Saiba o que é amortização de parcelas no financiamento

A compra a prazo de imóvel ou do carro muitas vezes compromete a renda por anos. Por isso é importante conhecer o sistema de amortização de dívida.

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Autor: Marlise Brenol

Atualizado em 19 de janeiro e 2023

Comprar a casa própria ou o carro dos sonhos é o desejo ou necessidade de muitos brasileiros, mesmo em períodos de situação econômica adversa. Em geral, porém, não é possível pagar o bem à vista devido ao alto valor. Nesse caso o pagamento de longo prazo pode ser a alternativa mais viável e indicada, ainda mais com a possibilidade de amortização de financiamento no futuro. 

Assim, quando a situação econômica da pessoa muda para melhor, a dívida pode ser reduzida. A amortização de financiamento é um recurso bastante praticado no mercado de crédito imobiliário. A amortização consiste em pagar em dia ou antecipar as parcelas de acordo com o sistema de cálculo de juros escolhido. 

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Como funciona a amortização

Antes de entender o que é amortização, é preciso entender o que é financiamento. O consumidor que pretende fazer uma aquisição de um bem e não tem dinheiro à vista para pagar negocia com uma instituição financeira, normalmente um banco. Esse tipo de contrato tem prazos dilatados para ser devidamente quitado. 

Há situações, como os financiamentos da Caixa Econômica Federal, que permitem até 35 anos, que é o prazo de quitação para quem adere ao programa oficial Casa Verde e Amarela. É bastante tempo, né? Por isso a amortização do financiamento é importante. 

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Amortização na prática

Podemos considerar que o pagamento em dia das parcelas de uma linha de crédito já representa uma amortização. Mas também é importante conhecer as estratégias para a negociação de amortização que permitem reduzir o tempo da dívida. 

Há duas situações nas quais as pessoas recorrem a negociações por amortização: 

1) Uma é quando o contrato sofre alterações com o tempo, como acontece em especial no financiamento imobiliário. 

2) A outra situação é quando o devedor melhora a sua situação financeira e tem condições de antecipar o pagamento de parcelas futuras.  

Assista | O que é amortização?

Quando a amortização vale a pena

Como nem sempre é possível prever como a situação financeira estará no futuro, é natural que o planejamento mude ao longo dos anos. Quando a mudança é positiva e o cliente melhora o poder de consumo, pode decidir antecipar as parcelas do financiamento. 

Nesse caso, o consumidor deve buscar instituições financeiras que ofereçam oportunidades para quitar parte da dívida ou o valor integral de forma antecipada.  

É importante estar preparado para negociar, pois a proposta pode envolver um recálculo de juros bem vantajoso, a partir do qual o valor total da dívida é reduzido, já que o dinheiro emprestado pelo banco será devolvido antes do previsto. É um bom negócio tanto para o banco quanto para o cliente. 

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Conheça os tipos mais comuns de amortização

Os contratos para negociação de amortização podem seguir a tabela SAC ou a tabela Price. O consumidor pode optar por um financiamento no qual as parcelas estejam acordadas de forma crescente ou decrescente. O que muda de uma tabela para outra é a trajetória dos juros mensais. 

O sistema de amortização oferecido pelos bancos tem distintas modalidades que podem ser escolhidas para quitar ou antecipar parcelas e reduzir o tempo do financiamento. A escolha pode e deve levar em consideração critérios como o valor total da dívida, as taxas administrativas mensais e anuais da instituição e as condições financeiras. 


Tabela SAC 

Mais utilizada para contratos de longo prazo, a Tabela SAC normalmente é a opção dos bancos e dos consumidores para financiamento de imóveis. SAC é a sigla de Sistema de Amortização Constante. Esse tipo de proposta prevê um pagamento de parcelas mais altas nas primeiras parcelas, e menores mais para o fim do contrato. 

A tabela SAC é uma boa escolha para quem entende que pode sacrificar mais o orçamento mensal no começo do contrato, mas já prevê desafogar ao longo do tempo. Quanto aos juros mensais, a tendência é que eles também reduzam, pois são calculados em relação ao valor das parcelas que são gradualmente reduzidas. 


Tabela Price 

A Price é mais indicada para financiamentos de bens em menos tempo e menor valor, como um carro. O sistema de amortização Price, ou SAP, é mais variável que a tabela SAC, pois sobre ele incide uma influência direta na flutuação dos juros de mercado. Os contratos preveem parcelas de financiamento com valor base fixo até o final do contrato, mas os juros são amortizados de forma crescente. 

Essa tabela é usada na maior parte das compras cotidianas, quando é contratado por exemplo crediário em loja de departamentos. São financiamentos de curto prazo. Os juros do cartão de crédito, por exemplo, consideram a tabela Price (e nem é preciso lembrar como cresce uma dívida de cartão quando não é paga em dia). 

Como o site da Caixa Econômica Federal explica, se você pedir um empréstimo no valor de R$5.000 no sistema Price para pagar em 10 vezes, a parcela será de R$813,73. A transação foi negociada com base em uma taxa de juros mensal de 10%. Os R$5.000 se transformarão em R$ 8.137,30. Passado um mês do contrato do crédito, a dívida já terá aumentado para R$ 5.500. 

É possível usar o FGTS para amortizar dívida?

Sim. Uma forma de reduzir a dívida de longo prazo é utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Quando o consumidor tem acesso aos valores acumulados em anos de trabalho com carteira assinada, pode optar por reduzir a dívida. Não deixe de negociar a redução dos juros quando houver oportunidade. 

É importante avaliar a renegociação com o banco, já que as taxas podem aumentar mesmo com a antecipação de parcelas. Isso ocorre por conta do chamado Custo Efetivo Total (CET), em que são calculados outros encargos além dos juros, como a taxa de administração do banco, multas, seguros etc.

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