Pix para crianças: cuidados, limites e como ensinar a usar
Pix para crianças: cuidados, limites e como ensinar a usarData de publicação 9 de outubro de 202510 minutos de leitura
Atualizado em: 16 de setembro de 2025
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 10 minutosTexto de: Time Serasa
Em 2020, com a pandemia da Covid-19 e a necessidade do isolamento social, o Brasil entrou em um período de grandes incertezas. Milhões de brasileiros perderam seus empregos ou viram sua renda cair. Diante desse cenário, o Governo Federal criou o Auxílio Emergencial, um benefício financeiro pago em parcelas mensais, voltado para trabalhadores informais, desempregados e famílias de baixa renda.
A primeira rodada do auxílio, no valor de R$ 600, foi essencial para amenizar os efeitos da crise e garantir o básico para muitas famílias. Com a continuidade da pandemia, em 2021, o programa foi prorrogado, mas passou por mudanças: os valores foram reduzidos e os critérios de elegibilidade ficaram mais rígidos. Ao todo, mais de 68 milhões de pessoas foram beneficiadas em algum momento pelo programa.
Com o fim do estado de emergência e a reestruturação das políticas sociais do país, surgiram novas dúvidas: o Auxílio Emergencial acabou mesmo? Existe alguma forma de receber esse benefício hoje? Quais programas o substituíram?
Continue a leitura e entenda o que aconteceu com o Auxílio Emergencial, se ele ainda existe e como é possível acessar benefícios semelhantes.
O Auxílio Emergencial foi um benefício financeiro criado pelo governo federal em 2020 para amparar trabalhadores informais, desempregados, microempreendedores individuais (MEIs) e famílias de baixa renda durante a crise causada pela pandemia da Covid-19. O objetivo principal era garantir uma renda mínima para quem teve sua situação financeira afetada pelas medidas de isolamento social e pelo fechamento de atividades econômicas.
O Auxílio Emergencial foi uma das principais medidas econômicas adotadas durante a pandemia e beneficiou milhões de brasileiros em um momento de grande vulnerabilidade social, contribuindo para o sustento de muitas famílias enquanto o país enfrentava os efeitos da crise sanitária e econômica. Veja, a seguir, como o Auxílio Emergencial funcionou ao longo da pandemia da Covid-19.
Na sua primeira versão, o benefício teve valor de R$ 600 mensais, pagos inicialmente por três meses. Mães chefes de família, por acumularem responsabilidades financeiras com os filhos, tinham direito a duas cotas, totalizando R$ 1.200 por mês. Já quem recebia o Bolsa Família passou a receber automaticamente o valor mais vantajoso entre os dois benefícios, sem possibilidade de acumulação.
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Com a continuidade da pandemia e seus efeitos prolongados, o governo lançou uma nova rodada do Auxílio Emergencial em 2021, por meio da Medida Provisória nº 1.039. Essa segunda fase previa o pagamento de quatro parcelas, com valores que variavam entre R$ 150 e R$ 375, dependendo da composição familiar do beneficiário.
Para receber o benefício em 2021, era necessário estar com o CPF regularizado na Receita Federal e atender a uma série de critérios socioeconômicos. Pessoas que tiveram o auxílio negado ainda podiam contestar a decisão dentro de um prazo específico.
O Auxílio Emergencial teve seus últimos pagamentos realizados em dezembro de 2022. O encerramento do programa foi justificado pelo Governo Federal com base na retomada gradual da economia e na criação de novos programas sociais para dar continuidade ao apoio às famílias em situação de vulnerabilidade.
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Com o encerramento do Auxílio Emergencial, o Governo Federal criou, em 20 de outubro de 2021, o Auxílio Brasil. O programa de transferência de renda surgiu com a proposta de substituir o Bolsa Família, criado em governos anteriores, e de unificar em um só programa os benefícios pagos pelo Bolsa Família e pelo Auxílio Emergencial.
O objetivo do Auxílio Brasil era continuar oferecendo suporte financeiro às famílias de baixa renda em situação de vulnerabilidade social. No momento da transição entre programas, todas as famílias que já estavam cadastradas no Bolsa Família foram automaticamente migradas para o Auxílio Brasil, sem necessidade de novo cadastro.
O benefício ficou ativo até março de 2023 e, nesse período, atendeu dois grupos principais:
O Auxílio Brasil não está mais em vigor. Ele foi substituído novamente pelo Bolsa Família, relançado com novas regras e valores a partir de março de 2023.
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Para receber o Auxílio Emergencial, era necessário atender a uma série de condições estabelecidas pelo Governo Federal. Veja os principais critérios:
Além disso, o trabalhador precisava se enquadrar em pelo menos uma das categorias abaixo:
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Em 15 de maio de 2020, a Lei nº 13.998 trouxe mudanças importantes no auxílio emergencial. Entre elas, a autorização para que mães adolescentes com menos de 18 anos também recebessem os R$ 600.
Por outro lado, a lei vetou a inclusão de algumas categorias profissionais, como: ambulantes que comercializam alimentos, diaristas, garçons, guias de turismo, babás, motoristas de aplicativo, taxistas, catadores de recicláveis, artesãos e profissionais da beleza (como cabeleireiros).
Além do Auxílio Emergencial, foram adotadas outras ações para aliviar o impacto da pandemia no bolso dos brasileiros. Relembre algumas iniciativas do governo e instituições financeiras para ajudar a população a enfrentar esse período.
Alguns bancos anunciaram redução na taxa de juros do cheque especial e do cartão de crédito para esse período. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, reduziu para 2,9% ao mês a taxa do cheque especial e do cartão de crédito.
Os grandes bancos anunciaram a opção de adiar o pagamento de prestações da casa ou carro em 60/90 dias. A medida também valeu para outros financiamentos e tipos de dívida. Em alguns bancos, também foi dada a opção de pausar financiamentos com até duas parcelas em atraso.
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Os grandes bancos – Caixa, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander – anunciaram a prorrogação de empréstimos, estendendo por 60 dias o vencimento de dívidas que estivessem com prestações em dia. A medida valeu para pessoas físicas e micro e pequenas empresas.
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O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi suspenso por 90 dias em todas as operações de crédito, como os empréstimos, pesando menos o bolso dos brasileiros. Antes da medida, o IOF nas operações de crédito tinha alíquota de 3% ao ano. Com essa decisão, o governo deixou de arrecadar R$ 7 bilhões.
Outra medida do governo para amenizar os impactos da pandemia foi a antecipação do 13º salário dos aposentados do INSS.
No dia 15 de maio de 2020, o governo suspendeu o pagamento das parcelas do financiamento estudantil FIES. Para os alunos matriculados, a suspensão foi de duas parcelas. Já para os estudantes que concluíram o curso, quatro parcelas foram suspensas. A medida valeu apenas para os contratos que estavam com o pagamento em dia até o dia 20 de março daquele ano, quando foi decretado estado de calamidade pública.
Sim, o Auxílio Emergencial foi um benefício temporário criado pelo governo brasileiro para mitigar os efeitos econômicos da pandemia. Com os últimos pagamentos feitos até dezembro de 2022, em caráter residual, o programa foi oficialmente encerrado.
Com o fim do Auxílio Emergencial, o governo federal instituiu, em 20 de outubro de 2021, o Auxílio Brasil, um novo programa de transferência de renda, substituindo o Bolsa Família da época e incorporando parte do público do Auxílio Emergencial. O Auxílio Brasil passou a ser pago a partir de novembro de 2021, atendendo principalmente famílias em situação de pobreza e extrema pobreza.
Com a mudança do Governo Federal, o Bolsa Família foi relançado em março de 2023, encerrando o Auxílio Brasil e incorporando novas regras e valores atualizados. Reconhecido como o maior programa de transferência de renda do país, ele segue atendendo famílias em situação de vulnerabilidade, com foco em garantir dignidade e acesso a direitos básicos.
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Sabendo que o Auxílio Emergencial não existe mais, você pode estar se perguntando: como faço para receber o Bolsa Família? Para ser beneficiado por esse programa, é preciso atender a alguns critérios de renda e manter os dados atualizados no Cadastro Único (CadÚnico), que é a porta de entrada para os programas sociais do governo.
O principal requisito é a renda mensal por pessoa da família: ela deve ser de até R$ 218 por pessoa. Mesmo quem trabalha com carteira assinada, é Microempreendedor Individual (MEI) ou tem outra fonte de renda pode se encaixar, desde que esteja dentro desse limite.
Para solicitar o Bolsa Família, siga os passos:
O pagamento do Bolsa Família pode ser feito por meio da Poupança Social Digital da Caixa ou em locais como casas lotéricas e estabelecimentos credenciados.
Lembre-se que, além de receber o valor mensal, a família precisa cumprir compromissos de saúde e educação. Isso inclui frequência escolar, vacinação das crianças e acompanhamento pré-natal no caso das gestantes.
O valor do benefício varia conforme o perfil da família. São levados em conta fatores como número de pessoas, presença de crianças, adolescentes e gestantes.
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Embora o Auxílio Emergencial não esteja mais em operação, o Governo Federal dispõe de outras iniciativas de apoio financeiro para famílias e pessoas em situação de pobreza, a exemplo do próprio Bolsa Família. Para qualquer que seja o benefício, é importante que o cidadão esteja registrado no Cadastro Único. Continue no blog do Serasa Ensina e saiba como fazer sua inscrição no CadÚnico.
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