como está a pontuação de crédito.

Serasa Score é a pontuação de crédito da Serasa que vai de 0 a 1000 e indica as chances de o consumidor pagar as contas em dia. Quanto mais alta a pontuação, maior a probabilidade de conseguir crédito.

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3. Monte uma reserva de emergência

Após organizar toda a vida financeira utilizando uma planilha de orçamento, cortando gastos desnecessários e quitando dívidas, é interessante estruturar uma reserva de emergência.

Reserva de emergência (ou reserva financeira) é uma quantia que fica guardada, de preferência rendendo, pronta para ser utilizada caso ocorra algum imprevisto (carro quebrado, demissão, acidente, doença, entre outras surpresas).

Quando se tem filhos, é ainda mais fundamental ter dinheiro guardado para esses momentos. Nunca se sabe quando será necessário recorrer a um dinheiro a mais, por isso é importante começar a guardar dinheiro em uma reserva agora mesmo.

4. Aprenda a investir

Guardar dinheiro no colchão ou em uma aplicação? O que será que é mais vantajoso? Sem dúvida, ter dinheiro investido no mercado rendendo é muito mais vantajoso.

Dependendo do tipo de investimento, é possível ter acesso a ele a qualquer momento, para qualquer imprevisto.

Vale aprender também a investir em renda variável, em uma carteira de investimentos na bolsa de valores no longo prazo (por exemplo, pensando na faculdade dos filhos).

5. Tem plano de saúde?

É necessário acompanhar o desenvolvimento do bebê ainda na barriga da mãe desde o começo, com consultas e exames periódicos.

Quem quer ter um filho precisa avaliar se vale a pena contratar um plano de saúde antes da gestação (importante ficar atento às regras dos planos, para saber como é a cobertura em caso de gravidez antes do fim do prazo de carência).

O parto também pode custar muito, caso seja feito com equipe particular. Utilizar o SUS (Sistema Único de Saúde) também é uma possibilidade.

6. Preveja gastos

Hora de fazer outra planilha! Faça uma lista com todos os artigos e produtos de que um filho necessita. Pense no curto (bebê), médio (infância) e longo prazo (adolescência). Para começar, liste os custos de:

• parto;
• plano de saúde para a criança;
• enxoval;
• reformas e mobílias para o quarto;
• cadeirinha para transporte;
• artigos de higiene;
• brinquedos;
• berçário ou babá;
• escola e material;
• esportes e idiomas;
• lazer;
• faculdade.

Conseguiu ter uma ideia dos impactos da maternidade na vida financeira e a importância de se organizar para ter filhos? Esperamos que sim! Para ter acesso a outros conteúdos sobre finanças e educação financeira, continue acompanhando o blog da Serasa. Até a próxima!